Acre
Os “novos ricos de holerite” e a questão de legitimidade

Foto: Whidy Melo/ac24horas
Poucas imagens são tão representativas da qualidade da gestão pública por aqui quanto a cena de parte das estações de tratamento de água à deriva no Rio Acre. É uma imagem desoladora. É desoladora porque, apesar de tanto recurso público investido ali, o que pesou mesmo foi a ingerência, foi o descaso, foi a incompetência.
Não há meias palavras. As águas do Rio Acre não deixam ninguém mentir ou tentar esconder aquilo que é óbvio. É uma ingerência e uma incompetência com muitas digitais. Ninguém pode ser leviano e creditar esse caos exclusivamente ao atual prefeito. Houve outros incompetentes e houve outros péssimos administradores.
Os que defendem a privatização (ou, retoricamente, a concessão) do sistema de abastecimento de água e saneamento riem com o canto da boca, como se estivessem contendo a alegria em torno do peito de “novo liberal”. Em todo lugar, avaliam que falam novidade ao relatar que “o tempo mostrou que nem o Governo do Acre e nem a Prefeitura de Rio Branco foram capazes de resolver o problema”.
Essa afirmação é uma tentativa de esconder o óbvio. É como se o funcionário do Saerb que acompanhou a descida da ETA se esfarelando, tentasse esconder das pessoas que assistiam à cena de cima do barranco dando um “caldo” na estrutura que seguia rio abaixo.
Governo e Prefeitura não terem sido eficazes é uma constatação. Não é, em tese, uma determinação; não é uma lei. Uma empresa não é ineficaz apenas pelo fato de ser ou não ser gerenciada pelo Estado ou pelo Município. Caso a iniciativa privada fosse um exemplo de gestão, o cenário socioeconômico do Acre seria de excelência, nos mais diversos segmentos da Economia. E o contexto não é bem esse.
Sem contar outra incoerência que grita: muitos parlamentares que vociferaram defesa pela privatização do sistema (ou concessão, usem a retórica que quiser); que falam da “incompetência do Estado” nisto e naquilo; que o Estado “é pesado”; que o poder público “não tem agilidade” são os mesmos parlamentares que não exitam em articular politicamente para que o filho ocupe este ou aquele cargo comissionado; que a irmã e o amigo estejam na lista de recheadas e generosas edições do Diário Oficial. Enfim, são os mesmos parlamentares que alimentam a geração de “novos ricos de holerite”, independente de partidos políticos.
E nem adianta dizer que essa incoerência está restrita ao universo da política. Há muitos empresários locais que não contêm a alegria em ser nomeado neste ou naquele cargo. Em poucas palavras: em terra de barranco enlameado, “novo liberalismo” na canoa alheia é refresco.
Independente de questões partidárias, esse é um momento de haver um movimento de solidariedade e união em torno do Saerb, dos funcionários e das estações de tratamento. O problema é emergencial.
A reação precisa ser forte, intensa, planejada. Agora, é hora de emergência. Há um problema grave, de abastecimento de água travado, paralisado. Uma cidade inteira à beira do caos, vivendo um paradoxo: 41 bairros alagados e todos os outros mais de 160 sem água na torneira. Quem cultiva o orgulho e o ego precisa colocá-los de lado, admitir o problema e reconhecer que, sem ajuda, tudo vai ficar mais difícil. E, claro, quanto mais tempo demorar para o problema ser resolvido, sempre a população pobre será a mais prejudicada. A reação em conjunto é, portanto, uma exigência que peleja por justiça social.
Resolvida a emergência, a Prefeitura de Rio Branco deveria fazer o que nunca teve coragem de fazer nos últimos anos: abrir o debate. Políticos coerentes (sem ser aqueles destacados anteriormente), empresários coerentes (sem ser aqueles destacados), trabalhadores, movimento popular, pesquisadores, ambientalistas, CREA, urbanistas, arquitetos. A formulação de uma política de saneamento feita a muitas mãos seria um trabalho sem precedentes por aqui. Seria um marco histórico. Refletiria uma construção com muitas digitais. Refletiria o rosto de muitos. O produto coletivo teria mais legitimidade.
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Acre
Mega da Virada: Apostas para prêmio de R$ 1 bilhão acabam em cinco dias

Em cinco dias, às 22h da quarta-feira, 31 de dezembro, a Caixa Econômica Federal sorteia o prêmio bilionário da Mega da Virada de 2025.
Os apostadores podem fazer sua “fézinha” até às 20h da data do sorteio.
Como de praxe em concursos especiais, os prêmios da Mega da Virada não acumulam. Portanto, se não houver ganhadores em uma faixa de premiação, o valor será dividido entre os acertadores da faixa seguinte e assim por diante.
Nunca um apostador ganhou sozinho a Mega da Virada. O maior prêmio até então foi pago na edição de 2024, quando oito apostas dividiram mais de R$ 635 milhões.
Fonte: CNN
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Marcelo Avelino será aclamando e segue no comando do Atlético

Foto Manoel Façanha: Marcelo Avelino fica mais três anos como presidente do Galo
O funcionário público Marcelo Avelino será aclamado neste sábado, 27, a partir das 11 horas, no Frotão, e seguirá no comando do Atlético por mais três anos. As principais metas da chapa Família Atleticana é manter o processo dos pagamentos das dívidas e colocar o Galo novamente na elite do futebol acreano.
Novo momento
Marcelo Avelino e os seus diretores conseguiram melhorar a vida financeira do Atlético. O trabalho desenvolvido pelo advogado Francisco Valadares Neto foi fundamental para a diretoria atleticana começar a tornar o clube viável financeiramente.
Família Atleticana
Marcelo Avelino-Presidente
Ricardo Lopes-Vice-presidente
Paulo Santana-Tesoureiro
Francisco Brito-Diretor administrativo
Ilson da Silva-Diretor de patrimônio
Antônio Acivaldo-Diretor social
Juliano de Souza-Diretor comercial
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Vídeo: Trabalhador é alvo de atentado a tiros e facada no Segundo Distrito de Rio Branco
Vítima foi atacada ao chegar em casa no loteamento Praia do Amapá e conseguiu buscar socorro por conta própria
O trabalhador Jaércio Martins, de 38 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite desta segunda-feira (26), no loteamento Praia do Amapá, no Segundo Distrito de Rio Branco.
De acordo com testemunhas, Jaércio chegava em frente à própria residência, dirigindo um caminhão, quando foi surpreendido por integrantes de uma organização criminosa. Os suspeitos efetuaram vários disparos de arma de fogo contra o veículo, na tentativa de atingir a vítima.
Na sequência, um dos criminosos se aproximou e desferiu um golpe de faca que atingiu o peito esquerdo do trabalhador. Após o ataque, os suspeitos fugiram do local.
Mesmo ferido, Jaércio conseguiu se deslocar até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, onde recebeu os primeiros atendimentos. Em razão da gravidade do ferimento, ele foi transferido por uma ambulância de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto-Socorro de Rio Branco.
Segundo a equipe médica, o estado de saúde da vítima é considerado estável. A Polícia Militar não chegou a ser acionada para atender a ocorrência.







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