Acre
Peixes da Amazônia: nova alagação revolta moradores
Gestores e comunidade buscam resposta para alagação
As famílias da Vila Nova Aldeia, às margens da BR-364, ao lado da indústria de processamento Peixes da Amazônia, estão revoltadas. No sábado, as casas foram invadidas pelas águas de dois igarapés que passam na região, o Juvita e o São João.
Os moradores culpam uma obra onde fica a entrada de veículos da indústria como a principal responsável pelo alagamento. O local tem dois tubos de concreto, mas são pequenos e não conseguem dar vazão à água que vem em grandes quantidades.
Segundo a comerciante Maria Feitosa, a entrada de veículos virou uma grande barragem. Como a água fica acumulada, ela termina invadindo a vila. A comerciante que, mora há 20 anos no local, mostrou para nossa equipe: móveis, cimento e roupas, tudo perdido. Com medo de ver o prejuízo ampliado, colocou o freezer em cima de troncos de árvore.
“No sábado, tivemos as casas invadidas pelas águas e esse pessoal da Peixes da Amazônia ainda nega que é responsável. É claro que são. Antes isso não acontecia”, reclamou.
Uma baixada que fica entre a rodovia e a vila serve para escorrer a água dos igarapés que ficam próximos à vila.
No sábado, os moradores pediram ajuda à Prefeitura de Senador Guiomard que enviou um trator que retirou o barro onde fica a entrada de veículos da indústria. Só assim a água que estava represada seguiu o curso normal até chegar ao Rio Iquiry.
A direção da Peixes da Amazônia disse que o problema não é a entrada da indústria. No sábado, o igarapé São João encheu tanto que cobriu o ramal e toda a vegetação. Em determinado ponto, um bueiro faz com que o igarapé mude seu curso para o outro lado da estrada, justamente onde ficam a vila e a indústria.
Nesse local, fica a junção dos dois igarapés. A fazenda em frente fica tomada por água. Nessa terça-feira, três dias depois, o proprietário precisa arriscar no meio da lama para chegar em casa.
Para Inácio Moreira, diretor-presidente da Peixes da Amazônia, existe a denúncia de que um fazendeiro fez uma barragem e isso faz a água acumular e alagar as casa da vila. “Montamos uma comissão com vereadores de Senador Guiomard e a prefeitura para buscar respostas quanto a esse problema. Vamos ver se houve alguma mudança no trajeto normal do igarapé”, explicou.
Os moradores continuam colocando a culpa na indústria e ameaçam buscar na Justiça a reparação pelos danos causados. Essa é a segunda vez esse ano que a vila é invadida pela água.
A Peixes da Amazônia quer descobrir onde está o problema e resolver o mais rápido possível para evitar mais transtornos. Novos bueiros serão colocados para evitar que o local se torne uma barragem e que garanta a entrada dos veículos para a indústria que vende semanalmente uma carreta de peixe para o Peru.
ADAÍLSON OLIVEIRA (FOTO: TV GAZETA)
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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