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Na COP27, Alemanha, Reino Unido, Colômbia, Equador, Mato Grosso e Acre celebram 10 anos do Programa REM
Representantes da Alemanha, Reino Unido, Colômbia, Equador, Mato Grosso e Acre celebraram os 10 anos do Programa REM, no final da tarde desta segunda-feira, 14, no miniauditório do Consórcio da Amazônia Legal, na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 27, em Sharm El Sheikh, no Egito.

Cameli ressalta que ao longo desses 10 anos, o Acre experimentou mudanças significativas em seu modelo de desenvolvimento econômico. Foto: Pedro Devani/Secom
Lançado na Rio+20, em 2012, o Programa Global REDD Early Movers (REM) é uma iniciativa do governo da Alemanha em REDD+ que premia países ou entes subnacionais que assumem iniciativas pioneiras para a conservação de florestas. O estado do Acre foi o primeiro contemplado com o projeto piloto: Programa REM Acre Fase I (2013 a 2017).
O programa possui repartição de benefícios para apoio às populações indígenas, extrativistas, pequenos produtores da produção familiar, entre outros setores que somam esforços para a conservação da floresta. O Programa é um dos instrumentos financeiros que apoia o fortalecimento do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa).

Avanços e desafios do Programa foram apresentados durante o encontro. Foto: Pedro Devani/Secom
Em 2018, o Estado do Acre deu prosseguimento à segunda fase do REM, com a contribuição financeira também do Reino Unido para a implementação de projetos voltados à proteção florestal e apoio às cadeias produtivas sustentáveis, por meio da implementação dos Subprogramas: Territórios Indígenas; Produção Familiar Sustentável, Pecuária Diversificada Sustentável, Fortalecimento do Sisa e Mecanismos de REDD+.
O governador do Acre, Gladson Cameli, ressalta que ao longo desses 10 anos, o Acre experimentou mudanças significativas em seu modelo de desenvolvimento econômico com projetos voltados para o estímulo de atividades florestais sustentáveis.

Programa REM soma esforços para a conservação da floresta. Foto: Pedro Devani/Secom
“A celebração dos 10 anos do Programa REM Acre é possível graças ao pioneirismo do governo alemão, somado ao empenho dos diversos setores do governo do Estado do Acre e ao engajamento dos povos indígenas, extrativistas, ribeirinhos e comunitários, que contribuem para conservação. Temos muito a agradecer por esse importante apoio financeiro que tem levado benefícios a milhares de famílias. Quero reafirmar meu compromisso em atingir as metas de execução da fase dois do programa e também com o principal objetivo: redução do desmatamento e queimadas ilegais”, ressalta Gladson Cameli.
A diretora do Departamento de Negócios do Reino Unido, Kate Hughes, externou sua alegria pela celebração e firmou compromisso pela continuidade da iniciativa em REDD+.
“Estamos comprometidos a longo prazo. São 10 anos dessa iniciativa que nos mostra o caminho, como fazer e também, o quanto já caminhamos, o que já foi conquistado. Também nos permite enxergar o que deu certo, as lições aprendidas e os resultados alcançados. O Reino Unido está comprometido, pois o REM tem uma parte crucial do nosso aporte para o financiamento climático. No Acre ficamos impressionados como reagiram diante da pandemia com a doação de alimentos. Esperamos a continuidade, em parceria com os governadores e as comunidades. Vamos juntos diminuir o índice de desmatamento na Amazônia”.
O gerente de portfólio do Programa REM, Klaus Kohnlein, apresentou uma breve apresentação das lições aprendidas nos últimos 10 anos e destacou os números do programa com uma estimativa de aproximadamente 137 mil beneficiários e 41 mil hectares de áreas degradadas recuperadas.
“O REM é um laboratório e já podemos enxergar as iniciativas que deram certo e outras nem tanto, por isso o REM é um exemplo do que pode ser feito em projetos de REDD+. A pandemia trouxe prejuízo à execução nos três países e nas quatro jurisdições que atuamos, mas estamos otimistas que iremos obter melhor execução e, para isso, queremos pedir maior participação dos governadores e a participação social”.
A indígena e servidora do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais (IMC), Francisca Arara, falou da honra em participar da cerimônia celebrativa dos 10 anos do REM e pediu a continuidade do programa no Acre.
“Me sinto honrada em celebrar com nossos parceiros internacionais. Para o Acre, o Programa REM é muito importante porque é graças a esses recursos que tem chegado até hoje muitos benefícios para os povos indígenas, produtores rurais, ribeirinhos e também aos extrativistas. Precisamos que essa parceria seja levada para a próxima fase com mais benefícios e novos projetos. Precisamos de energia limpa chegue às comunidades indígenas e demais comunidades”.
A coordenadora-geral do Programa REM Acre Fase II, na Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), Roseneide Sena, destaca o aprendizado que o Programa gerou ao Estado.
“O REM é o único projeto em sistema de REDD implementado até o momento. São 10 anos com lições importantes, com resultados expressivos e um legado que deve ser mantido diante da responsabilidade dos entes subnacionais nos compromissos climáticos do Brasil. Em 10 anos, o REM Acre alcançou 7,2 milhões de hectares de áreas florestais, atingindo 25.893 beneficiários de comunidades tradicionais e populações indígenas. Uma imensa honra fazer parte dessa história que está apenas começando, uma década de aprendizados e novas oportunidades”.
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Governo beneficia mais de 100 produtores rurais com programa de avicultura no Acre
De acordo com o secretário de Agricultura, Luís Tchê, a ação integra as políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar

Pintinhos são comercializados abaixo do valor de mercado. Foto: Assessoria/Seagri
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), vem fortalecendo a avicultura familiar em todo o estado. Segundo dados da pasta, em 2025 foram adquiridos 13.178 pintos a preços abaixo do valor de mercado, beneficiando diretamente 102 produtores rurais de diversas cidades do estado.
A iniciativa incentiva a avicultura familiar, que tem como principal objetivo ampliar a produção de aves nos municípios acreanos, contribuindo para a segurança alimentar das famílias do campo e promovendo geração de renda. As cidades de Acrelândia, Sena Madureira, Senador Guiomard, Bujari, Brasileia, Assis Brasil e Capixaba foram alcançadas com o programa, a previsão é de que em dezembro a Seagri realize a última entrega do ano.
De acordo com o secretário de Agricultura, Luís Tchê, a ação integra as políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento sustentável e incentivando os produtores a diversificarem suas fontes de renda.
“Ficamos muito satisfeitos quando vemos um programa desses dando resultado de verdade, lá na ponta. Isso é mais do que número, é comida de qualidade na mesa do acreano e, principalmente, é renda digna para o nosso agricultor familiar”, diz.

Secretário de Agricultura, Luís Tchê, destacou a importância do programa. Foto: Assessoria/Seagri
O gestor também enfatiza que o programa de aquisição de pintos foi retomado durante sua gestão frente à pasta. “O programa Pintos de Um Dia é histórico. Nós não só retomamos, como estamos investindo para em breve reativar a nossa Central de Incubação para ampliar essa capacidade”, destaca.
O objetivo da Seagri é fortalecer a cadeia da avicultura caipira, dar acesso à genética de qualidade e garantir que o produtor acreano possa trabalhar com dignidade, sem depender de atravessador.

Pequenos produtores rurais são os mais beneficiados. Foto: Assessoria/Seagri
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TCE-AC multa prefeito de Bujari em R$ 6,8 mil por irregularidade em contrato
João Edvaldo Teles de Lima, o Padeiro, descumpriu prazo para cadastro no sistema de licitações; gestor tem 30 dias para pagar valor e regularizar situação

O prefeito foi notificado a regularizar imediatamente o cadastro do Contrato nº 001/2025 no Sistema LICON e a cumprir rigorosamente as normas em futuras contratações, sob pena de novas sanções. Foto: captada
O Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) aplicou multa de R$ 6.815,00 ao prefeito de Bujari, João Edvaldo Teles de Lima, conhecido como Padeiro, por descumprir a legislação que determina o cadastro tempestivo de contratos no Sistema de Licitações e Contratos (LICON). A decisão unânime foi tomada durante a 135ª Sessão Ordinária Virtual da 1ª Câmara do tribunal.
De acordo com o Acórdão nº 5.750/2025, o gestor deixou de cadastrar – ou cadastrou fora do prazo – contratos referentes ao exercício de 2025, especificamente o Contrato nº 001/2025. A conselheira-substituta Maria de Jesus Carvalho de Souza, relatora do caso, determinou que o prefeito regularize imediatamente a situação no sistema e cumpra rigorosamente as normas em futuras contratações, sob pena de novas sanções. O valor da multa deve ser pago em 30 dias.
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RJ: CV usa “jacaré do tráfico” para torturar rivais e sumir com corpos
Em um vídeo que circula nas redes sociais, o réptil aparece dentro de uma caixa d’água, em meio a suspostos restos mortais

Um vídeo macabro que circula nas redes sociais mostra um jacaré, dentro de uma caixa d’água, devorando o que seriam pedaços de um corpo humano. As imagens foram atribuídas à facção criminosa Comando Vermelho (CV), que estaria utilizando os animais para intensificar a tortura contra rivais e até mesmo na ocultação de cadáveres.
Essa não é a primeira vez que o réptil é apontado como um aliado da facção em seus ritos macabros. Em julho deste ano, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) apreendeu um filhote de jacaré na comunidade do Mandela, em Manguinhos, na zona norte do estado.
À época, os policiais afirmaram que o animal era mantido como “animal de estimação” por traficantes do CV. Quando foi encontrado, o bicho estava dentro de um imóvel na comunidade.
A ação que culminou na apreensão do réptil foi conduzida por agentes da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Naquela operação, um suspeito morreu e outros três homens ficaram feridos por disparos de arma de fogo.
O vídeo do jacaré dentro do recipiente com água passou a circular nas redes sociais após a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV) na última terça-feira (28/10).
A coluna procurou a PCERJ para verificar se há alguma investigação em andamento sobre o uso de répteis na ocultação de cadáveres por parte da facção criminosa. Até a publicação desta matéria, a corporação ainda não havia se pronunciado.
Operação mais letal da história
A megaoperação contra o CV foi classificada como a mais letal da história do Rio. Foram 117 suspeitos mortos, além de quatro policiais.
A reportagem verificou que, entre os mortos, estão pelo menos dois estupradores e homicidas – acusados, inclusive, de estupro coletivo e da morte de policiais –, além de diversos traficantes.
O balanço total constatou que 62 mortos eram oriundos de outros estados.
Dos mortos, 59 tinham mandados de prisão pendentes e pelo menos 97 apresentavam extenso histórico criminal. Segundo a Polícia Civil, 17 não ostentam histórico criminal, mas 12 apresentam indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.



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