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O que se sabe sobre morte de recém-nascida envenenada com chumbinho pelo próprio pai
Charles Luiz Félix da Costa, de 44 anos, foi preso na quinta-feira (25). Segundo a polícia, ele deu leite envenenado à menina enquanto a mãe dela tomava banho.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a audiência foi realizada na manhã da quinta-feira (25), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, no Centro do Recife. Foto: captada
Um homem foi preso na quinta-feira (25) por assassinar a própria filha recém-nascida no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Segundo a Polícia Civil, a bebê, que tinha apenas cinco dias de vida, foi envenenada com chumbinho. A substância, usada para matar ratos e proibida no Brasil desde 2012, estava numa mamadeira com leite.
Quando e onde o crime aconteceu?
O assassinato aconteceu na noite da terça-feira (23), na casa onde a família morava, na Avenida Marechal Juarez Távora, no bairro de Boa Viagem.
Após passar mal, a recém-nascida, que não teve o nome divulgado, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, também na Zona Sul da capital pernambucana, onde teve uma parada cardiorrespiratória. A criança morreu apenas cinco dias depois de nascer, em 18 de julho.
Quem é o genitor e como ele matou a criança, segundo a polícia?
O suspeito de matar a bebê é o genitor da criança, identificado como Charles Luiz Félix da Costa, de 44 anos. Em entrevista coletiva na quinta-feira (25), o delegado Sérgio Ricardo contou que ele aproveitou que a mãe da menina tinha ido tomar banho para preparar o leite envenenado e dar à vítima.
- Segundo o delegado, a polícia encontrou em cima da pia um lixeiro em que havia um saco plástico revirado, com resíduos de uma substância compatível com chumbinho;
- Junto da sacola, foram encontradas uma lata de leite em pó, uma mamadeira e uma fralda de tecido, que foi utilizada para limpar a boca da criança;
- De acordo com a polícia, foram identificados resíduos de veneno no leite que restava na mamadeira e na fralda;
- A fórmula de leite dentro da lata não estava contaminada, conforme a perícia.
Sérgio Ricardo disse ainda que a suspeita de envenenamento partiu da própria equipe de saúde que socorreu a recém-nascida. “A médica chamou e indagou o casal: ‘Vocês têm chumbinho em casa?’. E a mãe estranhou”, afirmou o delegado. A investigação descartou qualquer participação da mãe no crime.
Já se sabe o que motivou o crime?
Até o momento, não foi descoberto precisamente o que motivou o homem a cometer o crime. Segundo a polícia, a mãe da bebê disse em depoimento que o genitor não desejava a criança e pediu para ela abortar quando estava grávida.
Ela afirmou ainda que não tinha um relacionamento estável com Charles Luiz e que ele só se reaproximou da mulher um dia antes do parto.
O que o homem disse à polícia?
De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, o genitor negou que tivesse envenenado a menina. No entanto, ele confirmou ter preparado a mamadeira e alimentado a filha.
Ainda segundo a polícia, Charles Luiz relatou que, depois de dar o leite à criança, entregou a recém-nascida para a mãe e que, “em dois ou três minutos”, a bebê começou a chorar passando mal.
Ele tem antecedentes criminais?
Sim. Charles Luiz já respondeu anteriormente por maus-tratos contra criança e adolescente na Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Jaboatão dos Guararapes, conforme revela um processo judicial ao qual a reportagem teve acesso.
Em outubro do ano passado, a Justiça chegou a expedir uma medida protetiva contra ele. Como a vítima é menor de idade, os detalhes do caso não foram informados.
Charles Luiz também foi autuado por furto em 2011. A vítima era uma defensora pública com deficiência visual, que morreu naquele ano.
Após a morte dela, segundo a denúncia, ele fez vários saques, transferências e empréstimos, totalizando mais de R$ 20 mil. O processo, no entanto, prescreveu e foi arquivado em 2023.
Para onde o suspeito foi levado após a prisão?
Depois de ser preso em flagrante, Charles Luiz Félix da Costa foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Ele foi autuado por homicídio e, em seguida, submetido à audiência de custódia.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a audiência foi realizada na manhã da quinta-feira (25), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, no Centro do Recife.
Na sessão, foi decretada a prisão preventiva e o suspeito foi levado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), que fica em Abreu e Lima, na Região Metropolitana.
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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