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O pé-rachado que colocou o Acre no Guiness Book com o ônibus que vai mais longe

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Empresário Fernando (com a chave) estará recebendo no Acre os dois novos ônibus em breve.

Por Dora Monteiro

Nos próximos dias deste novembro azul, chegarão a Rio Branco dois novos ônibus modelo Marcopolo G8 para integrar a frota da Trans Acreana, a empresa que entrou em 2020 para o Guiness Book, o livro dos recordes, pela linha mais longa do mundo ligando o Rio de Janeiro a Lima, no Peru, com 6,3 mil quilômetros de extensão.

Os novos veículos foram entregues pela fábrica, em Caxias do Sul (RS), em cerimônia com música e efeitos especiais na última quarta-feira, 1º de novembro. O modelo é considerado top de linha para transporte de passageiros, com mais espaço para as poltronas reclináveis, janelas panorâmicas e banheiros com moderno sistema de esterilização.

Em março passado, a Trans Acreana já fizera a apresentação de outros quatro novos veículos em frente à Assembleia Legislativa chamando a atenção pelo seu esforço em contribuir para com o projeto de desenvolvimento do Acre e de sua integração com o resto do Brasil e do mundo.

Os eventos dão uma visão do sucesso da empresa, mas pouca gente sabe que a Trans Acreana foi fundada em 2009 para fazer transporte escolar pelo jovem Fernando Lourenço, que acabara de servir o Exército por cinco anos na 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Campinas (SP).

Lourenço conta que a ideia de comprar o primeiro ônibus surgiu quando em uma de suas viagens de férias ao Acre viu suas irmãs irem estudar em um caminhão pau-de-arara que transportava alunos da zona rural.
“Senti que havia uma demanda reprimida por transporte escolar seguro e confortável”, lembra Lourenço.

Mas foi na cidade de Boca do Acre que Lourenço conseguiu agregar os dois primeiros carros que comprara, em 2010, da empresa Acreana, começou no transporte escolar, nas cidades, do interior do Acre, Acrelandia, Brasileia e assis Brasil.

O negócio prosperou apesar das estradas ruins e o combustível mais caro do Brasil. E, para tanto, o proprietário também teve que fazer o papel de motorista e até de mecânico.

“Tendo servido na Brigada de Infantaria Mecanizada de Campinas, nunca tive dificuldades para trocar pneus e fazer alguns ajustes nos motores”, comenta o empresário, hoje com 42 anos. “Eu nasci em Campinas, mas vim com meus pais ainda bebê para o Acre. Cresci na zona rural de Brasileia, de modo que me considero um acreano de pé-rachado e especialista em comer poeira nos ramais do Estado”, afirma Lourenço, enquanto vistoria os veículos na garagem da empresa no Distrito Industrial de Rio Branco.

Bastaram três anos para o negócio evoluir e, em 2012, a Trans Acreana já começou a realizar fretamentos locais e viagens turísticas. Em 2013, foi o ano de sua consolidação no transporte rodoviário ao assumir as duas maiores linhas do Acre: Rio Branco a Cruzeiro do Sul que atende Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves e Rio Branco a Assis Brasil, atendendo Senador Guiomard, Capixaba, Epitaciolândia e Brasileia.

Sua primeira linha interestadual foi criada em 2019 ligando o Acre ao Amazonas na cidade de Boca do Acre. E também passou atender as linhas Caquetá a Porto Alonso. Em 2022 a empresa passou a atender as linhas suburbanas de Rio Branco a Senador Guiomard, Bujari, Vila do V e Porto Acre. Neste ano acrescentou uma linha ligando Rio Branco, Xapuri e Brasileia.

Em 2020 veio a consolidação e o reconhecimento internacional com a aquisição de duas linhas internacionais ligando Rio Branco a Puerto Maldonado, no Peru e Rio de Janeiro a Lima, que entrou no Guiness Book como a linha mais longa do mundo, levando o nome e a Bandeira do Acre, por onde passa nesses 6.300 quilômetros e aproximadamente 125 horas de percurso.

“É um orgulho e um desafio muito intenso fazer a ligação de dois patrimônios históricos da humanidade: o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e a capital do Império Inca, Machu Pichu, em Cusco”, comenta Lourenço.
Atualmente a Trans Acreana está fazendo uma das mais concorridas promoção de sua linha do Rio de Janeiro a Lima no Peru com ofertas válidas até 30 de novembro.

As reservas podem ser feitas pelos telefones: Rio Branco (68) 99977-7800 Rio de Janeiro (21) 97031-0535 São Paulo (11) 94542-1090

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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