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O adeus do deputado Jean Wyllys e as muitas coincidências que a imprensa não viu

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‘Badeco’

O termo que encima a nota de abertura da coluna foi usado pelo ex-porta-voz do governador Tião Viana (PT), Leonildo Rosas, para me definir. Em postagem no Facebook, Léo recorre à ofensa sob a justificativa de que seu combate é com a turma ‘do andar de cima’, onde ele acredita permanecer, e não com a raia-miúda, na qual faz questão de me incluir.

Leonildo Rosas (d), ex-porta-voz do ex-governador do Acre, Sebastião Viana (e) – Foto: Divulgação

Virulência

O Dicionário inFormal explica o sentido de ‘badeco’. Trata-se de “Pessoa que faz tudo que os outros mandam. Pau-mandado. Empregado. Assistente geral que realiza todo tipo de serviço, que na maioria das vezes, são os piores serviços, que ninguém está disposto a fazer”.

Desproporção

Quem leu a coluna anterior (e se acaso não o tenha feito, e queira conferir seu conteúdo, é só clicar aqui), haverá de constatar que não uso um único termo com a intenção de desqualificá-lo. Mirei apenas em seus argumentos, através dos quais o amigo tenta exaltar a ‘competência’ do PT e defende que se pague a aviltante regalia (que o STF já julgou inconstitucional) criada por um dos irmãos Viana e reajustada pelo outro, poucos dias antes de deixar o governo.

A filosofia explica

O que Léo Rosas fez foi apenas fugir da polêmica, certamente por lhe faltarem argumentos à altura dos meus. E para não admitir a derrota, recorreu a um insulto. Sei que o ex-porta-voz de Tião Viana não leu “A Arte de ter Razão”, de Arthur Schopenhauer, mas aprendeu, com os companheiros, a se valer das táticas ali descritas. A usada por ele, na referida postagem, até nome tem em latim: argumentum ad hominem – e consiste em atacar a honra do oponente diante da impossibilidade de vencê-lo num debate.      

Casca grossa

Não costumo me melindrar mesmo quando atacado com os piores insultos. E só os retribuo quando o detrator não tem miolos suficientes para entender o que lhe escrevo. No caso de Léo Rosas, o que me chocou não foi a vileza do termo que me dirigiu, mas a sua presunçosa insinuação de acreditar poder falar comigo de cima para baixo.

Fala sério!

Leio estarrecido, de outro colega jornalista, que o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) teria saído do país ‘como primeiro refugiado político’, vítima de um governo que ‘mantém ligações com as milícias’. Aí me cocei com tamanha vontade de lhe perguntar se a vítima da tentativa de homicídio durante a campanha eleitoral de 2018 foi Wyllys, e não Jair Bolsonaro.

Em andamento

A propósito, a Polícia Federal pediu extensão do prazo para concluir a investigação sobre a origem dos recursos que pagam a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, preso após o atentado contra Bolsonaro, no dia 6 de setembro do ano passado. O crime ocorreu em Juiz de Fora (MG), durante um evento do então candidato a presidente da República pelo PSL.

Chamem Sherlock Holmes!

Dado como um desequilibrado mental, a primeira versão da PF sustentava que o criminoso agira só. Mas aí começaram a surgir os mistérios: o primeiro deles foi a contratação de quatro advogados cujos honorários seriam impagáveis para um zé-ninguém aloprado. Fernando Magalhães, Pedro Augusto de Lima Felipe, Marcelo Manoel da Costa e Zanone Manuel de Oliveira Júnior deram quatro versões diferentes sobre a origem do pagamento pela defesa de Adélio. As principais delas apontavam para duas igrejas de Montes Claros, interior de MG, o que foi negado pelos representantes de ambas.

Avião particular

No dia do crime, o advogado Zanone de Oliveira, que afirmou ter aceitado defender Bispo como uma ‘estratégia de marketing’, embarcou em avião particular para acompanhar o caso. Ou seja, o doutor estava pagando para trabalhar.

Tudo muito estranho

No dia 19 de setembro de 2018, a Coluna Estadão e o site O Antagonista divulgaram haver dois registros de entrada de Adélio Bispo na Câmara dos Deputados, em Brasília, sendo que um deles dataria de 6 de setembro, mesmo dia em que ele se encontrava em Juiz de Fora para matar o presidenciável. A segunda visita teria sido feita em 2013, mas ninguém sabe informar qual foi o destino de Bispo na Casa.

Do arco da velha!

Após a divulgação dessa informação, o diretor da Polícia Legislativa da Câmara, Paul Pierre Deeter, disse suspeitar que as informações tinham sido fraudadas. E abriu uma investigação. No dia seguinte, Pierre Deeter anunciou que tudo não passara de erro de um funcionário, que ao acessar o sistema para checar se havia registro sobre a entrada de Adélio Bispo na Câmara, acabara, acidentalmente, pondo o seu nome na lista de visitantes.

Filiação partidária

Tem mais: o criminoso foi filiado ao PSOL – mesmo partido do deputado Jean Wyllys – por pelo menos sete anos. A imprensa confirmou com o diretório da sigla em Uberaba (MG) que Bispo havia militado no partido entre 2017 e 2014.

O mundo é cheio de coincidências

Por último, destaco outra ‘coincidência’, a partir do pedido de dilatação do prazo, feito pela Polícia Federal, para investigar a origem dos recursos que financiaram os quatro defensores de Bispo. Isso ocorreu na última quarta-feira, dia 23. Ontem, 24 horas depois, Jean Wyllys se despedia do Brasil.

Pra encerrar

O leitor arguto haverá de concluir que com o relato que fiz acima não estou acusando o deputado do PSOL de ter tramado a morte de Bolsonaro. Já os abestados haverão de criticar aquilo que não está escrito. Por isso, adianto, se me perguntassem se acho que Jean Wyllys chegaria ao ponto de encomendar o assassinato de alguém, eu diria, com sinceridade, que não sei a resposta. O que posso afirmar, com toda convicção, é que ele é capaz de cuspir nos desafetos.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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Suspeito de homicídio de jornalista Moisés Alencastro se entrega à Polícia Civil após se esconder em área de mata em Rio Branco

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Investigado foi localizado na região do Eldorado e conduzido à Delegacia de Homicídios para interrogatório e audiência de custódia

Antônio de Souza Morais, de 22 anos, principal suspeito de um homicídio ocorrido recentemente em Rio Branco, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, após intensas buscas realizadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. O investigado estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Segundo o delegado responsável pelo caso, as diligências começaram ainda na quarta-feira, logo após a expedição do mandado de prisão, e seguiram de forma ininterrupta ao longo do dia e da noite. Durante os trabalhos, a polícia recebeu denúncias de que o suspeito estaria refugiado em uma região de mata, o que orientou as equipes até o local.

Durante a madrugada, Antônio procurou pessoas ligadas à sua família, o que permitiu à polícia chegar à localização exata. Com a aproximação dos agentes, ele decidiu se entregar sem oferecer resistência.

“Diante dessas informações, nós fomos até o local e ele acabou se entregando à equipe da Delegacia de Homicídios. Em seguida, foi conduzido até a nossa sede, onde passou por interrogatório e por todos os procedimentos legais, sendo encaminhado conforme prevê a lei, inclusive para a audiência de custódia”, explicou o delegado.

Questionado sobre a motivação do crime, o delegado informou que o suspeito relatou a dinâmica dos fatos durante o interrogatório, mas que, por estratégia investigativa, os detalhes ainda não serão divulgados. A Polícia Civil também apura a participação de outras pessoas no crime.

De acordo com a autoridade policial, a perícia realizada no local já indicava a possível presença de um segundo envolvido. “No cenário do crime, é possível perceber a dinâmica de uma terceira pessoa. Agora estamos trabalhando na identificação desse outro suspeito para dar continuidade às buscas e efetuar a prisão do coautor”, afirmou.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre.

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Corpo com mãos amarradas é encontrado boiando no Igarapé São Francisco, em Rio Branco

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Vítima apresentava perfuração no peito e sinais de agressão; Polícia Civil investiga homicídio

O corpo encontrado boiando na manhã desta quinta-feira (25) no Igarapé São Francisco, no bairro Conquista, em Rio Branco, foi identificado como sendo de Weligton Carlos Martins Werklaenhg, de 48 anos.

De acordo com informações repassadas por familiares, Weligton estava desaparecido desde a semana passada, quando foi visto pela última vez.

A perícia inicial realizada no local constatou que a vítima foi atingida por um golpe de faca na região do peito e apresentava indícios de agressões físicas anteriores à morte.

Ainda segundo a família, Weligton morava nas proximidades do Conjunto Manoel Julião.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a motivação e a autoria do crime.

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