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O que a lei diz sobre segurança privada e PMs na função

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A lei prevê que os vigilantes devem passar por curso específico de formação, ser aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnica, ter instrução a partir da quarta série do primeiro grau e ter 21 anos.

Segundo o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, há uma ampla “vista grossa” para a situação no país.

Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

A morte de João Alberto Freitas, espancado por seguranças de uma loja da rede Carrefour, em Porto Alegre, jogou luz sobre esse amplo segmento da segurança privada, das empresas e profissionais recrutados para zelar por estabelecimentos comerciais em todo o país.

Além das cenas de agressão que viralizaram nas redes sociais, um dos seguranças que foram presos é Giovani Gaspar da Silva, um policial militar temporário que trabalhava em momentos de folga como segurança privado.

De acordo com diversos especialistas ouvidos pela CNN, essa é uma prática relativamente comum e até conhecida das chefias das polícias pelo Brasil, apesar de ilegal.

A PM de Porto Alegre abriu um procedimento administrativo para demitir Gaspar, em um processo mais simples por se tratar de um policial temporário.

Segundo o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, há uma ampla “vista grossa” para a situação no país.

“As corporações proíbem explicitamente. Cada estado tem sua norma, mas em geral todos fecham os olhos para esse trabalho dos policiais, porque sabem que a remuneração é baixa”, explica o ex-secretário.

Conflito de interesses

O antropólogo Luiz Eduardo Soares é especializado em segurança pública, autor de obras como Elite da Tropa (2006), que escreveu junto com Rodrigo Pimentel. O livro baseou o blockbuster Tropa de Elite, de 2007.

Para Soares, essa situação é “conveniente”, porque evita pressões na outra ponta. “É muito conveniente para os governos aceitar, tolerar e até incentivar o segundo emprego dos seus policiais, porque, dessa forma, resolvem a problemática salarial”, argumenta.

O antropólogo, no entanto, vê um grave conflito para que essas atividades, pública e privada, sejam exercidas simultaneamente.

“Se a segurança pública vai bem, a segurança privada vai mal. Para muitos policiais, a motivação é boa, que é ganhar o dinheiro para se sustentar. Mas para outros, a negligência oficial permite que se produza insegurança para se vender segurança”, afirma.

O escritor afirma que há, inclusive, o risco de o trabalho amplo na segurança privada constituir incentivo para a formação de milícias, como ocorre no Rio de Janeiro.

O que diz a lei

A atividade de vigilante privado é regulada, segundo a Polícia Federal, pela Lei 7.102, de 20 de junho de 1983.

A lei prevê que os vigilantes devem passar por curso específico de formação, ser aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnica, ter instrução a partir da quarta série do primeiro grau e ter 21 anos. O interessado deve pedir formalmente o registro à Polícia Federal, responsável por fiscalizar o segmento.

Na outra ponta, o artigo 29 do Estatuto dos Militares proíbe comerciar ou tomar parte na administração, gerência ou sociedade de empresa privada, o que impede, por exemplo, que policiais sejam sócios de empresas de segurança privada.

A proibição mais explícita ficou delegada às legislações estaduais. Em São Paulo, por exemplo, a lei complementar 207/2019 proíbe que o policial exerça qualquer função, mesmo nos horários de folga, com exceção apenas para a educação.

Luiz Eduardo Soares afirma que há situações excepcionais em que esse trabalho na folga é regulamentado, mas isso só pode ser feito a partir de acordos e permissões específicas das corporações, seguindo a regra da gestão estadual das polícias.

A advogada Jaqueline Valles, mestre em Direito Penal, cita a Operação Delegada, em São Paulo. Policiais são autorizados a trabalhar no estado em seus horários de folha, desde que fazendo um “bico” para o próprio governo estadual.

Apesar de situações regularizadas, Valles afirma que também há uma contradição, uma vez que os regimes especiais para os servidores militares visam evitar a exaustão.

“O regime de trabalho, de 12 por 36 horas de descanso, foi instituído para que o policial possa descansar e exercer melhor o seu trabalho”, explica.

Empresas

João Eliézer Palhuca, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp), afirma que, do lado das empresas, há preocupação porque a legislação atual está defasada e não é definitiva sobre a questão.

Palhuca, assim como a advogada Jaqueline Valles, afirma que um dos gargalos é a definição de uma pena específica para infrações.

“É um processo administrativo, mas que não chega ao desligamento. O máximo possível, para situações como essas, são advertências”, explica, tratando de policiais efetivos, não temporários.

Para o dirigente sindical, que também é o vice-presidente da federação nacional das empresas do segmento, a atuação de policiais como vigilantes deve ser repudiada também porque incentiva a concorrência desleal entre as empresas.

“Eu sou empresário de segurança, representante das 550 empresas de São Paulo e das mais de 2 mil no Brasil. O que nós queremos: rigor da lei para fiscalizar. Só a fiscalização pode impedir que o mau empresário, a empresa ruim, não subsista”, argumenta.

Segundo Palhuca, há a necessidade de valorizar a função do vigilante como uma atuação autônoma e que requer formação específica. Ele também critica “casos mais exacerbados”, em que, diz, há relatos de que os policiais utilizam até as armas e as viaturas do Estado para realizar esse “bico”.

O ex-secretário José Vicente hoje trabalha como consultor para empresas. Segundo o coronel da reserva, muitas empresas ainda encaram a segurança como uma situação secundária.

Para Vicente, casos como o de João Alberto reforçam a necessidade de treinamentos específicos, com atenção maior a posições de contato com o público.

“É preciso um treinamento para lidar com clientes difíceis, por exemplo. As empresas precisam encarar esse problema com mais atenção. A pressão social no caso do Carrefour, por exemplo, reforça o quanto o risco reputacional é grande em casos como esses”, diz.

O especialista explica ainda que situação semelhante ocorreu em relação a outros casos. Após registros de episódios controversos nas agências, o ex-secretário conta que houve uma preocupação maior dos bancos, que passaram a exigir níveis mais altos de formação e preparo para o trabalho mais próximo ao público.

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Voos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul por R$ 797 (ida e volta) no feirão de passagens

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A Gol incluiu os voos que serão operados durante o dia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul a partir de 27 de outubro no feirão de passagens aéreas. Quem for viajar em novembro deste ano encontra voos diretos entre as duas cidades por R$ 797, ida e volta com taxas de embarques.  Acesse AQUI essa promoção. De Cruzeiro do Sul para a capital acreana o valor das passagens é o mesmo.

Os voos da Gol diurnos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, e também no sentido inverso, serão operados as segundas, quartas, sextas-feiras e domingos. A Gol também oferece voos sem escalas de Rio Branco para Manaus. Quem for viajar ainda neste ano encontra passagens aéreas por R$ 776. Da capital acreana para Brasília a Gol tem opções de compra dos bilhetes aéreos por R$ 1355.

Azul terá voos no Acre em 4 de outubro

A partir de 4 de outubro deste ano a Azul iniciará voos no Acre. As passagens de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) por R$ 1377 (ida e volta).  As passagens da capital acreana para Porto Velho estão sendo vendidas por por R$ 1372 em voo sem escala da Azul.

A Azul tem ainda passagens de Rio Branco para o Rio de Janeiro por R$ 1384. As passagens aéreas estão com as taxas de embarques inclusas. Os menores valores são para viagens de agosto a novembro deste ano. Os preços das passagens podem sofrer alterações, conforme disponibilidade de assentos promocionais.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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