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No Acre, acusados de dupla tentativa de homicídio e de integrar facção são condenados a mais de 90 anos

Em Sena Madureira, acusados de dupla tentativa de homicídio e de integrar facção são condenados a mais de 90 anos. Foto: Reprodução/Web
A justiça de Sena Madureira realizou nesta terça-feira (18) mais um julgamento na comarca do Fórum Desembargador Vieira Ferreira relacionado a uma dupla tentativa de assassinato que ocorreu no bairro Bom Sucesso. Dois acusados se sentaram no banco dos réus e findaram condenados a penas consideradas expressivas.
Trata-se de João Pedro Oliveira Lima, conhecido popularmente como “menor” e Adeilson Pereira da Silva Filho. Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Acre por tentar contra as vidas de Antônio Braga da Silva e Mikael Bernardino da Silva. Além de responder pela dupla tentativa, ambos foram indiciados também pelos crimes de integrar organização criminosa e corrupção de menores.
O júri-popular foi presidido pelo juiz Eder Viegas, tendo como representante do Ministério Público o promotor Júlio César de Medeiros.
João Pedro foi apontado pelo MP como mandante. Em razão dos crimes lhe imputados, ele foi condenado a 51 anos e 01 mês de reclusão.
“Em relação à culpabilidade, esta é altamente reprovável, uma que o acusado, na condição de líder, ordenou o ataque com frieza e extrema brutalidade, sendo as vítimas alvejadas por disparos de arma de fogo dentro de uma residência, de forma que sua ação é merecedora de elevada censura. Quanto aos antecedentes, o réu possui antecedentes criminais”, diz a sentença assinada pelo juiz Eder Jacoboski Viegas.
Somente pelo fato de integrar organização criminosa, João Pedro foi condenado a 7 anos e 03 meses de reclusão.
Adeilson Pereira da Silva Filho (menor) foi indiciado como o autor dos disparos. Respondendo por dupla tentativa de homicídio, organização criminosa e corrupção de menores, ele foi condenado a 43 anos e 9 meses de reclusão.
“Em relação à culpabilidade, esta é reprovável, uma que o acusado praticou o crime com frieza e extrema brutalidade, efetuando disparos contra as vítimas que estavam dentro da residência, recebendo ordens de João Pedro. Quanto aos antecedentes, o réu é multireincidente”, frisou.
Na sentença, o juiz Eder Viegas determinou que as penas sejam cumpridas em regime inicialmente fechado e negou aos réus o direito de recorrer em liberdade.
O caso analisado pela justiça ocorreu no dia 1º de novembro de 2022, por volta das 4:30 horas da madrugada, na Rua Manoel Barros de Araújo, bairro Bom Sucesso. As vítimas foram atacadas enquanto dormiam.
“Parabenizo o trabalho da polícia civil e em parte da polícia militar, que contribuíram com as prisões. Essa é uma dura resposta para aqueles que querem quebrar a ordem. Parabéns ao Ministério Público pelo trabalho excelente”, disse o comandante do 8⁰ BPM, Capitão Fábio Diniz.
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Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares
Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada
O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.
De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.
“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.
Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.
Crítica do MPAC
- Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
- Responsabilização: Omissão também configura crime
- Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
- Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
- Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
- Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas
Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art
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PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro
Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art
O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.
De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.
As ações resultaram em:
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72 conduções à delegacia;
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12 mandados de prisão cumpridos;
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7,4 kg de drogas apreendidos;
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12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;
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1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.
A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art


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