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ONGs se organizam para derrubar projeto que revoga Estatuto do Desarmamento

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Representantes de organizações sociais prometem uma grande mobilização para amanhã (10) na Câmara dos Deputados. O grupo tentará evitar a aprovação do projeto de lei (PL 3.122/12), que regulamenta aquisição e circulação de armas de fogo e munições no país e revoga pontos polêmicos do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).

Conhecida como Estatuto das Armas de Fogo, a proposta foi apresentada pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). Peninha Mendonça argumenta que a redução de 90% no comércio de armas de fogo e munição pós-Estatuto do Desarmamento não refletiu na redução dos homicídios no Brasil.

Em 2004, nos dez meses de 2005 em que vigoraram as restrições à posse e ao porte de arma e durante a Campanha do Desarmamento, quando se recolheu, aproximadamente, meio milhão de armas, “os índices de homicídio nãoo sofreram redução”, destacou o parlamentar catarinense.

O deputado também citou números do Mapa da Violência 2011. Os dados revelam que, em 2003, foram registrados mais de 50 mil homicídios, “total semelhante ao verificado em 2004 e não divergente dos registrados nos anos seguintes”, completou Peninha Mendonça.

Segundo ele, a redução do comércio de armas de fogo e munição caiu 90% no país desde a promulgacão do Estatuto do Desarmamento. Acrescentou que, dos 2,4 mil estabelecimentos especializados registrados pela Polícia Federal no ano de 2000, sobraram 280 em 2008.

“A redução, comemorada de forma pueril por entidades desarmamentistas, não produziu qualquer diminuição nos índices de homicídio no país. Simples e óbvia, a constatação é que não é a arma legalizada que comete crimes, mas a dos bandidos, para os quais a lei de nada importa”, ressaltou.

A proposta de Peninha Mendonça reduz de 25 anos para 21 anos a idade mínima para porte de armas, retira a exigência de justificativa da Polícia Federal e amplia de seis para nove o número de armas de fogo por cidadão. O projeto também eleva a quantidade de munições permitidas anualmente. Passaria das atuais 50 por arma para 50 munições mensais, podendo atingir 5,4 mil munições por ano caso o comprador tenha o número máximo de armas.

Relator do texto, o deputado Claudio Cajado (DEM-BA) organizou, semana passada, um videochat para colher sugestões de setores da sociedade civil. Cajado já sinalizou que deve apresentar alternativa ao projeto. Entre outros pontos, ele quer manter em 25 anos a idade mínima para o porte. Organizações como o Instituto Sou da Paz resistem à tentativa de revogação do Estatuto do Desarmamento.

Diretor executivo do instituto, Ivan Marques é contrário ao texto. Ele disse que um dos pontos mais graves é a mudança nas exigências para o porte. Além da retirada da justificativa, alerta para a exclusão das proibições de porte para quem tem antecedentes criminais ou sofre qualquer tipo de investigação. “É um gatilho muito perigoso”, salientou.

Para Marques, o maior problema é o aumento do número de armas. “Para quê colocar mais armas na mão do cidadão se ele já pode ter seis? O mesmo ocorre com as munições. Para quê tanta bala? Certamente não é para defesa pessoal, porque 5,4 mil munições é muito tiro”, questionou.

Outra crítica das organizações que apoiam o Sou da Paz é o fim dos testes períodicos de análise de capacidade para o portador de arma. Pelas atuais regras, todas as pessoas que têm porte precisam se submeter a exames a cada três anos. “O projeto elimina o teste. O cidadão compra uma arma, faz o teste uma vez, registra e não se preocupa mais com isto”, acrescentou Ivan Marques.

Caso o projeto seja aprovado, uma pessoa com 21 anos pode fazer as provas, que incluem testes psicológicos e análise pericial, para conseguir o porte. “Ele nunca mais vai precisar voltar para registrar ou dizer se ainda tem a arma. Não saberemos se a arma foi doada ou furtada”, avaliou o diretor do Sou da Paz.

Segundo ele, o esforço do grupo é para rejeitar o projeto ainda na comissão especial. O temor é que, com uma composição mais conservadora a partir do próximo ano, a Câmara aprove a proposta. “É um projeto ruim, que pode ficar por conta de uma composiçao mais conservadora. Se o projeto não for aprovado na comissão, ele é arquivado e, caso resgatado, tem de passar pela tramitação normal”, explicou.

Para atingir esse objetivo, os críticos têm apenas a arma do constrangimento, já que a maioria dos integrantes da comissão é a favor da revogação do Estatuto do Desarmamento.


Agência Brasil

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Trump ameaça Putin com sanções por “talvez não querer parar a guerra”

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Foto: Reuters/Carlos Barria

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou neste sábado (26) o presidente russo, Vladimir Putin, com novas sanções, porque “muitas pessoas estão morrendo” na Ucrânia. Segundo Trump, a situação o leva a pensar que “talvez” a Rússia “não queira parar a guerra”.

“Não havia razão para Putin disparar mísseis contra áreas civis, cidades e aldeias nos últimos dias. Isto faz-me pensar que talvez ele não queira parar a guerra e esteja apenas a brincar comigo, e depois precisamos de fazer outra coisa”, afirmou o presidente norte-americano, em publicação na rede social Truth.

A publicação foi partilhada após participar do funeral do Papa Francisco, no Vaticano, onde antes da cerimônia, teve um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que resultou numa troca positiva, segundo ambos os lados.

“Muitas pessoas estão morrendo!”, enfatizou Trump na publicação.

Condenando os ataques russos contra populações civis, o presidente norte-americano apontou a possibilidade de ameaça com novas medidas, considerando duas opções alternativas: atingir o sistema bancário e reforçar as já significativas sanções contra a Rússia.

Entretanto, também hoje Moscou informou que o presidente russo disse ao enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, durante a reunião de sexta-feira, que está pronto para negociar o resultado do conflito na Ucrânia “sem quaisquer pré-condições”.

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Roma e Vaticano estão silenciosos e tristes, diz padre jesuíta

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Basílica de São Pedro, no Vaticano – REUTERS/Remo Casilli/

Neste sábado (26), data do funeral e do sepultamento do papa Francisco, o Vaticano é o centro das atenções para católicos de todo o planeta.

Para o padre brasileiro Bruno Franguelli, estar presente neste momento histórico é algo que proporciona reflexões bastante profundas. O padre jesuíta teve o privilégio de conhecer de perto este que, para muitos, foi “o maior líder da nossa atualidade”.

Colaborador da agência de notícias Vatican News, Franguelli estava entre os presentes na Missa de Exéquias, cerimônia que marca o primeiro dia do Novendiali – os nove dias de luto e orações em honra ao pontífice.

Franguelli é também “da família religiosa” do Papa, na igreja: os jesuítas, da Companhia de Jesus.

“O papa é jesuíta e sempre se apresentou como tal. Isso é muito forte. Temos a mesma espiritualidade, a mesma visão de mundo. É muito bonito ter vivido durante este pontificado do primeiro papa jesuíta. Foram muitas oportunidades de estar com ele”, disse Franguelli, em meio às cerimônias fúnebres.

Clima em Roma

Ele falou, à Agência Brasil, sobre como está o clima no Vaticano e em Roma, cidade que cerca o Estado da Igreja Católica, muito influenciada pela fé dos devotos.

“Roma é uma cidade que está profundamente identificada com a figura do Papa [e o Vaticano] pela sua história. Quem vem a Roma dificilmente não identifica esta ligação [da cidade] com o Papa”, disse ao lembrar que os turistas que visitam a cidade costumam ir também ao Vaticano para ver o Papa e participar das audiências gerais, missas, e do Angelus dominical – oração feita três vezes ao dia no Vaticano.

Segundo Franguelli, nos últimos dias, Roma e o Vaticano têm ficado mais silenciosos, com pessoas cabisbaixas e tristes.

“O falecimento do papa nos impactou profundamente. Sabíamos que esse dia chegaria e estava próximo, mas não queríamos que chegasse”.

Os prédios e edifícios da região têm sido espaço para várias projeções com imagens de Francisco, o que, segundo Franguelli, demonstra o imenso carinho das pessoas pelo papa, em retorno ao “carinho que ele teve pela cidade, pelo país e pelo mundo”.

Fila

Pessoas fazem fila para entrar na Basílica de São Pedro para prestar homenagens enquanto o Papa Francisco é velado – REUTERS/Remo Casilli/

“Todos estão profundamente impactados pelo falecimento do papa e, claro, se organizando para as pessoas que estão vindo para se despedir do pontífice de uma maneira segura”, acrescentou o padre jesuíta, que participa do funeral desde que foi oficialmente aberto ao público.

Franguelli, inclusive, também ficou na fila por quase 5 horas para ver, de perto, o corpo de Francisco.

“Foi bonito ver o testemunho das pessoas, o carinho e as fotografias. Todos queriam passar pelo menos alguns segundos diante do corpo do papa para dar o seu muito obrigado, seu adeus; para se despedirem. Muitos choravam. Fiquei também muito emocionado com aquilo tudo”.

Síntese do pontificado

Padre Bruno Franguelli celebra missa com papa Francisco – Bruno Franguelli

“Depois desta missa maravilhosa e desta homilia também tocante, em que o cardeal Giovanni Battista Re fez uma síntese de todo pontificado do Papa Francisco, nos despedimos do nosso querido pastor”, disse o padre jesuíta que foi tradutor do pontífice “em muitos momentos, missas e viagens apostólicas”, além de vídeos em que explicava os documentos produzidos pelo papa Francisco.

 

 

 

 

Entre as histórias vividas com o papa, Franguelli destaca o momento mais especial: quando celebrou uma missa ao lado do pontífice.

“Tive vários momentos com ele e saudações. Mas o momento que coroou realmente o encontro mais bonito que eu vivi com ele foi quando eu era diácono e celebrei a missa com ele. Foi marcante estar ao lado dele o tempo todo, celebrando a missa com ele. Senti-me ao lado de um santo. De alguém que é bondade pura; que é misericórdia pura.”

Marca do papa

A tristeza de Franguelli vem acompanhada, segundo ele, de uma alegria pela oportunidade de ter tido “um grande pastor” a seu lado por tanto tempo.

Padre Bruno Franguelli com o pontífice – Bruno Franguelli

“Fica no nosso coração o homem maravilhoso que ele foi para igreja e, obviamente, do maior líder da nossa atualidade, que abriu as portas da igreja para a realidades que a gente muitas vezes viu excluídas.”

“Esta é a marca principal do Papa Francisco, que sempre nos ensinou a estar ao lado dos excluídos; dos mais pobres; dos últimos, como ele esteve. Então esta é uma maneira de continuar o legado dele, tendo uma sensibilidade maior para com as pessoas que sofrem”, acrescentou ao lembrar da dedicação de Francisco àqueles que sofrem.

“Ele fez isso desde seu primeiro momento, quando ele foi para Lampedusa [ilha ao Sul da Itália, no Mar Mediterrâneo, por onde muitos refugiados chegam à Europa] e quando ele escolheu viajar para lugares que a gente às vezes nem sabia o nome e nem sabia que existia”, disse.

“Essa é a marca principal do papa Francisco. É aí que ele se mostra realmente um verdadeiro discípulo de Jesus; o sucessor de São Pedro”, complementou.

 

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Bolsonaro, a UTI, o STF e os cuidados com a saúde!

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Jair Bolsonaro na UTI/ Reprodução

Neste momento de recuperação em uma UTI, o ex-presidente Jair Bolsonaro precisa de intensos cuidados médicos para não agravar seu quadro já bastante complicado. Ele deveria se recolher, pedir orações e enxotar o bando de puxa-sacos que faz romaria.

Há momentos na vida em que é preciso parar. Ninguém vai a lugar nenhum. Cuidar da saúde é mais importante do que da política. “Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”, dizia o Paulo Cintura, na Escolinha do professor Raimundo.

Para agravar a situação, um oficial de justiça notificou o ex-presidente dentro da UTI em um hospital de Brasília, onde se encontra depois de uma cirurgia de mais de 12 horas. Isto, para corrigir problemas intestinais em decorrência da facada que levou durante a campanha de 2018, quando se elegeu presidente.

A UTI, segundo o STF, se transformou em um escritório político onde o ex-presidente atuava e recebia visitas. Razão para que foi notificado. Um erro. Até o STF precisa limitar suas próprias ações. Bolsonaro, ovacionado pelas multidões como mito subsistirá através do bolsonarismo, mas o homem Bolsonaro, o capitão, não. Nesse sentido à vida é mais importante.

“Quem é luz não mostra sua religião, mostra o seu amor”. (Papa Francisco)

. Em meio aos últimos acontecimentos no cenário político, o centrão parece estar, no momento, mais inclinado a dançar a música de Lula.

. O presidente da Mesa Diretora da Câmara, vereador Joabe Lira (União Brasil), não pode aceitar pressão dos vereadores para gerar mais despesas.

. A Casa Legislativa aumentou o número de parlamentares, já não é o suficiente?

. O senador Márcio Bittar (União Brasil) vem trabalhando intensamente nos bastidores para tentar garantir a reeleição.

. Angariar votos, conquistar espaços e remover obstáculos.

. É do game!

. Jorge Viana rodando o mundo com a Apex; a Mara em Brasília…

. Já o governador Gladson Cameli (PP) tem recebido boas notícias da capital federal;

. Por isso também intensificou sua agenda política, afinal de contas será candidato novamente ao Senado.

. A vice-governadora Mailza Assis (PP) sabe que todas as coisas cooperam para o bem;

. Paciência é uma das mais preciosas virtudes!

. O presidente da Aleac, Nicolau Júnior, também do PP, embalou a pré-campanha para o governo ou reeleição.

. A Federação PP/União Brasil é um nó a ser desatado em janeiro ou abril; quem tiver café no bule fica.

. Socorro Neri, Zezinho Barbary, José Adriano, coronel Ulysses, Eduardo Veloso e Meire Serafim se juntaram à Federação PP/União Brasil.

. Pense numa confusão para mais de metro!

. Existem situações que são resolvidas no âmbito da justiça e não nas redes sociais.

. Na maioria das vezes, só agrava a situação.

. Bom dia!

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