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Brasil

Número de evangélicos no Brasil cresce menos que esperado (26,9%)

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A categoria de pessoas sem religião no Brasil chegou a 9,3% da população, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao último Censo, atrás apenas de católicos e evangélicos

O IBGE traçou o perfil religioso da população a partir de uma amostra de residente no país com perguntas como “Qual a sua religião ou culto?”

Apesar da população de evangélicos no Brasil ter atingido o maior patamar histórico, com 26,9% da população, o crescimento do número de pessoas protestantes foi menor que o esperado, perdendo ritmo no país. As informações são do Censo Demográfico 2022, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).

O Censo indica que o país segue com maioria de católicos. No entanto, a quantidade de adeptos do catolicismo teve queda de 8,4 pontos percentuais em 12 anos, alcançando o menor nível já registrado desde 1872, data do primeiro censo realizado no Brasil. Os dados também apontam crescimento de adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo, etc).

Evangélicos

Em 2022, os evangélicos registraram sua menor taxa de evolução desde 2000. O avanço neste ano foi de 5,3 pontos percentuais. Nas duas edições anteriores do Censo essa taxa foi maior do que 6. Em 1991, 9% da população brasileira afirmou fazer parte de alguma vertente evangélica. Agora, são 26,9%.

De acordo com os dados, o crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos perdeu força pela primeira vez desde 1960. No Brasil, há 244 municípios com predomínio de evangélicos, sendo que em 58 há maioria (mais da metade da população) que se identifica com alguma vertente religiosa desse tipo.

Católicos

Por outro lado, os católicos mantiveram a trajetória de queda que vem se acentuando desde 1980, quando 89% da população afirmou que professava essa fé. Em 2022, a proporção caiu para 56,7%, o que corresponde a 8,4 pontos percentuais a menos que 12 anos atrás.

O país ainda tem predomínio de católicos em 5,3 mil dos 5,5 mil municípios brasileiros. Em 4,8 mil dessas cidades também há maioria de fiéis dessa religião. 20 municípios possuem ainda mais de 95% da população católica. Nessa lista, estão 14 cidades do Rio Grande do Sul, como Montauri (RS), Centenário (RS), União da Serra (RS), Vespasiano Corrêa (RS).

Sem religião

A categoria de pessoas sem religião no Brasil chegou a 9,3% da população, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao último Censo, atrás apenas de católicos e evangélicos. Nesse grupo, estão ateus, agnósticos e pessoas que não professam qualquer crença. No Chuí (RS), 37,8% da população se definiu sem religião, sendo a única cidade onde esse grupo prevalece entre todos os outros. O município faz fronteira com o Uruguai, país com o maior percentual de pessoas sem filiação religiosa na América Latina.

Umbanda e candomblé

O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, triplicou em dez anos. A proporção desse grupo subiu de 0,3%, em 2010, para 1% da população naquele ano. O Rio Grande do Sul é o estado com maior população adepta a essas religiões, com 3,2%. O número é bem maior do que em estados com predominância de pessoas pretas ou pardas, como a Bahia e o Rio de Janeiro, que possuem 1% e 2,5%, respectivamente.

Em 2010, 3,9 mil cidades do país não registravam nenhum adepto da umbanda do candomblé. Já em 2022, esse número caiu para 1,8 mil, menos da metade do patamar de 12 anos antes.

Censo

O IBGE traçou o perfil religioso da população a partir de uma amostra de residente no país com perguntas como “Qual a sua religião ou culto?”, destinadas a pessoas com 10 anos ou mais, e “Qual a sua crença, ritual indígena ou religião?”, aplicadas apenas em terras e setores censitários indígenas. Depois disso, os dados são agrupados por grandes grupos: Católico Apostólico Romano; evangélicas; umbanda e candomblé; espírita; não tenho religião; e outros. Foram ouvidos 10% das residências do país, algo em torno de 7,8 milhões de lares.

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Brasil

Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Brasil

Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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