Brasil
Pix vira a principal forma de pagamento nos pequenos negócios

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.
Segundo pesquisa do Sebrae, 42% dos recebimentos dos pequenos empreendedores são realizados por esse meio de pagamento
O Pix superou o cartão de crédito, o de débito e o dinheiro e já é a principal forma com que os pequenos negócios recebem transações. A modalidade é usada por 42% dos empreendedores, segundo pesquisa inédita realizada pelo Sebrae e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O meio de pagamento, que vai completar dois anos em 16 de novembro, tem seu melhor desempenho entre os MEIs (microempreendedores individuais), já que 51% deles afirmam que essa é a principal forma utilizada em suas vendas, enquanto para as micro e pequenas empresas o Pix responde por 28%.
“Já havíamos percebido esse movimento de crescimento do Pix em pesquisas anteriores e, agora, constatamos que o meio digital vem ocupando, cada vez mais, lugar de destaque entre as formas de pagamento usadas pelos empreendedores”, destaca o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Ele acrescenta que a aceitação ocorre porque é um sistema rápido e que não onera o consumidor, já que é “mais barato que uma taxa de cartão e pode ser usado 24 horas por dia”.
Para os microempreendedores individuais, o Pix responde por 51% das transações, seguido pelo cartão de crédito (20%), dinheiro (15%), débito (5%) e outros (9%).
Nas microempresas, o cartão de crédito ainda é o principal meio de pagamento e responde por 30%. O Pix vem logo em seguida, com 28%, e depois o dinheiro (10%) e o débito (9%). Outros meios representam 23%.
Por fim, nas pequenas empresas o Pix também sobressai, com 42%. Depois, vêm o crédito (23%), o dinheiro (13%) e o débito (7%).
Chamado de Pulso dos Pequenos Negócios, o levantamento ouviu, entre o fim de agosto e as duas primeiras semanas de setembro, mais de 6.000 empresários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.
Preferência digital
Até julho deste ano, o número de chaves Pix registradas havia chegado a 478,3 milhões, ultrapassando o dobro do número da população do Brasil (214,9 milhões), segundo dados do BC (Banco Central).
As transações com o Pix em maio de 2022 somaram R$ 889 bilhões e tiveram valor médio de R$ 461. As novas modalidades também vêm crescendo desde o fim do ano passado. Em julho, o número de transações de Pix Saque atingiu 268 milhões, e o de Pix Troco, 3,1 milhões.
Os números da pesquisa
A principal forma de pagamento utilizada pelos clientes das empresas:
Microempreendedor Individual (MEI)
• Pix – 51%
• Dinheiro – 15%
• Cartão de crédito – 20%
• Cartão de débito – 5%
• Outros – 9%
Microempresa
• Pix – 28%
• Dinheiro – 10%
• Cartão de crédito – 30%
• Cartão de débito – 9%
• Outros – 23%
Pequena empresa
• Pix – 42%
• Dinheiro – 13%
• Cartão de crédito – 23%
• Cartão de débito – 7%
• Outros – 15%
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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