Acre
MPAC participa do 3º Encontro Trinacional de combate aos crimes na região de fronteira
O Ministério Público Estado do Acre (MPAC) esteve presente nos dias 04 e 05 de abril no “3º Encontro Trinacional de luta contra os crimes na fronteira”, realizado em Cobija, Bolívia, para discutir estratégias de combate aos crimes na região de fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia.
A comitiva da MPAC contou com a presença da procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, e dos promotores de Justiça Pauliane Mezabarba, Bernardo Albano e Thiago Salomão.
O evento reuniu autoridades do Sistema de Justiça e Segurança Pública dos três países e abordou questões como o combate ao crime organizado, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, migração, contrabando e mineração ilegal, tráfico de animais e crimes ambientais.
Rita de Cássia enfatizou a importância da atenção aos crimes ambientais, destacando a criação do Grupo de Atuação Especial de Meio Ambiente no MPAC.
“Estamos atentos também aos crimes ambientais, por isso o Ministério Público do Estado do Acre criou o Grupo de Atuação Especial de Meio Ambiente (Gaema). É muito importante que, dentre esses crimes que temos que combater, que são muitos, também incluam os desmatamentos ilegais, o tráfico de espécies exóticas, e os demais crimes dessa natureza”, frisou.


Durante o encontro, o promotor de Justiça Bernardo Albano, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), fez uma apresentação abordando o surgimento das organizações criminosas no Acre e a situação da região de fronteira. “Temos rotas transfronteiriças que perpassam por todo o nosso país, e existe uma presença das organizações criminosas, tanto que atuam no Brasil, tanto na Bolívia quanto no Peru”, reforçou.
Também participaram das discussões, membros do Ministério Público dos estados de Rondônia e Mato Grosso, além do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, o juiz de Direito Clóvis Lodi, e outros representantes do Ministério Público, Poder Judiciário e forças policiais dos três países.


Peru e Bolívia reforçam a importância da integração entre os países vizinhos
Representantes dos demais países participantes também fizeram contribuições significativas ao evento. Anfitrião do evento, o fiscal departamental de Pando, na Bolívia, Marco Renato Peñaranda, expressou gratidão pela presença de todos e destacou a importância do evento como resultado do esforço conjunto das três nações.
“Este evento representa a culminação de seus atos e dedicação, o resultado de muitos meses de trabalho, onde se podem expor os resultados almejados. É emocionante ver como a paixão e o compromisso de um grupo de pessoas que representam os países irmãos podem dar lugar a projetos tão maravilhosos como este”, disse.
Para o presidente da Junta de Fiscais Superiores de Madre de Dios, Peru, Pedro Washigton Chullo, existe a necessidade de abordar o tráfico de drogas não apenas como um problema de segurança pública, mas também como uma questão socioeconômica que afeta as comunidades mais vulneráveis. “Em suma, o combate ao tráfico de drogas exige uma abordagem abrangente que inclua medidas socioeconômicas, de segurança pública e de cooperação internacional”, ressaltou.
No segundo dia de encontro, foram apresentados os resultados das mesas de trabalho, além de assinatura da Ata do evento, contendo as metas firmadas. O próximo encontro está programado para ocorrer em julho, durante as festividades de aniversário do Ministério Público do Estado do Acre.
Homenagens
Ao final do evento, foram entregues certificados de visitantes ilustres aos representantes do Ministério Público e demais autoridades do Brasil e Peru.

Os presentes foram homenageados também, durante atividade cultural ocorrida no primeiro dia do Encontro. Na ocasião, o procurador-geral de Justiça do MPAC, Danilo Lovisaro do Nascimento, foi homenageado pelo fiscal departamental de Pando, Marco Renato Peñaranda. A homenagem foi recebida pela procuradora de Justiça Rita de Cássia Nogueira.
Texto: Marcelina Freire
Fotos Deyvisson Gomes
Agência de Notícias do MPAC
Fonte: Ministério Publico – AC
Comentários
Acre
Servidores da saúde do Acre protestam por plano de carreira e melhores condições de trabalho
Manifestações ocorrem em várias cidades, incluindo Rio Branco, com críticas ao governo por atraso na implementação do PCCR e falta de valorização da categoria

A mobilização desta terça-feira é mais um capítulo na cobrança de melhorias estruturais e valorização dos servidores da saúde pública no Acre. Foto: captada
Brasiléia/AC – Servidores da saúde do Acre realizaram uma manifestação nesta terça-feira (17) em frente ao Hospital Regional do Alto Acre, em Brasiléia, para cobrar do governo estadual a conclusão e envio à Assembleia Legislativa do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). O protesto, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), integra uma paralisação de advertência aprovada em assembleia e se repetiu em outras cidades, como Rio Branco.
De acordo com Jean Lunier, presidente do Sintesac, o governo contratou uma consultoria por R$ 1 milhão para elaborar o PCCR, mas recuou na implementação, alegando restrições orçamentárias. “Chegou no momento certo, e o governo simplesmente disse que não tem espaço, que o limite ultrapassou”, criticou.
Lunier também denunciou as condições precárias de trabalho, agravadas pelo aumento de síndromes gripais no estado. “As unidades estão lotadas, e o servidor segue trabalhando sem o devido reconhecimento. O governo precisa valorizar os trabalhadores”, afirmou.
O movimento ocorre em diversas regiões, de Assis Brasil ao Vale do Juruá, em resposta ao descumprimento de promessas governamentais. “Esse protesto é em todo o estado porque o governo não cumpriu com sua palavra”, destacou o sindicalista.

Em Rio Branco os servidores realizaram a manifestação em frente a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para cobrar do Governo do Estado a conclusão e o envio à Casa do novo PCCR da categoria. Foto: captada
Veja vídeo reportagem:
Comentários
Acre
Trabalhadores da Saúde saem pelas ruas em busca do PCCR

Foto: David Medeiros
Durante a manifestação realizada nesta terça-feira (17), servidores da Secretaria de Estado de Saúde do Acre voltaram a cobrar do governo estadual o reajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), reivindicação histórica da categoria. A concentração começou na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), passou pela sede da Secretaria de Saúde (Sesacre) e seguiu até a Casa Civil, em caminhada pelas ruas do Centro de Rio Branco.
O ato, descrito como pacífico e organizado, reúne servidores de diversas unidades e contou com o apoio de sindicatos e parlamentares. Um dos que acompanharam o percurso foi o deputado estadual Adailton Cruz (PSB), que reforçou a legitimidade das reivindicações e cobrou providências do Executivo.

Foto: David Medeiros
“Primeiro, parabenizar os trabalhadores de saúde, das entidades sindicais. Esse movimento é para deixar claro para o Governo do Estado e à Secretaria de Saúde que os trabalhadores da saúde não abrem mão da recomposição integral do PCCR. Um plano que há 25 anos a saúde sonha para se concretizar. Ainda falta ser reajustado, concluído e mandado para a Casa Civil”, declarou o parlamentar.

Comentários
Acre
Grupo invade frigorífico e liberta gado apreendido pelo ICMBio no Acre

Foto reprodução
Na madrugada desta terça-feira (17), cerca de 137 cabeças de gado foram libertadas por um grupo ainda não identificado que invadiu o frigorífico da empresa Norte Carnes, no município de Brasileia, interior do Acre. Os animais estavam sob custódia judicial após terem sido apreendidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), durante a Operação Suçuarana, que ocorre na Reserva Extrativista Chico Mendes.
A informação foi confirmada pelo ICMBio. “Houve sim a invasão ao frigorífico. Roubaram o gado apreendido”, declarou a assessoria de imprensa do órgão. A apreensão dos animais ocorreu por determinação da Justiça Federal, com base em ações contra a criação ilegal de gado dentro da reserva. Conforme a decisão, o rebanho oriundo de áreas embargadas ou griladas deve ser retirado e encaminhado para abate, como forma de inutilizar a estrutura de apoio à atividade ilegal.
O abate vinha sendo realizado no frigorífico Norte Carnes, que, por meio de nota, afirmou ter sido surpreendido com a chegada do gado e declarou que “não compactua com os fatos ocorridos na Operação Suçuarana”. A empresa alegou ter recebido os animais sob ordem judicial e passaram a receber ameaças aos funcionários.
“Arrombaram o cadeado e levaram os bois. Você acha que eu queria estar matando esse gado aqui, meu irmão”, pergunta o gerente, contrariado. “Eu lá quero saber de problema. Eu lá quero matar gado de ninguém. Nós estamos sendo obrigados a matar isso aqui. Nós estamos sendo obrigados”.
Em nota divulgada, a empresa informou que “não irá abater mais nenhuma cabeça de gado proveniente desta operação e que o gado que está no curral foi solicitado para o órgão que realizou a apreensão fazer a retirada do mesmo”.
Confira a nota completa
A empresa Norte Carnes vem por meio desta esclarecer que não compactua com os fatos ocorridos na operação Suçuarana, que a empresa também foi pega de surpresa quanto a chegada dos animais em sua estrutura, pois o que foi informado é que o gado seria levado pra outro frigorífico e que devido à dificuldade no transporte levaram até lá, a empresa foi informada que se tratava de cumprimento de uma ordem judicial, por isso não teve como recusar o recebimento, desde então a empresa e seus funcionários viraram alvos de várias acusações e ameaças que isto está gerando vários problemas para a mesma, devido aos fatos informamos que a partir deste momento a empresa não irá abater mais nenhuma cabeça de gado proveniente desta operação é que o gado que está no curral foi solicitado para o órgão que realizou a apreensão fazer a retirada do mesmo.
Você precisa fazer login para comentar.