Cotidiano
No Dia da Visibilidade Trans, Google homenageia militante transexual brasileira Brenda Lee
Em 28 de maio de 1996, Brenda, então com 48 anos, foi assassinada. Em 2008, foi instituído o Prêmio Brenda Lee por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids
A brasileira Brenda Lee, militante transexual brasileira, pioneira na luta contra a AIDS, completaria 71 anos em 10 de janeiro e é o rosto que o Google usou nesta terça-feira para celebrar o Dia da Visibilidade Trans.
Considerada o ‘anjo da guarda das travestis’ criou em 1986 a Casa de Apoio Brenda Lee, no centro de São Paulo, seu “palácio das princesas”, com objetivo de acolher e dar assistência médica, social, moral e material às pessoas com HIV.
Em 1988 firmou convênio com a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de São Paulo para acolhimento e cuidado de soropositivos. O trabalho da ativista trans foi interrompido precocemente. Em 28 de maio de 1996, Brenda, então com 48 anos, foi assassinada. Em 2008, foi instituído o Prêmio Brenda Lee por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/AIDS do Estado de São Paulo. Glamurama apoia.
Nesta terça-feira (29), Dia da Visibilidade Transexual, ativista é homenageada pelo Google.
Brenda Lee nasceu Cícero Caetano Leonardo, em Bodocó, Pernambuco, em 10 de janeiro de 1948. Aos 14 anos foi morar no bairro do Bexiga, na capital paulista. Comprou uma casa no bairro onde acolheu o primeiro portador do vírus HIV em 1984, numa época em que havia pouca informação sobre a doença.
Em 1988, firmou convênio com a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de São Paulo para acolhimento e cuidado de soropositivos. O trabalho da ativista trans foi interrompido precocemente. Em 28 de maio de 1996, Brenda, então com 48 anos, foi encontrada morta, assassinada com tiros na boca e no peito, no interior de uma Kombi, na capital paulista.
A polícia prendeu os irmãos Gilmar Dantas Felismino, ex-funcionário de Brenda, e José Rogério de Araújo Felismino, na época policial militar, pelo crime. O motivo seria um golpe financeiro que funcionário tentou dar na ativista e que teria sido descoberto.
Em 2008, foi instituído o Prêmio Brenda Lee concedido quinquenalmente por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/AIDS do Estado de São Paulo.
Com o assassinato de Brenda Lee, o espaço criado por ela foi vendida e se tornou uma organização não governamental, e entre 2011 e 2015 passou a oferecer apenas cursos. A Casa de Apoio Brenda Lee, reabriu em março de 2016, onde voltou a sua vocação original, de atender ao marginalizados pela sociedade. Atualmente, além do serviço de acolhimento, oferece atividades e engajamento social com treinamento de liderança, comunidade e defesas, psicológicos, jurídicos, educação, encaminhamentos e intervenção em defesa das vítimas.
Em 28 de maio de 1996, Brenda, então com 48 anos, foi assassinada. Em 2008, foi instituído o Prêmio Brenda Lee por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/AIDS do Estado de São Paulo. Glamurama apoia.
A ativista nasceu na cidade de Bodocó, em Pernambuco, em 10 de janeiro de 1948 e foi registrada como Cícero Caetano Leonardo. Em 1984, deixou sua cidade natal e passou a morar no bairro do Bexiga, em São Paulo. Lá, alugou uma casa e fez dela uma pensão ― para ter não só onde morar, mas também uma forma de renda. Lá, ainda sem saber que se tornaria uma ativista, ela inaugurou em sua casa um serviço de apoio a LGBTs expulsos de casa e também de soropositivos.
Em uma época em que se sabia muito pouco sobre a Aids na mesma proporção em que a doença se alastrava, a ativista criou a “Casa de Apoio Brenda Lee”. Popularmente conhecida na cidade como “a casa das princesas”, o local começou a funcionar com três pacientes e, mais tarde, firmou uma parceria com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e com o hospital Emílio Ribas. À época, a parceria aprimorou o acolhimento e cuidado de soropositivos, independentemente de gênero, sexo, orientação sexual ou qualquer outra distinção.
Uma história de ativismo interrompida

Rebecca, travesti soropositivo, brinca com a enfermeira Zilfa dos Santos em quarto da Casa Brenda Lee. À direita, Lee sorri ao ver Rebeca.
Aos 48 anos, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada. Em 28 de maio de 1996, ela foi encontrada morta no interior de uma Kombi, que estava estacionada em um terreno baldio, com tiros na região da boca e no peitoral. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um funcionário da ativista que, quando interrogado, alegou que era assediado por ela. Em junho de 1996, os irmãos Gilmar Dantas Felismino e José Rogério de Araújo Felismino foram presos pelo crime.
A partir deste momento, a história da Casa foi interrompida. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids. Só há 3 anos, em 2016, a ONG foi totalmente reaberta. Hoje, o espaço mantém os mesmos serviços do passado e é reconhecido como “uma ação histórica de enfrentamento ao preconceito contra pessoas soropositivas”, além de manter viva a memória de Brenda Lee que era considerada uma “mãezona” da população LGBT em São Paulo.
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Erick Rodrigues vai fazer avaliações no Rio e na Fazendinha

Foto Sueli Rodrigues: Erick Rodrigues quer colocar o Vasco na Copa São Paulo em 2026
É oficial. Erick Rodrigues vai comandar a equipe do Vasco na disputa do Campeonato Estadual Sub-20. O treinador vai realizar avaliações nesta quarta, 5, no Rio de Janeiro, e na sexta, 7, na Fazendinha, para começar a montar o elenco para a disputa da competição.
“Esse é um projeto importante para o Vasco. A ideia é selecionar dez atletas no Rio de Janeiro e fechar o grupo com os garotos acreanos. Teremos uma equipe competitiva no Estadual Sub-20”, declarou Erick Rodrigues.
4 atletas
Os laterais Rafael e Andrey, o volante Bernardo e o meia Pedrinho estão no elenco profissional do Vasco e seguirão no Sub-20.
“O Rafael, o Andrey e o Pedrinho estão treinando e jogando. O Bernardo sofreu uma lesão no joelho na fase de preparação ainda no Rio e vem realizando tratamento. Vamos ter um time forte”, afirmou o treinador.
Vaga na Copa SP
Segundo Erick Rodrigues, o principal objetivo é colocar o Vasco na Copa São Paulo 2026.
“Vai ser um torneio duríssimo, mas temos a nossa meta muito clara”, declarou o técnico.
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102 atletas estão confirmados na disputa do 1º Aquathlon

Foto Jhon Silva: Patrícia Maciel vem realizando treinamentos para a primeira prova da temporada
102 atletas irão disputar o 1º Aquathlon, competição programada para abrir a temporada de 2025 da Federação Acreana de Triathlon (FATRI). A prova terá 1.000 metros de natação, no açude do BOPE, e 5 quilômetros de corrida no Parque do Tucumã.
“Fechamos as inscrições com um número excelente. Os atletas irão se desafiar e teremos uma grande prova na abertura da temporada”, comentou a presidente da FATRI, Cláudia Pinho.
Mais de 150
Segundo Cláudia Pinho, mais de 150 pessoas estarão envolvidas na competição.
“Teremos os treinadores e as equipes de apoio. Vamos começar o ano com um evento bastante movimentado e números expressivos”, avaliou a presidente.
Premiação em dinheiro
A FATRI vai distribuir premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados, no feminino e no masculino.
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Programa do governo do Acre beneficia mais de duas mil pessoas por ano com aparelhos auditivos
Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas

Programa Saúde Auditiva é uma iniciativa do governo do Acre. Foto: Felipe Freire/Secom
A capacidade de ouvir é essencial para a comunicação, o aprendizado e a convivência em sociedade. Dificuldades nesse sentido podem comprometer a qualidade da vida humana, tornando a troca de informações desafiadora, prejudicando o desempenho social e afetando o bem-estar emocional. Por isso, em 3 de março comemora-se o Dia Mundial da Audição, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do cuidado e da prevenção à perda auditiva. A escolha da data faz referência à forma dos algarismos “3.3”, que lembram a anatomia de duas orelhas.
Comprometido com essa necessidade, o governo do Acre instituiu o programa Saúde Auditiva, responsável por realizar atendimentos a cidadãos que sofrem com a perda da capacidade de ouvir ou que nasceram com essa deficiência, promovendo a inclusão nas atividades diárias, na interação familiar e social.
Durante um período, o projeto deixou de receber investimentos e só voltou a atuar de maneira promissora a partir de 2019, primeiro ano de mandato do governador Gladson Camelí, que solicitou o retorno das atividades.
Sobre o programa
O Saúde Auditiva é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e o governo federal. Atualmente, os atendimentos são realizados no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Rio Branco. Por meio do programa, em 2024 quase dez mil pessoas foram acompanhadas.
De acordo com a gerente-geral do CER III, Cinthia Brasil, os serviços oferecidos visam à avaliação, ao diagnóstico, à protetização e à reabilitação dos pacientes que têm a perda de audição comprovada.
“A pessoa passa pela consulta com o especialista, que geralmente a encaminha para alguns exames complementares para dar o diagnóstico. Tendo a perda comprovada, a gente faz a solicitação do aparelho. Dependendo do tipo de prótese, a gente também realiza o molde e encaminha à empresa, que fica em São Paulo, para poder adaptar corretamente, Após isso, realizamos as terapias fonoaudiológicas”, explica a gestora.

Cinthia Brasil é gerente-geral do CER III. Foto: Felipe Freire/Secom
Além disso, os recém-nascidos que falharam na Triagem Auditiva Neonatal (TAN), popularmente conhecida como “teste da orelhinha”, já possuem vaga garantida para realizar o reteste pelo Estado. “O paciente não fica desassistido”, destaca Cinthia.
Por serem realizados por intermédio da Sesacre, todos os serviços oferecidos são gratuitos. Para garantir o atendimento especializado em otorrinolaringologia no CER III, o paciente deve, inicialmente, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) em seu município. Dessa forma, o médico fará o encaminhamento ao especialista. Após isso, todo o tratamento subsequente é realizado no Centro Especializado em Recuperação.

Pacientes de todo o estado realizam consultas no Centro Especializado em Reabilitação. Foto: Felipe Freire/Secom
Aparelho auditivo
Apesar da grande variedade de atendimentos oferecidos, o principal serviço presente no programa se dá por meio dos aparelhos de amplificação sonora individual (Aasi). Dados levantados pela administração da unidade mostram que mais de sete mil pares foram entregues entre 2021 e 2024.

Mais de sete mil pares de aparelhos de amplificação sonora individual foram entregues entre 2021 e 2024. Foto: Felipe Freire/Secom
Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas que sofrem com alguma complicação na escuta.
“O impacto é sensacional, porque os pacientes, principalmente os idosos, quando começam a ter uma perda de audição, se isolam. Esse isolamento não traz só o problema social, mas também o cardíaco e o psicológico. Com o advento do aparelho, o cidadão volta para a sociedade e para o convívio com a família, que é o principal”, observa o médico.
O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.
A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

O programa também oferece manutenção aos Aasi. Foto: Felipe Freire/Secom
O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.
A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

Raimundo Nonato ressaltou a importância do Saúde Auditiva em sua vida. Foto: Felipe Freire/Secom
Promoção de dignidade
O aposentado Raimundo Nonato nasceu com o canal auricular estreito e, desde a infância, tinha dificuldades para ouvir. Ao saber do programa Saúde Auditiva, identificou a oportunidade de escutar com mais clareza e, pela primeira vez, passar a conviver em sociedade com mais conforto e dignidade.
“Eu fui orientado a comprar um aparelho, só que não tenho condições financeiras suficientes. O programa facilitou muito, porque logo fiz o molde e já vim retirar. O tempo de espera foi bastante rápido”, contou.
Ao garantir o equipamento sonoro, o aposentado afirmou que sua vida será transformada, pois a comunicação com as pessoas, algo fundamental para todo ser humano, vai melhorar: “Tenho certeza que sim”.
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