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Mulher é condenada a quase 35 anos pela morte de adolescente de 13 anos achada em cova rasa
Tatiane Souza da Silva foi a oitava e última condenada pela morte de Raquel Melo de Lima, achada morta em janeiro de 2021. Ao todo, eram oito réus no processo, mas sete foram ouvidos e condenados ainda na época do crime

Raquel Melo de Lima, de 13 anos, foi morta em Rio Branco. Foto: Arquivo pessoal
Tatiane Souza da Silva, a 8ª acusada de participação na morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, em janeiro de 2021, foi condenada a 34 anos, 11 meses e 6 dias de prisão em regime inicialmente fechado, além de 110 dias de multa.
A sentença foi decidida pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e assinada pelo juiz Robson Ribeiro Aleixo nessa segunda-feira (16). A mulher foi responsabilizada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.
Na sentença, ainda descreve que Tatiane não tem o direito de recorrer em liberdade.
A advogada Gisele Vargas disse que esclareceu Tatiana acerca dos fatos e provas contidas nos autos e que orientou pela confissão da participação da acusada no crime.
“Diante disso, a decisão a partir do confronto entre a diminuição de suas chances de absolvição e a expectativa de redução da reprimenda, a Tatiana optou por confessar espontaneamente a sua participação nos delitos, tendo reconhecido pelo magistrado a redução da pena por ser ré primária e pela confissão espontânea”, falou.
O caso
Consta no documento que a vítima foi decretada pelo “Tribunal do Crime”, o qual optou pela sua execução, por entenderem que ela estaria repassando informações à facção rival e que buscava justiça pela morte de sua tia/irmã.
“O modo de execução da vítima não foi apenas por disparos de arma de fogo, ela sofreu vários golpes de faca, o que já é considerado um alto grau de brutalidade, demonstrando extrema frieza no modo de execução do delito. O Conselho de Sentença também reconheceu que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”, disse.
Na decisão, detalha que a mãe da vítima ainda convive com o trauma, necessitando de amparo psicológico após os acontecimentos traumáticos que aconteceram após os crimes, de acordo com o depoimento prestado por sua filha em juízo.
“Aliado a isso após o homicídio a família da vítima foi expulsa do bairro pelos integrantes da facção, como uma forma de represália por terem comunicado o crime à polícia, e como se não bastasse todo o sofrimento que lhe causaram, ainda queimaram a casa dos familiares da vítima, acarretando na perda de todos os pertences da família de Raquel”, informou.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), e teve como representante o Promotor de Justiça Carlos Pescador. A sessão será presidida pelo Juiz Robson Ribeiro Aleixo e a ré teve a defensora pública Gabriella de Andrade Virgilio designada para sua defesa.

Ao todo, oito foram denunciados por participação na morte de adolescente. Foto: Reprodução
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MP do Amazonas aciona três PMs por esquema de “funcionários fantasmas” em Boca do Acre
Prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 2 milhões; ex-comandante da 5ª CIPM é acusado de falsificar escalas e operar “rachadinha”.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou, nesta quarta-feira (3), com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra três policiais militares — entre eles um ex-comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) — suspeitos de integrar um esquema de “funcionários fantasmas” no município de Boca do Acre. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1.968.379,57, valor referente a pagamentos indevidos entre 2018 e 2024.
A ação, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Patrick Sena Leite, é um desdobramento da Operação Joeira, deflagrada em novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações revelam que dois dos policiais recebiam salários normalmente enquanto residiam em Manaus e exerciam atividades particulares, embora estivessem oficialmente lotados em Boca do Acre.
Para sustentar a fraude, o então comandante da 5ª CIPM teria falsificado escalas de serviço, registrando a presença dos subordinados no quartel. Em acordo de colaboração premiada, os próprios policiais admitiram que eram “fantasmas” e que participavam de um esquema de “rachadinha” envolvendo o superior hierárquico.
“O caso revela um esquema estruturado que drenou quase R$ 2 milhões do erário, exigindo resposta firme e responsabilização”, declarou o promotor.
Na ação, o MPAM solicita o ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, indisponibilidade de bens, afastamento cautelar, perda dos cargos e suspensão dos direitos políticos dos investigados.
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Perícia médica federal realiza mutirão com mais de 18 mil vagas neste fim de semana
Ação acontece em 92 agências da Previdência; Acre terá 230 atendimentos e Amazonas, 280. INSS informa que cerca de 13 mil agendamentos já foram feitos.
A perícia médica federal realiza, neste fim de semana — sábado (6) e domingo (7) —, um mutirão de atendimentos em 92 agências da Previdência Social em todo o país, oferecendo 18.868 vagas para segurados que aguardam avaliação pericial.
No Amazonas, estarão disponíveis 280 vagas. No Acre, o mutirão contará com 230 atendimentos, sendo 80 em Cruzeiro do Sul e 150 em Rio Branco.
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aproximadamente 13 mil atendimentos já foram agendados, restando cerca de seis mil vagas abertas.
Os serviços serão realizados presencialmente e também por teleatendimento, por meio da Perícia Conectada — modalidade criada para ampliar o acesso em regiões com déficit de profissionais.
Segurados interessados podem agendar pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h, ou pelo aplicativo e site Meu INSS.


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