Brasil
Nikolas Ferreira faz críticas a Marina Silva por conta das queimadas: ‘A culpa é do Bolsonaro?’
Segundo ele, a ministra teria alterado seu discurso desde que passou a fazer parte do governo Lula

Audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, realizada quarta-feira (16), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).
Ao invés de fazer perguntas diretas, Ferreira optou por atacar a atuação da ministra, especialmente em relação às queimadas que afetam diversos biomas brasileiros.
Ele afirmou que, mesmo que tentasse dialogar, não obteria respostas, insinuando que qualquer tentativa de comunicação seria infrutífera.
Nikolas Ferreira destacou uma suposta mudança de postura de Marina Silva em relação às responsabilidades governamentais sobre as queimadas.
Segundo ele, a ministra teria alterado seu discurso desde que passou a fazer parte do governo Lula, contrastando com suas críticas durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O deputado lembrou que, em momentos recentes, Marina havia atacado Bolsonaro por conta das queimadas no Pantanal, o que, segundo ele, revela uma incoerência na sua posição atual.
Ele ironizou a ministra, sugerindo que ela age como se fosse responsável pelo Meio Ambiente de países nórdicos, como Finlândia ou Noruega, em vez de lidar com a realidade brasileira.
“Da maneira como a ministra Marina Silva fala, parece que ela é ministra do Meio Ambiente da Finlândia, da Noruega. Porque é inacreditável! A gente tem quase que te agradecer e, caso a gente não faça isso, a culpa é nossa, né. E só falta falar que a culpa é do [Jair] Bolsonaro”, disse Ferreira, insinuando que Marina estaria desviando a culpa das queimadas atuais para fatores externos, como as condições climáticas, sem reconhecer a responsabilidade do governo Lula.
Ele também trouxe à tona uma antiga postagem de Marina nas redes sociais, onde criticava duramente o governo Bolsonaro pelos incêndios no Pantanal. Ferreira argumentou que essas críticas poderiam ser usadas contra o governo atual, dado que o Brasil enfrenta a pior temporada de queimadas em 26 anos.
“Quem diria que você mesma iria se contradizer e poderia ser usada contra você mesma. Afinal de contas, são quase 22 mil queimadas. E a pior em 26 anos. E agora a culpa é de quem? A culpa é da condição climática, a culpa é das pessoas que estão colocando fogo, mas não é do teu governo”, afirmou o parlamentar, sugerindo que Marina Silva estaria minimizando a responsabilidade do governo nas recentes crises ambientais.
A audiência também contou com a participação de outros parlamentares bolsonaristas, que reforçaram as críticas de Ferreira, aumentando o coro de descontentamento com a gestão de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente.
Finalmente ela apareceu – e teve que ouvir. pic.twitter.com/IiWWlAEJsJ
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) October 16, 2024
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Brasil
Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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