Brasil
“Não tem como criar uma nação próspera, se 70% da população é semianalfabeta”, defende sociólogo Bolivar Lamounier

Na avaliação do especialista, a evolução econômica e social de um país depende de uma boa base na educação escolar
“Não tem como criar uma nação próspera se 70% da população é semianalfabeta”. É o que defende o sociólogo Bolivar Lamounier. Durante o primeiro seminário da série “200 Anos de Independência: A indústria e o futuro do Brasil”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o especialista disse que o desenvolvimento econômico de um país depende da educação que o seu povo recebe.
“Concordo 100% que temos que educar os trabalhadores, mas o nosso sistema de ensino é indecente. Eu imaginava que o Ministério da Educação deveria organizar o ensino, mas fatos recentes mostram que não é bem assim. Vamos na periferia e vamos ver que as crianças não sabem a tabuada. Temos que investir muito em educação”, destacou Lamounier.
O evento também contou com a presença da professora Mary Del Priore. Para ela, a educação do trabalhador é um aspecto essencial para a evolução de setores como a indústria. “Estamos passando para uma sociedade mais tecnológica. Um binômio entre quem produz e quem está produzindo precisa ser uma pauta prioritária”, disse.
O assunto também repercutiu entre os parlamentares ao longo da programação. Segundo o deputado federal Laercio Oliveira (PP-SE), instituições que compõem o Sistema S têm contribuído de maneira significativa na preparação dos profissionais brasileiros para o mercado de trabalho.
“Temos a necessidade de repensar a educação no nosso país, repensar a democracia como a força propulsora do Brasil que nós sonhamos e queremos para gerações futuras. Nesse contexto, a CNI, por meio de instituições como SESC, SESI E SENAI, por exemplo, tem um papel preponderante. É feito um trabalho maravilhoso e é dada uma contribuição incrível à sociedade brasileira”, defende o parlamentar.
A série
A série “200 Anos de Independência: A indústria e o futuro do Brasil” promoverá mais quatro debates até junho. O próximo seminário vai ocorrer no dia 27 de abril. O tema é “Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade”. O objetivo da iniciativa é refletir sobre a evolução alcançada pelo país após a independência, como o Brasil se posiciona atualmente e quais as perspectivas para as próximas décadas.
Fonte: Brasil 61
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Brasil
Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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