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Pablo Escobar brasileiro é detido na Hungria
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Sérgio Roberto de Carvalho em imagem sem data — Foto: Reprodução/Fantástico
A polícia da Hungria prendeu nesta terça-feira (21) o brasileiro Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul que estava envolvido com um esquema de tráfico internacional de drogas. Ele era procurado pela Interpol e foi chamado de “Pablo Escobar brasileiro”, em uma referência ao traficante colombiano.
A Polícia Federal brasileira confirmou a prisão.
Sérgio foi detido com documentos falsos.

Ex-policial brasileiro vira traficante internacional e forja a própria morte para fugir
Ele estaria com um passaporte mexicano falsificado. Ainda não há a confirmação se ele ficará preso na Europa ou se será extraditado para o Brasil.
A Polícia Judiciária portuguesa e autoridades brasileiras auxiliaram na prisão. A polícia portuguesa liga o nome do ex-major a uma apreensão de quase 580 quilos de cocaína em um avião privado no mês de fevereiro.
Foi aberta uma investigação para apurar se ele teria adquirido a empresa de aviação Airjetsul para usar os jatos no transporte de droga.
O “Escobar brasileiro” teria vivido em Portugal por dois anos antes de se mudar para a Hungria. Ele é tido pelos oficiais portugueses como um dos mais poderosos traficantes da América do Sul.
Segundo a Polícia Federal, Sérgio Roberto de Carvalho — conhecido como major Carvalho — comanda uma organização criminosa internacional. Ele teria montado um esquema para mandar grandes quantidades de cocaína para Europa, África e Ásia.
Na Europa, o ex-major brasileiro chegou a se esconder com uma identidade falsa como se fosse um empresário do Suriname que vivia em Marbella, uma cidade do sul da Espanha.
Em agosto de 2020, Sergio foi preso sob suspeita de chefiar uma quadrilha que levou cocaína da América do Sul para a Europa. No entanto, ele pagou fiança e saiu da prisão.
A Justiça espanhola não sabia que o homem que havia prendido era, na verdade, um brasileiro. Sergio ainda inventou que o personagem que ele havia criado para viver com a identidade falsa teria morrido de Covid-19 (ele apresentou um atestado de óbito).
Foi então que a Polícia Federal alertou as autoridades europeias que o homem, na verdade, era o ex-major.
Depois disso, a polícia portuguesa achou a droga que teria sido levada à Europa por ele.
Traficante tem dinheiro a receber do Estado do MS
Sérgio possui cerca de R$ 1,3 milhão a receber de aposentadoria pela Polícia Militar em Mato Grosso do Sul.
Ele foi transferido para a reserva remunerada da Polícia Militar em 1997. Um ano depois, foi condenado a mais de 15 anos de prisão pelo tráfico de 230 quilos de cocaína. O ex-PM sofreu um processo para a perda do posto e da patente e, em junho de 2010, teve a aposentadoria suspensa.
Em outubro de 2016, porém, o desembargador Claudionor Miguel Duarte mandou a Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul voltar a pagar a aposentadoria ao ex-major, sob pena de crime de desobediência.
A alegação é de que a condenação do ex-PM veio depois de ele ter sido transferido para a reserva remunerada. Os advogados do major Carvalho querem que a agência pague a ele R$ 1,3 milhão pelos 6 anos que ele não recebeu o benefício.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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