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Novo corregedor do TSE, Raul Araújo, assume com desafio de conduzir ações contra Bolsonaro e Lula

Foto: Antônio Augusto
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está programado para eleger, em 21 de novembro, o novo corregedor-geral eleitoral, sucedendo Benedito Gonçalves, que deixou o cargo em 9 de novembro. O ministro Raul Araújo, por sucessão normal e por ocupar o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é o designado para assumir.
Ao assumir a posição, Araújo também se tornará o relator das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes). Ele será encarregado de conduzir pelo menos sete ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e duas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante o mandato de Gonçalves, foram concluídas oito Aijes que questionavam a conduta de Bolsonaro e duas contra Lula. Gonçalves votou pela inelegibilidade de Bolsonaro em três ações, sendo seguido pela maioria dos ministros. Em duas delas, decidiu pelo arquivamento em seu último dia como corregedor.
Com Bolsonaro e Braga Netto já considerados inelegíveis, Araújo assumirá a relatoria das ações remanescentes das eleições presidenciais de 2022. Anteriormente, quando não era relator, Araújo foi contra a condenação da chapa, embora a decisão do plenário tenha sido diferente.
Entre as ações que Araújo assumirá está um processo que investiga o uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político, movido pela Coligação Brasil da Esperança contra Bolsonaro, Braga Netto e outros parlamentares. A alegação é de que eles usaram as redes sociais para propagar a narrativa de insegurança do sistema eleitoral brasileiro.
Além disso, Araújo herdará uma ação contra Lula movida pela Coligação Pelo Bem do Brasil e Bolsonaro, acusando o ex-presidente de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação devido à transmissão ao vivo durante as eleições de 2022. Outra ação envolve o deputado André Janones, acusado de difusão deliberada de conteúdos falsos ou descontextualizados contra Bolsonaro durante a campanha.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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