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Número de imigrantes diminui e abrigos em escolas são desativados em Assis Brasil
Em fevereiro, cidade enfrentou crise migratória com grupo de mais de 300 acampados na Ponte da Integração. Estrangeiros passaram a usar o espaço em março, quando a prefeitura de Assis Brasil concluiu obras e conseguiu acomodar os imigrantes.

Novo abrigo em Assis Brasil tem 30 imigrantes — Foto: Arquivo pessoal
Por Aline Nascimento
A cidade de Assis Brasil, no interior do Acre, teve uma redução no número de imigrantes e desativou os abrigos montados em escolas. Um novo abrigo, com capacidade para 50 pessoas, foi instalado para receber os imigrantes que chegam ao município.
Até esse domingo (4), o lugar contava apenas 30 imigrantes de nacionalidades africana, venezuelana, cubana e haitiana. Os estrangeiros estão na cidade para tentar deixar o Brasil usando o Acre como rota. Em fevereiro, a Ponte da Integração, que liga Assis Brasil e Iñapari, no Peru, foi ocupada por mais de 300 imigrantes. A cidade acreana já chegou a ter mais de 600 imigrantes.
O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, explica que após o conflito na fronteira, muitos retornaram para outros estados brasileiros e muitos conseguiram atravessar para o Peru usando outras rotas.

Novo abrigo de imigrantes em Assis Brasil tem capacidade para 50 pessoas — Foto: Arquivo pessoal
“Temos 30 imigrantes, identificamos a chegada de muitos, mas está tendo fluxo, chegam e vão embora. Maioria é africanos, cubanos, venezuelanos também. Os venezuelanos geralmente chegam pela rota do Peru, sempre dão um jeito de sair. A grande maioria dos que estavam na ponte voltaram para as cidades no Brasil, mas muitos conseguiram entrar [no Peru] clandestinamente por outras rotas”, diz.

Prefeitura de Assis Brasil devolveu escolas e levou os imigrantes para um abrigo próprio — Foto: Arquivo/Prefeitura de Assis Brasil
Sobre o abrigo definitivo, o prefeito diz que começou a ser construído em gestões anteriores. Com a crise migratória em fevereiro, o governo federal destinou cerca de R$ 600 mil para conclusão do local e custeio da alimentação dos estrangeiros. O espaço foi equipado com dormitórios feminino, masculino e familiar; lavanderia; cozinha e outras instalações.
“Fechamos as escolas, reduzimos o número e montamos o abrigo que é fruto de recurso do governo federal”, frisou.
O gestor destacou que o abrigo é para acomodações temporárias. Os estrangeiros chegam, se instalam e as equipes iniciam os processos de articulações com outros países e cidades para que sigam viagem. Além disso, eles passam por testagem e em casos positivos para a Covid-19 são isolados para cumprirem a quarentena.
“A ideia é a gente acolher por poucos dias, é uma casa de trânsito, não vamos acomodar por muitos dias para não voltar a ter um acúmulo de pessoas. É um abrigo de apoio, a gente alimenta, dá a dormida e articulamos juntos as autoridades para que sigam viagem. Os venezuelanos, por exemplo, estão em estado de refúgio, chegam aqui, comunicamos a Polícia Federal, é feito um trâmite rápido com relação a eles e seguem, geralmente daqui para o abrigo em Rio Branco. A dificuldade maior tem sido para quem quer sair do Brasil”, complementou.
Ainda segundo Correia, o abrigo foi construído também com doações do Ministério Público do Acre (MP-AC), organizações, igreja católica e o governo do Acre. O espaço não foi inaugurado oficialmente, mas, devido à necessidade, já foi aberto para acomodações desde março.
“Nosso grande objetivo era devolver as escolas que estavam servindo de abrigo para a comunidade escolar. Graças a Deus conseguimos, então, abrimos e estamos equipando aos poucos com móveis, eletrônicos, compramos mais ventiladores. O que tem lá já garante uma boa comodidade”, concluiu.

Imigrantes ficaram semanas acampados na Ponte da Integração — Foto: Reprodução
Ocupação
A situação dos imigrantes começou a ficar tensa no dia 14 de fevereiro, quando eles deixaram os abrigos que ocupavam e se concentraram na Ponte da Integração. No dia 16, os estrangeiros enfrentaram a polícia peruana e invadiram a cidade de Iñapari, no lado peruano da fronteira. Depois de confronto, o grupo foi mandado de volta para Assis Brasil.
A crise imigratória resultou na visita do secretário Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania, Miguel Ângelo Gomes, que esteve no dia 19 de março em Assis Brasil para ver a situação.
Gomes se reuniu com o governador da Província de Madre De Dios, Luis Guillermo Hidalgo Okimura, e o prefeito de Iñapari, Abraão Cardoso. Na conversa, segundo a Agência do Governo do Acre, as autoridades peruanas informaram que o país avaliava uma forma de abrir a fronteira para liberar a passagem dos imigrantes.
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PM prende dois suspeitos armados após tentativa de invasão de residência em Brasiléia
Dupla foi flagrada com dois revólveres municiados no bairro Leonardo Barbosa e, segundo a polícia, pretendia atacar integrantes de facção rival
A Polícia Militar através do Grupo de Intervenção rápida Ostensiva – GIRO, prendeu dois homens por porte ilegal de arma de fogo na noite do dia 25 de dezembro, no município de Brasiléia, no interior do Acre. A ocorrência foi registrada por volta das 21h50 da noite, no bairro Leonardo Barbosa.
A guarnição foi acionada após denúncias de que dois suspeitos estariam circulando armados pela região com a intenção de cometer ataques contra uma facção rival.
Durante o patrulhamento, os policiais visualizaram os suspeitos caminhando pela via pública portando armas de fogo e, em seguida, tentando forçar o portão de uma residência.
Com a aproximação da viatura, os homens fugiram e se esconderam no quintal de um imóvel próximo. Após buscas na área, a equipe conseguiu localizar e prender os suspeitos.
Com eles, foram apreendidos dois revólveres, ambos municiados, sendo um com numeração suprimida.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Epitaciolândia, onde permanecem à disposição da Justiça.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.








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