Cotidiano
Patrimônio histórico, Casa de Chico Mendes segue fechada há quatro anos à espera de novas obras
Imóvel está fechado desde 2018 para novas obras de revitalização no terreno e na estrutura. Casa fica localizada no município de Xapuri, interior do Acre.

Um dos patrimônios históricos mais importantes na história do Acre, a casa onde morou e morreu o líder seringueiro Chico Mendes, em Xapuri, interior do Acre, está fechada para visitação desde 2018 e esperando por obras de revitalização.
O terreno onde fica a casa tem risco de erosão e a estrutura não oferece segurança para os visitantes.
O imóvel, patrimônio histórico do Brasil, chegou a ficar fechado, também para revitalização, após a enchente histórica em Xapuri em 2015. Na época, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) explicou que já havia um projeto de restauração planejado desde 2014, mas, após a cheia do rio, precisou passar por modificações.
A casa foi totalmente restaurada, houve a ancoragem de todos os pilares de sustentação da casa e canalização das águas pluviais para escoamento em caso de uma nova cheia. Todas as paredes foram substituídas ou restauradas com exceção da parede que fica junto a porta da cozinha onde há as marcas de sangue do seringueiro, morto em 22 de dezembro de 1988. A cerca ao redor da casa também foi pintada.
Após essa obra, a casa foi reaberta em junho de 2017 e voltou a receber visitas. Contudo, o lugar voltou a ser fechado em 2018 para obras.
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Casa Chico Mendes chegou a ser reaberta em 2017 após enchente em Xapuri — Foto: Caio Fulgêncio/G1
Novas obras
Uma equipe da Rede Amazônica esteve, no último sábado (5), em Xapuri e registrou o estado do local. O imóvel está fechado e cercado de mato. Ao g1, nessa segunda (7), o chefe da Divisão Técnica do Iphan, Arlan Hudson Souza e Silva, explicou que tanto o terreno como a estrutura do imóvel precisam passar por novas obras de revitalização.
Segundo ele, há o risco de erosão no terreno e serão feitas barreiras de contenção. Essa obra envolve ainda parte da rua e do calçamento. Esse é um dos projetos em andamento e é avaliado em mais de R$ 300 mil.
“A gente tem um projeto de requalificação daquele entorno que está sendo realizado em parceria com a prefeitura. O aporte orçamentário é do Iphan e a prefeitura que vai executar, então, a gente só vai fiscalizar o andamento da obra. Por enquanto, a prefeitura acabou de fazer a licitação, estão no processo contratual ainda”, destacou.
O segundo projeto trata sobre uma reforma estrutural da casa, que ainda está em tramitação interna e administrativa para captar o recurso para execução da obra este ano. Segundo o chefe da Divisão Técnica, esse projeto tem um caráter mais emergencial por conta de problemas na estrutura.
“A casa está fechada, acredito, desde o final de 2018. Foi aberta em um breve momento. A família sempre esteve muito aberta a nos receber todas as vezes que estivemos lá. Mas, optamos em manter a casa fechada por questões estruturais e é melhor nesse momento que permaneça para que a gente possa conseguir fazer a reforma para que tenha a segurança adequada”, pontuou.
Arlan Hudson ressaltou que ainda não tem como repassar uma data para que as revitalizações sejam concluídas por questão administrativas. A expectativa é de que ainda este ano todo trabalho seja feito.
“Vamos concentrar todos os esforços na reforma do bem e requalificação de parte do entorno. A obra na casa ainda estamos com um estudo técnico, não consigo falar em cronograma por conta desse estudo que estamos fazendo. Como se trata de um bem tombado, existem certas minúcias que precisam ser respeitadas”, concluiu.
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Casa do seringueiro ficou submersa durante cheia histórica em Xapuri, interior do Acre — Foto: Foto: Luiza Melo/Arquivo Pessoal
Cheia histórica em Xapuri
A terra natal do líder seringueiro Chico Mendes, Xapuri, viveu, nos primeiros meses de 2015, uma enchente histórica. As águas atingiram a paróquia de São Sebastião, na Rua Benjamin Constant, no Centro, tida como referência. Segundo a Defesa Civil, somente em 1978, ano em que ainda não havia medição do nível do Rio Acre, a água chegou na escadaria da igreja.
A cheia de 2015 atingiu mais de 470 pessoas diretamente, segundo dados da Defesa Civil. A prefeitura de Xapuri chegou a decretar estado de emergência. As águas também inundaram o Hospital Epaminondas Jácome e os atendimentos tiveram que ser transferidos para a Unidade Básica de Saúde José Fadulo, no bairro Pantanal.
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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.
“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.
Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.
Custos extras
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca
Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.
Destinação dos recursos:
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R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;
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R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.
As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.
Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.
A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.
Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.
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No Café com Notícias (TV5) Jorge Viana diz que 40 mil pessoas deixaram o Acre por falta de emprego: “Fico triste”
Ex-governador e presidente da Apex disse que 40 mil pessoas deixaram o estado e pediu união dos parlamentares para destinar recursos às rodovias

Ao falar sobre as BR’s 364 e 317, o ex-governador cutucou a bancada acreana ao afirmar que os deputados federais e senadores deveriam destinar, juntos, emendas para a recuperação das rodovias. Foto: captada
O ex-governador e atual presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu a retomada de investimentos públicos e privados no Acre para conter o êxodo populacional e gerar emprego, durante entrevista ao programa Café com Notícias (TV5) nesta quarta-feira (24). Ele citou que cerca de 40 mil pessoas deixaram o estado nos últimos anos e celebrou a retomada do Minha Casa, Minha Vida no governo Lula.
— 40 mil pessoas foram embora do Acre. Fico triste com essa situação. Para que isso não aconteça você tem que ter investimentos públicos e privados. O Acre não pode deixar de pegar carona nessa fase boa que o Brasil está vivendo — afirmou Viana.
Ele também criticou a bancada federal acreana por não destinar emendas parlamentares para a recuperação das BRs 364 e 317, rodovias essenciais para o estado. Viana lembrou que, em sua gestão, havia articulação conjunta entre deputados e senadores para viabilizar recursos.
— Por que esse pessoal não pega R$ 2, R$ 3 milhões, junta todos eles e põe só nas BRs? Os senadores e os deputados, isso tinha na minha época… eu ia lá, chamava todos, todo mundo assinava — disse.
O ex-governador defendeu a construção civil e os programas habitacionais como geradores de emprego e reforçou a necessidade de o estado aproveitar o momento de crescimento nacionalpara atrair investimentos e reter sua população.


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