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Pesquisadores alertam para riscos de crianças expostas a telas

Na pandemia, essa exposição aumentou
Por Mariana Tokarnia
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alertam para os riscos da alta exposição de crianças às telas de equipamentos eletrônicos, como celular, computador, televisor e tablet. Na pandemia, essa exposição, que já era alta, de acordo com eles, aumentou, pois muitas famílias acabam recorrendo a esses dispositivos, para conseguirem trabalhar e entreter as crianças, que passam mais tempo em casa. A situação, que no ano passado, quando o vírus começou a circular no Brasil, foi vista como passageira, agora é alvo de preocupação.
“A situação que a gente vive hoje é de uma falta de alternativa muito grande para os pais que estão em trabalho remoto, muitas vezes sem ajudante em casa, e que precisam de alternativa para a recreação da criança no momento que precisam trabalhar ou fazer atividades domésticas. A questão é que o uso da tela se tornou muito mais que uma alternativa, tornou-se a única via e isso nos preocupa”, diz a coordenadora do Programa Primeira Infância Plena da UFMG, Delma Simão.
A pesquisadora explica que até 1 ano de idade não é recomendada nenhuma exposição à tela. Depois disso, a indicação varia conforme a faixa etária sendo que, até os 6 anos de idade, período que corresponde à primeira infância, as crianças não devem passar mais do que duas horas por dia na frente de dispositivos eletrônicos. “Quanto mais uma criança fica conectada à tela, mais desconectado é o cérebro da criança, então mais difícil é para essa criança tomar decisões adequadas, pertinentes a uma sociedade saudável”, explica a pesquisadora.
Os prejuízos de uma exposição excessiva às telas, para as crianças, de acordo com Delma, são muitos. Entre eles: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de interação social, dificuldade de criar vínculo, dificuldade de se adaptar ao meio social e aos desafios que a sociedade impõe, prejudicando ainda o chamado controle inibitório que, de forma simplificada, é a habilidade de controlar respostas impulsivas e esperar a própria vez. No mundo virtual, a criança clica e recebe o conteúdo instantaneamente, prejudicando o desenvolvimento dessa habilidade.
Desafios
No ano passado, quando a pandemia chegou ao Brasil, segundo o professor da Faculdade de Educação da UFMG Rogério Correia, os estudos colocavam essa como uma situação passageira. “Hoje passado mais de um ano, deixou um pouco de ser passageira essa realidade para nós no Brasil”, diz.
Tanto Delma quanto Correia experimentam no dia a dia o desafio de afastar crianças das telas. Ela é mãe do Pedro, de 7 anos, e da Laís, de 3 anos, que tem trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down). No dia a dia, concilia o cuidado com as crianças, com a casa e o trabalho. Correia é tio de Fernando, de 3 anos.
“Eu desenhei no corredor da casa uma amarelinha, para brincar com eles à noite, para gastar energia. Meia hora que a gente brinca de amarelinha, eu já ensino comunicação, ensino a esperar a vez do outro, equilíbrio. É no dia a dia que a gente tem que ser criativo”, conta Delma.
Já Correia, abriu o quintal para que o sobrinho, que não mora com ele, pudesse correr. Para isso, a família precisa de uma logística de isolamento, para que possam se encontrar de forma segura em meio a pandemia. “Estamos sempre acompanhando [o estágio da pandemia na cidade] se há aumento do índice de contaminação, e voltamos a aumentar a segurança e o isolamento”, diz.
Recomendações
Segundo os pesquisadores, será necessária uma atenção especial às crianças não apenas durante, mas após a pandemia. “A gente acredita em uma pandemia pós pandemia. O que vai ser das pessoas e especialmente das nossas crianças quando tudo isso melhorar? Nos preocupa muito a repercussão dessa pandemia”, diz Delma.
Segundo a pesquisadora, as escolas e outros locais de socialização das crianças precisarão observá-las de perto, respeitando as necessidades de cada uma delas. “O olhar precisa ser muito singular para respeitar essa criança que virá depois desse estresse traumático da pandemia de covid-19. É preciso entender e ser muito sensível a essas mudanças de comportamento que eventualmente podem surgir na escola e surgir na família”.
De acordo com Delma, aqueles que estão participando de aulas remotas devem ser observados de perto pelas famílias, que devem conversar com as escolas sobre como está sendo esse processo para eles. “A família precisa estar atenta ao que está dificultando o processo de aprendizagem da criança para que aquilo não faça com que a criança perca o desejo de aprender”.
Incentivar o brincar
Segundo Correia, a brincadeira, que acaba sendo substituída por tempo na frente de dispositivos eletrônicos, é fundamental para o desenvolvimento das crianças e para ajudá-las a compreender o mundo. “Quando ela lida com um trauma, com a perda de um ente querido ou mesmo com a distância da mãe que sai para trabalhar, ela tende a lidar com o que causa essa angústia através da brincadeira. Na brincadeira, ela toma consciência daquele sentimento”, diz.
O pesquisador diz que há formas de incluir os conteúdos digitais no brincar e que isso pode ser benéfico desde que bem orientado. As crianças podem, por exemplo, levar os personagens do programa de TV para uma brincadeira mais ativa, na qual entendem o papel daquele personagem e, brincando, têm mais controle sobre a mensagem e o significado que aquilo traz para ela.
Outra alternativa é buscar conteúdos digitais que proponham tarefas às crianças e trocar, segundo Correia, o sofá pelo tapete, onde é possível brincar. “Um momento em que a criança pode assistir e brincar ao mesmo tempo. As crianças gostam de assistir a programas que proponham fazer alguma coisa, construir um brinquedo, isso pode ser legal”. Os pais e responsáveis podem também assistir a vídeos junto com as crianças, mostrando interesse e discutindo com eles pontos do programa.
Tanto Correia quanto Delma recomendam que as crianças sejam integradas nas atividades do dia a dia dos adultos, que sejam convidadas a cuidar das plantas a preparar uma comida, a estarem por perto. “Com isso está aprendendo as coisas do mundo, está aprendendo vocabulário, está aprendendo interação com a família, está aprendendo a ser útil, a colaborar com a sociedade. A primeira sociedade que ela vive é dentro de casa”, diz Delma.
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Cruzeiro do Sul se prepara para enchente do Rio Juruá: prefeito define ações e estruturas de apoio
A Prefeitura de Cruzeiro do Sul intensificou o planejamento para auxiliar as famílias que podem ser afetadas pela elevação do nível do Rio Juruá. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 5, o Prefeito Zequinha Lima coordenou com os secretários municipais as ações de resposta à iminente cheia, que já atinge 12,69 metros, aproximando-se da cota de transbordo de 13 metros.
Sete bairros – Miritizal, Boca do Môa, Lagoa, Várzea, Remanso, Cruzeirinho Novo e Saboeiro – já registram impacto das águas. Apesar disso, ainda não houve remoção de moradores, que está prevista para quando o rio atingir 13,30 metros, nem suspensão do fornecimento de energia elétrica.
As escolas municipais Corazita Negreiros e Thaumaturgo de Azevedo foram designadas como abrigos emergenciais, com equipes de saúde e assistência social prontas para prestar suporte. A Defesa Civil e a Secretaria de Obras também estão mobilizadas com pessoal e equipamentos.
O coordenador da Defesa Civil, José Melo, informou que o volume de chuva das últimas 24 horas corresponde à metade do esperado para todo o mês de março, o que deve acelerar a elevação do rio. Ele assegurou que a prefeitura está preparada para o atendimento às famílias.
O Prefeito Zequinha Lima ressaltou a experiência da gestão em lidar com situações de enchente e garantiu que o município está apto a oferecer o suporte necessário. Ele mencionou o plano de contingência existente e a prontidão das equipes para preparar abrigos, coordenar a assistência e disponibilizar recursos como barcos e carros.
Lima também destacou o trabalho realizado nos últimos quatro anos para elevar as casas mais vulneráveis, o que tem minimizado a necessidade de remoção de famílias. Segundo ele, caso o rio atinja 13,30 metros, a previsão é de que 11 famílias precisem ser removidas. O prefeito reafirmou o compromisso de continuar com as ações para reduzir o número de pessoas afetadas e garantir a segurança da população.
Prefeito acompanha ações e planeja soluções definitivas
O prefeito Zequinha Lima esteve nos locais afetados junto à equipe técnica da Secretaria de Obras para avaliar os estragos e definir medidas emergenciais. “A chuva foi muito intensa e acabou trazendo transtornos. Ontem mesmo estivemos acompanhando a situação no local onde ocorria o Carnaval e hoje de manhã mobilizamos nossas equipes para avaliar os danos”, afirmou o prefeito.
Ele explicou que, devido ao período chuvoso, as intervenções feitas no momento serão paliativas, mas há um planejamento para substituir o bueiro danificado por galerias, garantindo uma solução mais duradoura. “Nosso objetivo é transformar essa estrutura em uma galeria, dando continuidade ao córrego já canalizado nessa região. A força da água levantou os bueiros existentes, mas, felizmente, conseguimos minimizar os impactos com a limpeza preventiva que realizamos anteriormente no canal da Avenida Coronel Mâncio Lima”, destacou Zequinha Lima.
A prefeitura segue monitorando a situação e trabalhando para liberar as vias interditadas o mais rápido possível, garantindo a segurança e a mobilidade dos moradores de Cruzeiro do Sul.
Redação Juruá Online
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Brasileia encerra o carnaval com segurança, martinês, economia fortalecida e foliões satisfeitos
Sem perder alegria , entusiasmo e a disposição de está em um dos melhores carnavais do estado, os foliões na fronteira, acreanos, bolivianos e peruanos mesmo com chuva compareceram também na praça carnavalesca Hugo Poli nesta terça-feira 05, para última noite de carnaval com pura animação e agito através de DJ Thiago, Robert Richard, Vini Rodrigues e Pegada Prime.
No período da tarde foi a vez da tradicional Matinê das Crianças na praça carnavalesca, onde os pequenos foliões brilharam com suas fantasias coloridas, e muita animação.
Com música, dança, brincadeiras , a criançada aproveitou cada momento dessa festa feita especialmente para elas.
Foram cinco dias de muita folia realizada pela Prefeitura de Brasileia através da Secretaria de Cultura com 10 atrações musicais regional e local que garantiu os foliões muita alegria e diversão que comemoram ainda o fato de pela primeira vez entrar no perímetro da festa com térmica de até 50 litros com bebidas em latas e ficar ficar até até 3h da madrugada na folia o que antes a festa polular encerrava às 2h da manhã.
E as novidades anunciadas Prefeito Carlinhos do Pelado que aconteceram neste carnaval estão também a volta da tradição com a escolha da realeza do carnaval, do melhor bloco do carnaval, martinês para crianças e idosos e a diminuição de mais de 60% por centos da taxa dos pequenos expositores individuais. Além do desfile do bloco As Rolinhas do Coronel que levou uma multidão para rua este ano.
Deste a estrutura de palco, banheiros químicos e a limpeza da praça Hugo Poli palco do carnaval pela secretaria de obras foi garantida pela Prefeitura de Brasileia.
A festa contou com segurança particular contratada pela organização do evento e ainda com apoio da Polícia Militar, COE, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros.
Na avaliação geral das forças de segurança e da Prefeitura de Brasileia o evento encerrou dentro da normalidade e do esperado de forma tranquila e pacífica sem grandes incidentes ou registros de grandes ocorrências policial ou médica.
Na economia, os expositores de comidas e bebidas (Micro Empreendedores Individuais), destacaram também a renda extra que obtiveram durante a noite de carnaval brasileense.
Willer Venâncio, empreendedor do ramo de alimentação, destacou a importância do evento para os pequenos negócios:
“Quero agradecer o prefeito Carlinhos do Pelado por dar essa oportunidade pra gente, que é microempreendedor, conseguir dinheiro para o sustento da nossa família. E agradecer os nossos clientes pela procura dos nossos serviços”, disse.
Já Lindomar Costa, que atua no ramo de bebidas, comemorou o sucesso das vendas:
“Estamos finalizando mais um Carnaval e eu quero agradecer a Prefeitura de Brasileia por essa oportunidade de estarmos aqui e conseguir vender muito bem, só tenho a agradecer aos foliões também”, ressaltou.
Evandro Leal, empreendedor do ramo de alimentação, celebrou o sucesso do evento:
“Quero agradecer o prefeito Carlinhos do Pelado por esse evento maravilhoso, atendeu às nossas expectativas. Esperamos estar juntos nas próximas festas.” afirmou.
” E assim é o carnaval de Brasileia uma festa para todos com segurança que gera economia no município e celebra a alegria de todas as idades e reforça a tradição dessa festa que une famílias e amigos”, enfatizou o prefeito Carlinhos do Pelado.
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Estudante de enfermagem se acidenta ao colidir moto contra mureta de elevado no bairro Jardim de Alah
Michele Stefany Veiga Lucas, de 26 anos, sofreu corte na cabeça, sangramento no ouvido e escoriações; Samu a encaminhou ao pronto-socorro em estado estável.
A estudante de enfermagem Michele Stefany Veiga Lucas, de 26 anos, sofreu um acidente na manhã desta quarta-feira (5), na Avenida Dias Martins, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco. De acordo com testemunhas, Michele trafegava de motocicleta no sentido bairro-centro quando perdeu o controle do veículo e colidiu contra a mureta do Elevado Beth Bocalom.
Com o impacto, a jovem foi arremessada ao asfalto, sofrendo um corte na cabeça, otorralgia intensa (sangramento no ouvido) e escoriações pelo corpo. Populares que presenciaram o acidente acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou uma ambulância de suporte básico ao local. Após receber os primeiros socorros e ser estabilizada, Michele foi encaminhada ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde seu estado de saúde foi considerado estável.
O Policiamento de Trânsito esteve no local para registrar a ocorrência e realizar os procedimentos necessários. A motocicleta foi removida do elevado, e a via foi liberada para o tráfego após a conclusão dos trabalhos. As causas do acidente ainda serão investigadas.
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