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Oficialmente como novo governador do Acre, Gladson recebe a faixa das mãos do filho e do pai
O governador eleito, Gladson Cameli (PP), e o vice-governador eleito, major Wherles Rocha (PSDB), tomaram posse dos cargos na tarde desta terça-feira (1º) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Em seu discurso, Cameli falou que conhece os problemas que o estado enfrenta, mas que vai em busca das soluções.
Ele prometeu fazer um governo para o povo. “Hoje, é importante destacar, não existem mais palanques. Dos deputados que foram eleitos juntos à minha coligação, não espero subserviência cega. Dos deputados que irão compor a oposição ao meu governo, não espero agressividade gratuita”, disse.
O governador voltou a dizer que a partir de agora, a responsabilidade é dele. “Nessa luta, a partir de agora, a responsabilidade é minha. Mas sei que não conseguirei sem a ajuda de todos vocês. Com o espírito aberto, convoco a todos para unirmos cabeças, corações e mãos para resgatarmos o nosso povo, os nossos valores, a nossa história.
Cameli falou sobre a luta do estado para ser brasileiro. “Os problemas estão colocados no cotidiano das pessoas e é necessária uma ação urgente e enérgica para resolvê-los. O trabalho da Assembleia tem que ecoar nas cidades, nos ramais, nas ruas e nas casas de todo o estado”, discursou.
Em seu discurso, Cameli ressaltou os desafios da nova gestão, disse ainda que o momento pedia algumas decisões consideradas desconfortáveis.
“Porque o tempo exige de nós visão e coragem. Não apenas para fazer o correto nesta gestão, mas também para corrigir os desacertos e alinhar caminhos. Para atingir o futuro, não podemos abdicar do passado”, justificou.
Ao final do discurso, o governador lembrou de seu avô Rezene de Souza Lima, que também exerceu cargo de deputado estadual.
“Reforço a minha convocação a esta Casa: o de trabalharmos juntos, colocando o Acre e as pessoas em primeiro lugar! Muito obrigado e que possamos continuar contando como sempre, com as bençãos e a proteção de Deus!”, finalizou.
Cerimônia de posse
Na Assembleia, Cameli e Rocha fizeram um juramento prometendo “observar as leis e promover o bem geral do povo acreano”. Em seguida, assinaram um termo de posse, que oficializa o início do mandato.
Após o ato constitucional na Aleac, Cameli se deslocou para o Palácio Rio Branco onde recebeu as honras militares.
A entrega da faixa governamental foi feita com cortejo por integrantes das forças militares. Sem a presença de Tião Viana, a entrega da faixa foi feita pelo pai do governador Eládio Cameli e pelo filho Guilherme, de 5 anos. Depois, o governador fez seu pronunciamento, quando voltou a discursar e lembrou de seu tio, Orleir Cameli, que também foi governador do Acre.
Ele afirmou que o seu governo deve ser conhecido pela transparência e garantiu desenvolvimento para o estado.
Um novo tempo com muitos desafios, sim! Com inúmeras barreiras e dificuldades, isso todos nós sabemos. Mas com força para dizer ao Acre e ao Brasil: pode confiar! Nós seremos a nova fronteira do desenvolvimento!”, enfatizou.
Logo em seguida, ele nomeou ainda dois novos secretários. Toda a equipe deve ser nomeada ainda na quarta-feira (2).
O evento contou com apresentação do coral e orquestra do Conservatório musical do Vale do Juruá e banda Garotos do Sotão do Ministério Público do Acre e 61º BIS. Para fechar a solenidade, teve um show do artista local Luan Lima na Praça Eurico Dutra.
O ex-governador Tião Viana (PT) não compareceu à cerimônia de posse na Aleac e no Palácio Rio Branco.

Sem a presença do ex-governador Tião Viana, Gladson recebeu a faixa do pai Eládio Cameli — Foto:Alexandre Lima
Perfil Gladson Cameli
Antes de concorrer à vaga de governador, Gladson, que tem 40 anos, ocupava o cargo de Senador da República. Cameli foi eleito governador do Acre no primeiro turno das eleições de 2018 com 94,06% dos votos válidos, um total de 223.993 votos.
Ele entrou na vida pública aos 28 anos, quando foi eleito pela primeira vez deputado federal com 18.886 votos. Em 2010, foi eleito pela segunda vez deputado federal com 32.623 votos. A vitória do progressista tira a hegemonia do PT, que governava o estado há 20 anos.
O novo governador é bacharel em engenharia civil desde 2001 e formado pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus Ulbra, no Amazonas. Sua trajetória política vem de família, já que é sobrinho do ex-governador do estado Orleir Cameli.
Em seu segundo mandato como deputado federal, se destacou à frente da Comissão da Amazônia, através da indicação da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra).
Foi filiado ao PFL durante (2000-2003) e ao PPS durante (2003-2005). É filiado ao Progressistas desde 2005 permanecendo até os dias atuais.
No Senado Federal, Gladson Cameli é membro de várias comissões, entre elas a Comissão de Serviços de Infraestrutura, Comissão Senado do Futuro, Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional, Comissão de Educação, Cultura e Esporte, entre outras. Tem sido um dos maiores articuladores junto ao setor empresarial de debates para saídas da crise econômica que vive o Acre e o país.
Perfil vice-governador
Wherles Fernandes Da Rocha, mais conhecido como Major Rocha, é formado em Comunicação Social e Direito, policial militar aposentado. Nascido em Rio Branco, em 07 de outubro, trabalhou como repórter no jornal O Rio Branco e A Gazeta, foi assessor de comunicação do Sesc, trabalhou na assessoria da PMRB, trabalhou na extinta Cilas.
Entrou na Polícia Miliar em 1990, em 1995 assumiu o comando da Polícia Militar de Sena Madureira, onde permaneceu até 2000. Em Rio Branco foi comandante do primeiro batalhão, comandou também o batalhão motorizado, batalhão comunitário.
Foi responsável pela criação do grupo águia, onde recebeu vários reconhecimentos pela importância e atuação ao combate à criminalidade.
Em 2010 se filiou ao PSDB, vencendo a eleição com 4.228 votos, teve uma atuação marcante no parlamento acreano, que lhe rendeu por três anos consecutivo o prêmio de melhor deputado estadual do Acre.
Em 2014 Rocha venceu as eleições para deputado federal com 23.466 votos, tornando se o deputado mais votado da oposição naquele momento. Em Brasília, Rocha mais uma vez se destacou, tendo sua atuação reconhecida pelos institutos de pesquisa de qualidade e atuação parlamentar, recebendo do congresso em foco o prêmio de melhor parlamentar acreano, título também reconhecido pela Ranking Político.
Foi dele que partiu a denúncia que culminou na prisão do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
Propostas de Gladson
Economia e gestão eficiente: combater o desperdício, enxugar a estrutura e valorizar o servidor que trabalha.
Saúde: focar na educação, assistência social e investir em educação, acompanhamento social e planejamento familiar.
Educação: garantir o acesso nos ramais, proporcionar educação que estimule o aprendizado e acompanhamento social das famílias.
Segurança: Em resumo vai aumentar o efetivo, valorizar os policiais e vai se comprometer com a segurança.
Sistema prisional: construção de novos presídios, ação social e geração de oportunidades de empregos para que os jovens não ingressem no crime.
Infraestrutura: de acordo com cada caso específico, estabelecer planos para utilização de ramais, acesso fluvial ou recuperação de aeroportos.
Meio ambiente: através de conscientização, fiscalização e investimento em atividades ambientalmente sustentáveis.
Falta de médicos: atração e valorização de profissionais, regionalização de determinadas especialidades e atendimentos periódicos itinerantes.
Mobilidade urbana: Vai trabalhar na recuperação da BR-364 junto ao DNIT, e lutar pela ponte sobre o Rio Madeira, em Rondônia, para integrar o Acre com o resto do país via terrestre.
Emprego: vai abrir o estado para investimentos do agronegócio, expansão da infraestrutura, educação profissional e apoio a novos negócios.
Veja a íntegra do discurso de Cameli
“Hoje estamos aqui para celebrar e renovar dois sentimentos: o primeiro deles é a confiança na democracia.
A democracia é o pilar que sustenta histórias, visões e sonhos diferentes, todos em equilíbrio na busca de soluções para o futuro do nosso povo.
O segundo sentimento é resultado do primeiro: responsabilidade. Carregamos nas costas a missão de corresponder aos anseios da população. Uma gente solidária, trabalhadora, ordeira e esperançosa no amanhã, a qual
Que merece ter um futuro tão grande quanto as suas qualidades.
Minha presença aqui é mais que uma formalidade.
É um convite para a colaboração, para a discussão propositiva, para que possamos estabelecer uma relação de respeito e de efetividade. Sou um representante do povo dirigindo-me a vinte e quatro outros representantes. Trabalhamos, portanto, para a mesma e soberana autoridade, o nosso povo, e é para essa população que devemos dedicar os nossos esforços. Não há espaço para projetos pessoais.
Hoje, é importante destacar, não existem mais palanques.
Dos deputados que foram eleitos juntos à minha coligação, não espero subserviência cega.
Dos deputados que irão compor a oposição ao meu governo, não espero agressividade gratuita.
Peço, aos senhores, apenas uma postura justa, equilibrada e adequada, Não em relação a mim, mas ao poder que representamos e às pessoas por quem trabalhamos: a população do nosso estado. Os problemas estão colocados no cotidiano das pessoas e é necessária uma ação urgente e enérgica para resolvê-los. O trabalho da Assembléia tem que ecoar nas cidades, nos ramais, nas ruas e nas casas de todo o estado.
Se mantivermos de modo claro que lutamos pelo mesmo ideal, ainda que discordemos em alguns pontos, mas mantenhamos abertos os canais de diálogo e negociação, posso garantir que nenhum dos senhores terá em mim a figura de um inimigo. Pelo contrário, manterei as portas abertas a cada ideia, iniciativa e reinvindicação em benefício da população. Porque não vejo em cada um dos senhores uma figura particular ou partidária. Vejo em cada um de vocês os rostos da nossa gente.
Esses quatro anos que começam a partir de agora irão gravar a história se todos nós juntos fomos capazes de dar ao Acre o novo fôlego que ele necessita. Esse tempo julgará se estivemos a altura dos desafios e expectativas de quem depositou em nós a confiança de dias melhores.
Senhores, teremos a partir de agora muitos momentos de decisões. Escolhas que nem sempre serão confortáveis. Mas que serão necessárias.
Porque o tempo exige de nós visão e coragem. Não apenas para fazer o correto nesta gestão, mas também para corrigir os desacertos e alinhar caminhos. Para atingir o futuro, não podemos abdicar do passado.
Meus amigos acreanos, dirijo-me ao encerramento do meu discurso compartilhando um princípio que adotei como verdade absoluta: a de que um estado não se mede pelos mandatos de seus representantes, mas pelo bem-estar de sua população. Não encontro felicidade maior em minha vida pública do que em constatar que, de alguma forma, a minha atuação ajudou a melhorar a vida das pessoas. A política pode e deve ser o instrumento de transformação social, de socorro aos necessitados e de apoio aos trabalhadores.
Esse foi um dos princípios que aprendi com meu avô Rezene de Souza Lima, que também exerceu cargo de deputado estadual, honrando em todo tempo a Deus, sua família e ao Acre.
Como parlamentar dedicado que fui durante minha carreira anterior a esse desafio, reconheço e valorizo a importância de cada um dos senhores. E reforço a minha convocação a esta Casa: o de trabalharmos juntos, colocando o Acre e as pessoas em primeiro lugar!
Muito obrigado e que possamos continuar contando como sempre, com as bençãos e a proteção de Deus! “
Texto de Iryá Rodrigues, G1 AC
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.


















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