Cotidiano
“Não vai ter perseguição”, diz novo Secretário de Polícia Civil
A polícia precisa mudar. Um delegado não pode ficar 10, 15 anos na mesma delegacia. Ele vai se acomodar. Então vão ter mudanças, mas nada de decidir por questões partidárias.

Delegado José Henrique Maciel Ferreira, que foi recententemente nomeado para o cargo no lugar do também delegado Rêmulo Diniz.
“Não vai ter perseguição, mas a hierarquia precisa ser respeitada”. A frase é do novo secretário de polícia civil, delegado José Henrique Maciel Ferreira, que foi recententemente nomeado para o cargo no lugar do também delegado Rêmulo Diniz.
Ele recebeu o ac24horas um dia depois de ser confirmado como gestor da pasta que que tem dado muita dor de cabeça ao governador Gladson Cameli e que chega com a missão de pacificar as vozes discordantes entre os próprios delegados.
Na conversa abaixo, o xapuriense de 53 anos fala dos desafios, da política dentro da polícia, da relação com os outros delegados e da iminente mudança administrativa que vai tirar da Polícia Civil o status de secretaria.
ac24horas – conte um pouco da sua história na Polícia Civil?
José Henrique – eu sou acreano, de Xapuri, e fiz todos os meus estudos em escola pública, inclusive a minha formação em direito foi na UFAC. Entrei na Polícia Civil em 1994, sou do primeiro concurso para autoridade policial. Prestei serviços como delegado nos municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul e já passei por todas as delegacias.
ac24horas – o senhor chega na Polícia Civil em um momento muito complicado, com colegas seus se posicionando contra algumas decisões de governo. Como o que senhor enxerga o tamanho desse desafio?
José Henrique – Primeiro eu fiquei muito honrado com o convite do governador. Tivemos algumas situações conflitantes, mas acredito que já estamos caminhando para a pacificação, já que todo os profissionais desejam o melhor para a instituição.
ac24horas – o senhor concorda com esse “rebaixamento” da Polícia Civil que vai deixar de ser secretaria e voltar a ser um departamento ou diretoria da Secretaria de Segurança Pública?
José Henrique – Eu não vejo como rebaixamento, já que não estamos perdendo nenhuma prerrogativa. A instituição não perde o principal que é questão da gestão, orçamento e sua administração interna. Não é a Secretaria de Segurança Pública que vai indicar qual delegado vai está em uma determinada delegacia. O que há é uma outra forma de administrar a segurança de uma forma mais integrada entre os setores para que consigamos combater o crime com mais eficiência.
ac24horas – Alguns dos seus colegas afirmam que a retirada do guardião, equipamento de escuta telefônica, do comando da Polícia Civil pode comprometer as investigações sigilosas. Qual sua opinião sobre isso?
José Henrique – Isso me estranha. Precisa ficar bem claro que o guardião só é usado com autorização judicial. Isso significa que para fazer interceptação judicial de qualquer número, o juiz tem que liberar. O guardião não pode ser usado deliberadamente pela autoridade policial. Esse equipamento estava anteriormente na posse da Segurança Pública e naquela época a Polícia Civil fez grandes apreensões e desbaratou quadrilhas. Vejo isso muito mais com uma questão de ego do que preocupação com o trabalho que tem que ser feito.
ac24horas – É claro que não há, atualmente, uma relação harmoniosa entre a direção da Polícia Civil e alguns delegados. Como vai ser a sua relação com os colegas que são vozes divergentes?
José Henrique – Dois pontos principais. Primeiro, como tem dito o nosso governador, perseguição zero a servidor, policial ou delegado e respeito acima de tudo.
ac24horas – Existe a possibilidade de novo remanejamento de delegados?
José Henrique – Toda gestão tem um entendimento diferente. Os colegas precisam entender que a gestão muda. Hoje estou aqui e posso achar que um delegado tem um perfil para determinado lugar. A polícia precisa mudar. Um delegado não pode ficar 10, 15 anos na mesma delegacia. Ele vai se acomodar. Então vão ter mudanças, mas nada de decidir por questões partidárias. O que não vamos abrir mão é o respeito a autoridade do cargo. A Polícia Civil é baseada na hierarquia e na disciplina.
ac24horas – o senhor conversou com o Rêmulo Diniz, seu antecessor?
José Henrique – Nós estivemos juntos na transição. Ele foi escolhido em um primeiro momento e, infelizmente, e não queria entrar nessa área, acabou saindo. Conversei ontem com ele e tenho certeza que vai continuar nos ajudando, já que é um delegado que tem um futuro brilhante pela frente na Polícia Civil.
ac24horas – O coronel PM Mário César que foi substituído no comando da Polícia Militar afirmou que política e segurança é uma mistura explosiva. O que senhor tem a dizer sobre isso?
José Henrique – Nâo tem como você dissociar a política e aa gestão. Sabemos que todos os comandantes, secretários são cargos técnicos políticos. Eu não vou entrar no mérito, mas quem assume um cargo que é de confiança do governador precisa tá afinado com as diretrizes do governo.
ac24horas – Todo Secretário de Polícia Civil que passou pelo cargo nos últimos anos tem um homem de confiança, um braço direito. Quem é o seu?
José Henrique – Eu não anunciei ninguém ainda e nem fiz mudanças na diretoria e em nenhuma delegacia. Primeiro a gente precisa trazer harmonia pra dentro da nossa casa. A partir da próxima semana, vamos começar a indicar ao governador as pessoas que queremos ter mais perto, que são pessoas que conhecemos o perfil e temos confiança para realizar esse trabalho que temos a consciência da responsabilidade e da expectativa da população.
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“Os de Dentro contra Os de Fora”: Brasileense reacendem amizade e tradição em pelada de fim de ano
Jogo reúne quem saiu da cidade em busca de oportunidades e quem ficou; 4ª edição do evento celebra mais que futebol, mas união e memórias de décadas

Em sua 4ª edição, pelada “Os de Dentro de Verde contra Os de Fora de Azul” teve placar elétrico, mas a grande vitória foi o reencontro de amigos para celebrar o fim de ano. Foto: Marcus José
Foi muito mais que uma simples pelada. Neste sábado (27), filhos de Brasileia reuniram-se para a 4ª edição do já tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora” organizado pelo boleiro Nokim Gugel. A partida reuniu aqueles que saíram do município em busca de sonhos profissionais e os que permaneceram, revivendo em campo as brincadeiras e a cumplicidade dos tempos de garoto.
O evento, que marca o fim de ano, transcendeu os 90 minutos de jogo. Foi um reencontro para matar a saudade da distância, fortalecer laços e manter viva uma história de amizade construída ao longo de décadas. Em campo e fora dele, o espírito foi de união, paixão e celebração de uma origem comum, provando que algumas tradições são mantidas não apenas pela bola, mas pela força do coletivo.

A 4ª edição do tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora”, realizada em Brasileia, terminou com um empate de 4 a 4, decidido nos minutos finais após uma partida de reviravoltas. Foto: Marcus José

Emoção até o último minuto: jogo tradicional de Brasileia termina em empate de 4 a 4 após virada e reação nos acréscimos. Foto: Marcus José
A partida foi tão emocionante quanto o reencontro que a motivou. A 4ª edição do tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora”, realizada em Brasileia, terminou com um empate de 4 a 4, decidido nos minutos finais após uma partida de reviravoltas.
‘Os de Casa’ abriram o placar, mas ‘Os de Fora’ conseguiram empatar, virar e ampliar para 4 a 2. A reação veio no final: já no segundo tempo, os da casa diminuíram e, em uma arrancada nos últimos dois minutos, conseguiram o gol do empate. O resultado, no entanto, foi apenas um detalhe para a celebração maior do evento: a alegria de rever amigos de longa data e matar a saudade em mais uma confraternização de fim de ano.
Fotos da Confraternização
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Mailza acompanha sala de situação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil diante do avanço das cheias no Acre

A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, acompanhou, neste sábado, o trabalho realizado na sala de Comando Operacional do Corpo de Bombeiros Militar e da Defesa Civil Estadual, onde são monitoradas em tempo real as condições climáticas, o nível dos rios e os impactos das chuvas em todo o estado.
A estrutura reúne informações de todos os municípios e permite o acompanhamento permanente do período chuvoso e das cheias que podem ocorrer.
Durante a visita, a vice-governadora destacou que o estado mantém vigilância constante sobre os principais rios e está preparado para prestar o suporte necessário às populações atingidas.
“Aqui nós temos todo o controle de todo o estado, todos os rios, todos os municípios, e estão sendo muito bem observados e também estamos prontos para acolher e dar o suporte que for necessário e que caiba ao estado”, disse.
A sala de situação concentra dados atualizados, observações técnicas e o planejamento das ações emergenciais, garantindo resposta rápida em caso de agravamento do cenário.
Em Rio Branco, o Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento, provocando alagamentos em áreas ribeirinhas e acendendo o alerta das autoridades para a possibilidade de novas ocorrências, caso o volume de chuvas se mantenha elevado.
A Defesa Civil Estadual segue em articulação com os municípios, monitorando os níveis dos rios e orientando as ações preventivas e de atendimento às famílias afetadas. A recomendação é que moradores de áreas de risco permaneçam atentos aos comunicados oficiais e sigam as orientações dos órgãos de segurança e proteção.
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Elenco do Vasco começa última fase de treinos visando o Estadual

Foto Sueli Rodrigues: Recuperado de uma cirurgia no joelho, o volante Bernardo vem treinando forte
O elenco do Vasco realizou um treino leve neste sábado, 27, na Fazendinha, e começou a última fase de preparação visando o Campeonato Estadual. A primeira etapa de treinamento foi desenvolvida em Cardoso Moreira, no Rio de Janeiro.
“Fizemos um regenerativo e neste domingo(28), vamos trabalhar em dois períodos. Os trabalhos serão intensos até o início do Estadual”, declarou o técnico Erick Rodrigues.
Cabeludo recebe proposta
O volante Cabeludo recebeu uma proposta do futebol do Bahia e a diretoria do Vasco avalia se libera ou não o atleta.
“Vamos avaliar com cautela. Se liberarmos o Cabeludo, precisaremos ir em busca de um jogador para posição”, explicou Erick Rodrigues.
Contra o Galvez
Depois de realizar amistosos no Rio de Janeiro, o Vasco enfrenta o Galvez na terça, 30, na Fazendinha. Erick Rodrigues vai montar a equipe com força máxima.



















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