Acre
Onde a violência piorou no Brasil na última década, acre com uma variação da taxa 2006/2016 de 93,2%
Sobre a taxa de homicídio na população negra, o Rio Grande do Norte cresceu 321,1% na década, contra o aumento de 23,1% na taxa nacional.
O estado do acre e o 6º, segundo o estudo, de 23 mortes para cada 100 mil habitantes em 2006, em 2016 saltou para 44,4, com uma variação da taxa 2006/2016 de 93,2%.

Rio Branco registra 9 homicídios em três dias de execuções em 2016, com decapitados e esquartejados (Foto: montagem)
Com Exame
Pela primeira vez na história, a taxa de homicídio no Brasil ultrapassou o patamar de trinta mortes por 100 mil habitantes, segundo Atlas da Violência divulgado nesta terça-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com o estudo, que analisa os números de homicídio no país entre 2006 e 2016, mais de 553 mil pessoas perderam suas vidas devido à violência intencional. O resultado deixa o Brasil com uma taxa 30 vezes superior a da Europa.
Se por um lado houve queda dos homicídios em sete estados brasileiros, como São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, o índice de assassinatos cresceu nas demais unidades da federação nesse período – em cinco, a taxa mais do que dobrou.
É o caso do Rio Grande do Norte, que saltou de uma taxa de 14,9 mortes para cada 100 mil habitantes em 2006, para 53,4 em 2016 – crescimento de 257% na década. Também houve aumento intenso nos estados Sergipe (121,1%), Maranhão (121%) e Tocantins (119%)
“Os muitos planos nacionais de segurança pública que tivemos falharam pela incapacidade de o governo ter uma arquitetura institucional e de governança que pudesse traduzir as ideias em ações e em boas políticas”, diz o relatório do Ipea.
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Na avaliação do Instituto, para brecar a escalada de violência, o governo federal deveria investir em três pilares: promoção de políticas públicas efetivas, capacitação das forças policiais e investimentos em ações inovadoras.

O resultado deixa o Brasil com uma taxa 30 vezes superior a da Europa (Foto: Getty Images/Exame)
Onde a situação é pior
Considerando a década 2006-2016, o Rio Grande do Norte foi o estado que apresentou o pior desempenho em outros dois indicadores violentos: homicídio de jovens de 15 a 29 anos e violência contra negros.
As mortes de jovens por homicídio no Brasil cresceu 24,8% em dez anos. No período, o estado registrou elevação drástica de 380,1%. Mesmo assim, até agora, diz o relatório, o governo local não trouxe soluções para atacar o problema.
Sobre a taxa de homicídio na população negra, o Rio Grande do Norte cresceu 321,1% na década, contra o aumento de 23,1% na taxa nacional.
Em mais uma evidência do alarmante cenário local, o estado ficou empatado como Maranhão no crescimento da taxa de homicídio de mulheres, com um aumento de 114,8%.
| Ranking | Estados | Taxa de homicídio (por mil) – 2006 | Taxa de homicídio (por mil)- 2016 | Variação da taxa 2006 – 2016 |
|---|---|---|---|---|
| 1º | Rio Grande do Norte | 14,9 | 53,4 | 256,9% |
| 2º | Sergipe | 29,2 | 64,7 | 121,1% |
| 3º | Maranhão | 15,7 | 34,6 | 121% |
| 4º | Tocantins | 17,2 | 37,6 | 119% |
| 5º | Bahia | 23,7 | 46,9 | 97,8% |
| 6º | Acre | 23 | 44,4 | 93,2% |
| 7º | Ceará | 21,8 | 40,6 | 86,3% |
| 8º | Pará | 29,2 | 50,8 | 74,4% |
| 9º | Goiás | 26,3 | 45,3 | 72,2% |
| 10º | Amazonas | 21,1 | 36,3 | 71,9% |
| 11º | Piauí | 13,8 | 21,8 | 58,5% |
| 12º | Rio Grande do Sul | 18,1 | 28,6 | 58% |
| 13º | Paraíba | 22,8 | 33,9 | 48,8% |
| 14º | Amapá | 32,8 | 48,7 | 48,5% |
| 15º | Roraima | 27,5 | 39,7 | 44,2% |
| 16º | Santa Catarina | 11,2 | 14,2 | 27,4% |
| 17º | Mato Grosso |
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Acre
PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.

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Acre
Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado
Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale


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