Acre
No AC, 37% dos presos monitorados voltaram a cometer crimes em 2015
Tornozeleira não impediu que 160 presos voltassem a praticar crimes.
Dados são da direção de monitoramento eletrônico do Iapen, no Acre.

Dos 434 presos monitorados em 2015 em Rio Branco, mais de 160 voltaram a cometer crimes (Foto: Divulgação/PM)
Mesmo monitorados por tornozeleiras eletrônicas, 37% dos presos em regime aberto e semiaberto voltaram a cometer crimes no ano de 2015 na capital acreana Rio Branco.
Os dados são da direção de monitoramento eletrônico do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen).
Com base no levantamento repassado ao G1, a tornozeleira eletrônica não impediu que pouco mais de 160 dos 434 presos monitorados na capital burlassem o sistema e voltassem a cometer crimes diversos no ano passado. Além disso, 4% dos detentos que utilizavam tornozeleiras se evadiram do sistema de monitoramento, ou seja, cortaram o equipamento.
Questão social e drogas
Para o diretor de monitoramento eletrônico, Marcelo Lopes, o número de presos que voltaram a cometer práticas criminosas está associado, principalmente, a uma questão social. Segundo ele, a maioria dos monitorados não consegue um emprego, muitos são viciados em drogas e acabam retornando ao mundo do crime.
“Normalmente eles voltam a cometer crimes por uma questão social mesmo, e também tem o vício das drogas. É preciso ter uma conscientização maior. O monitoramento é feito 24h por dia, por meio de chips nas tornozeleiras. Além da equipe que acompanha via sistema, temos um grupo que vai à rua, caso ocorra alguma violação. Qualquer tentativa de violar o sistema por parte do monitorado, a equipe verifica imediatamente”, afirma o diretor.
O levantamento aponta ainda que a maioria dos monitorados no ano passado é formada por homens, são cerca de 72% dos presos com tornozeleira. Dos presidiários que entraram no sistema de monitoramento, 15% já haviam sido monitorados outra vez. Segundo o diretor Lopes, o tempo médio de permanência com a tornozeleira eletrônica varia de 3 meses a dois anos. Em 2015, ao menos 62% dos 434 presos ficou entre 1 a 2 anos sendo monitorados.
Violações caíram de 70 para 20 por semana em 2016
Apesar do índice de reincidência, segundo a direção de monitoramento de presos, o número de violações do sistema de tornozeleiras eletrônicas caiu de 70 para 20 por semana nos primeiros quatro meses de 2016. Este ano, 432 detentos são monitorados em Rio Branco e 638 utilizam tornozeleiras eletrônicas em todo o estado do Acre.
As violações ocorrem quando um preso monitorado descumpre qualquer regra do sistema, seja sair da sua zona de monitoramento, ou burlar a questão de horário, e até mesmo se evadir do sistema, ao tentar cortar o equipamento. A queda de 28,5% no número de violações se deu, segundo Lopes, devido aos trabalhos de visita às casas dos presos monitorados, além de outras fiscalizações.
“O principal tipo de violação é com relação à área de inclusão, que é a área que o preso tem que estar em determinado horário. Intensificamos o monitoramento na questão de contato telefônico e fiscalização com a presença da equipe, para que o preso observe que além de estar sendo monitorado via online, também tem a equipe de rua presente”, explica o diretor.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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