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Organizações humanitárias exigem que Israel melhore procedimentos

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Várias organizações humanitárias que trabalham em Gaza exigiram que Israel siga os procedimentos de resolução de conflitos e melhore os procedimentos de segurança de forma a manter os seus trabalhadores seguros.

O apelo surge na sequência da morte de sete funcionários da ONG World Central Kitchen em ataques israelenses na Faixa de Gaza.

Indignados com a morte de sete funcionários humanitários em ataques na Faixa de Gaza, vários funcionários de organizações humanitárias pedem que Israel respeite as “leis da guerra” e melhore o sistema de resolução de conflitos.

Em declarações ao jornal britânico The Guardian, um alto funcionário de uma organização humanitária afirmou que os ataques aos trabalhadores humanitários se deviam a “uma lacuna na cadeia de comando dentro do exército israelense”.

“Fazemos isto em todo o mundo: sempre que nos deslocamos para uma área perigosa, nos coordenamos para resolver o conflito com o exército responsável. Estamos fazendo nosso trabalho. O que o exército israelense precisa fazer é o deles – o que significa respeitar as leis da guerra”, disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

“O que aconteceu é, acima de tudo, uma tragédia, mas ficaria surpreso se a coordenação [com as forças israelitas] continuasse da mesma forma que no passado”, disse outro trabalhador humanitário de uma organização diferente ao jornal britânico.

Ambos os funcionários afirmaram que as suas organizações estão constantemente pressionando Israel por melhorias no sistema de resolução de conflitos, incluindo melhores linhas de comunicação e “comando e controle” dentro das forças armadas israelenses.

Em um comunicado após o incidente, a World Central Kitchen (WCK) disse que tinha coordenado os seus movimentos com o Exército israelense, mas mesmo assim os três veículos foram atingidos em uma estrada costeira ao sair de um armazém em Deir al-Balah, a sul da cidade de Gaza, na noite de segunda-feira. A morte dos sete membros da WCK eleva o número total de trabalhadores humanitários mortos neste conflito para 196, entre os quais mais de 175 são funcionários da ONU.

“O sistema de resolução de conflitos funciona se Israel quiser. Queremos que Israel cumpra o sistema existente, em que os notificamos e eles não nos atingem”, disse Bushra Khalid, conselheiro político da ONG Oxfam para os territórios palestinos ocupados.

“Não creio que seja um problema do sistema. Acho que há uma relutância em respeitar o sistema e os locais fornecidos”, acrescentou.

As autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, classificaram o ocorrido como “não intencional” e prometeram investigar.

O Exército israelense admitiu ter cometido um “erro grave” e o presidente, Isaac Herzog, apresentou as suas “sinceras desculpas” e “profunda tristeza” pelo ataque, que Benjamin Netanyahu descreveu como “não intencional” e “trágico”.

Suspensão de atividade

Os pedidos de desculpa e as justificações por parte das autoridades israelenses não foram suficientes para acalmar os receios das várias organizações humanitárias, que decidiram suspender as operações na Faixa de Gaza.

A primeira a suspender suas operações foi a própria WCK, que era uma das poucas organizações humanitárias que ainda operava na região. Desde o início da guerra, a organização entregou 35 milhões de refeições no enclave.

Outra ONG dos EUA com quem trabalha, a Anera (American Near East Refugee Aid), também suspendeu o trabalho devido aos riscos crescentes enfrentados pelos seus funcionários locais e as suas famílias.

Juntas, a WCK e a Anera serviam dois milhões de refeições por semana em todo o território palestino.

A interrupção das operações agrava a situação da população na Faixa de Gaza, onde 1,1 milhão de pessoas (metade da população) estão em situação de fome catastrófica, segundo alertou a ONU.

Fonte: EBC Internacional

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Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e mantém Rio Branco em alerta máximo

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Defesa Civil registra 15,36 metros no nível do rio; aumento contínuo preocupa autoridades e moradores ribeirinhos

O Rio Acre segue em uma subida constante e preocupante em Rio Branco. Segundo medição da Defesa Civil Municipal realizada às 9h desta segunda-feira (29), o rio atingiu 15,36 metros, ultrapassando a cota de transbordo, que é de 14 metros, por mais de um metro e meio.

Nas últimas horas, o nível apresentou aumento de quatro centímetros em relação à medição anterior, realizada às 5h21, quando marcava 15,32 metros.

Apesar da ausência de chuvas na capital nas últimas 24 horas, o rio continua subindo devido ao grande volume de água acumulado nas cabeceiras, mantendo o alerta máximo para autoridades e população ribeirinha.

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Rio Tarauacá ultrapassa cota de transbordamento e mantém município em alerta

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Nível do rio atinge 10,05 metros e Defesa Civil intensifica monitoramento, apesar de não haver desabrigados

A cheia do Rio Tarauacá já ultrapassou a cota de transbordamento e mantém as autoridades em estado de atenção no município de Tarauacá, no interior do Acre. De acordo com o Informativo Hídrico divulgado pela Defesa Civil Municipal na manhã desta segunda-feira (29), o nível do rio atingiu 10,05 metros às 9h, registrando elevação em relação à medição das 6h, quando marcava 10,03 metros.

Os dados confirmam que o manancial permanece acima da cota de transbordamento, fixada em 9,50 metros, e bem acima da cota de alerta, estabelecida em 8,50 metros. Em apenas três horas, o aumento foi de dois centímetros, o que reforça a preocupação das equipes de monitoramento quanto à possibilidade de novos alagamentos em áreas ribeirinhas da cidade.

Apesar da elevação do nível do rio, a Defesa Civil Municipal informou que, até o momento, não há registro de pessoas desabrigadas em Tarauacá. As equipes seguem acompanhando a situação de forma contínua, realizando vistorias preventivas nas áreas mais vulneráveis, especialmente diante do histórico de grandes cheias no município.

O nível máximo já registrado no Rio Tarauacá foi de 11,15 metros, em 19 de fevereiro de 2021, referência que mantém as autoridades em vigilância permanente durante o atual período chuvoso.

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Homem é preso suspeito de matar a esposa e tentar simular suicídio em Porto Velho

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Pesquisas no celular e laudo do IML reforçam investigação por feminicídio ocorrido durante o Natal

Magno dos Santos Batista foi preso em Porto Velho suspeito de matar a esposa, Luciana, e tentar simular um suicídio durante o período de Natal. Segundo a Polícia Civil, além das contradições apresentadas em depoimento, análises realizadas no celular do investigado apontaram pesquisas na internet consideradas suspeitas, que reforçam a hipótese de feminicídio.

O crime ocorreu no dia 18 de dezembro, e a prisão preventiva foi cumprida no dia de Natal. Com autorização do próprio suspeito, os policiais acessaram o aparelho celular, onde encontraram buscas como “Como proceder após suicídio da esposa?”, “Se mexer no cadáver ele pode fazer barulho?” e “Quando a pessoa morre se vira o olho?”. Uma das pesquisas, realizada no dia anterior à morte, fazia referência ao que a Bíblia diz sobre pessoas que cometem suicídio.

Em depoimento, Magno afirmou que teve uma discussão com a esposa, que teria ficado “alterada”, e que foi dormir. Ao acordar, segundo ele, encontrou a companheira morta. No entanto, a investigação aponta que mensagens foram enviadas a partir do celular do suspeito no mesmo período em que ele alegou estar dormindo, o que levantou suspeitas sobre sua versão dos fatos.

Magno chegou a ser detido no dia do ocorrido, mas foi liberado inicialmente por falta de provas técnicas. A Polícia Civil, então, instaurou inquérito para apurar se a morte havia sido causada por suicídio ou homicídio.

Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas por asfixia decorrente de estrangulamento. O exame também identificou outras lesões no corpo da vítima, reforçando a suspeita de violência.

Com base nas conclusões do laudo pericial, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido que foi acatado pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou Magno dos Santos Batista e cumpriu o mandado de prisão.

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