Conecte-se conosco

Geral

Na contramão do país, mortes causadas por HIV crescem mais de 60% no Acre em um ano, alerta Ministério da Saúde

Publicado

em

Índice estava em queda desde 2021, e voltou a ultrapassar a marca de 20 casos. Total representa pouco mais de dois casos a cada 100 mil habitantes. Dados constam em boletim epidemiológico divulgado pela pasta este mês.

Testes rápidos para ISTs podem ser feitos nas unidades de saúde. Foto: Reprodução/Sesacre

O número de mortes causadas pelo vírus HIV cresceu mais de 60% no Acre entre 2022 e 2023, segundo alertou um estudo do Ministério da Saúde. O índice estava em queda desde 2021, e voltou a ultrapassar a marca de 20 casos.

Em 2023, foram 21 mortes diretamente ligadas ao vírus causador da imunodeficiência humana (AIDs), contra 13 casos em 2022. Em 2021, 26pessoas morreram por conta do vírus.

Os dados constam em um boletim epidemiológico divulgado pela pasta no último dia 11, que também engloba números desde os anos 80, baseado em registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Entre essa década e 2012, o sistema registrou 182 mortes pelo HIV no estado.

Desde 2013 até o ano passado, foram 222 mortes relacionadas ao HIV no Acre. Naquele ano, o estado teve 16 mortes. Neste intervalo, o crescimento foi de pouco mais de 31%, com pico no ano de 2018, que teve 30 mortes.

O total representa pouco mais de dois casos a cada 100 mil habitantes. De acordo com o boletim, o estado saiu de uma taxa de 1,3 casos em 2022 para 2,3 no ano passado. A capital Rio Branco ficou com o coeficiente de 2,7mortes por HIV a cada 100 mil habitantes, segunda menor taxa entre as capitais, à frente apenas de Brasília, que teve taxa de 2,2.

No país, o ano de 2023 teve redução das mortes por HIV, com 10.338 computados pelo Sinan. Em 2022, haviam sido 11.062 casos, o que significa uma redução de 6,5%. A taxa de mortalidade foi de 3,9 a cada 100 mil habitantes, a menor desde 2013.

“A condição de saúde de uma pessoa é diretamente influenciada pelos fatores ambientais, sociais e econômicos em que ela se insere. Assim, em um país como o Brasil, marcado pela extensão e diversidade territorial e por profundas desigualdades sociais, é comum que algumas infecções e doenças afetem mais ou somente pessoas que se encontram em áreas de maior vulnerabilidade social. São as chamadas doenças de determinação social, influenciadas por contextos de vulnerabilidades enraizados nos determinantes sociais em saúde (DSS)”, diz o boletim.

Em outro trecho, o documento ressalta a necessidade de atuação do poder público. “Eliminar tais doenças exige políticas públicas estruturais e ações amplas, que envolvam não apenas o tratamento clínico da condição, mas o acesso a saúde, renda, trabalho, saneamento, inclusão social, enfrentamento ao estigma e preconceito, educação e moradia, entre outros”, ressaltou.

Dezembro Vermelho

Campanha Dezembro Vermelho conta com ações de conscientização sobre ISTs. Foto: Ana Luiza Pedroza

A campanha Dezembro Vermelho ocorre em todo o país, e chama atenção para prevenção contra o vírus HIV, causador da Aids, e demais ISTs. De acordo com o coordenador do Núcleo Estadual de ISTs, Jozadaque Beserra, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a campanha conta com ações de entrega de kits com preservativos, gel lubrificante e panfletos educacionais.

Com a mobilização, a Saúde espera chamar a atenção para medidas que podem ajudar a conter o avanço dos casos e mantê-los sob controle. Além de conhecer, segundo Beserra, é preciso que a população faça uso de métodos como a camisinha e PrEP.

“E a intenção é justamente essa, alertar a população: ‘olha, as ISTs estão aí, o HIV está aí, a sífilis tem aumentado’. E a gente precisa entender que esses agravos são um problema de saúde pública. Quando a gente fala que é um problema de saúde pública, ou seja, todos nós, pessoas, gestão, comunidade, todos nós somos corresponsáveis nesse processo de eliminação. A gente consegue eliminar, se a gente quiser, mas juntos precisamos dar as mãos e juntos precisamos realmente usar todos os meios preventivos. É um pacto que o Ministério da Saúde, que o país tem com a ONU, é que até 2030 que a gente consiga erradicar e eliminar algum desses agravos”, acrescenta.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Geral

Vídeo mostra Antônia Lúcia invadindo Câmara e causando confusão com seguranças

Publicado

em

Deputada aparece em registro tentando entrar em salas da Câmara de Rio Preto da Eva e discutindo com funcionárias durante busca por uma vereadora.

Comentários

Continue lendo

Geral

Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares

Publicado

em

Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada 

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.

De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.

“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.

Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.

Crítica do MPAC
  • Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
  • Responsabilização: Omissão também configura crime
  • Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
  • Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
  • Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
  • Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas

Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art

Comentários

Continue lendo

Geral

PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro

Publicado

em

Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art

O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.

De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.

As ações resultaram em:

  • 72 conduções à delegacia;

  • 12 mandados de prisão cumpridos;

  • 7,4 kg de drogas apreendidos;

  • 12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;

  • 1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.

A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art

Comentários

Continue lendo