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MPAC decide investigar influenciadores que divulgam ‘joguinho do tigre’ no Acre

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Sede do Ministério Público do Acre. Foto: Juan Diaz

Informação foi dada com exclusividade ao site ContilNet. Polícia Civil deve investigar os casos a partir do pedido do MP

O Ministério Público do Acre (MPAC), por meio do promotor Dayan Moreira, informou com exclusividade ao site ContilNet nesta segunda-feira (4) que irá instaurar notícia-crime e abrir inquérito para investigar os influenciadores e os financiadores do ‘joguinho do tigre’.

A decisão do MPAC surgiu após a matéria exibida pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (3), em que revelou um esquema milionário envolvendo influenciadores que aliciam outras pessoas a investir dinheiro no jogo on-line.

Mesmo não havendo casos no Acre que chegaram ao conhecimento do Ministério Público, a promotoria decidiu abrir o processo investigativo.

“A partir do momento que a gente tomou conhecimento, vai ser instaurado procedimento. O fato é um fato criminoso. Vai ser requisitado instauração de inquérito policial, que fica a cargo do delegado e vamos buscar e averiguar quem está divulgando, inclusive patrocinando. Por trás dos divulgadores, tem a empresa e pessoas que bancam”, disse o promotor.

No Acre, há uma série de influenciadores que divulgam o jogo on-line que promete rendimentos absurdos. É o caso de Sarah Henning. Em fotos no perfil pessoal, a influenciadora com mais 9 mil seguidores, posa ao lado do ’tigre’, mascote do jogo.

“Tigrinho do meu coração”, escreveu ela.

Após a repercussão negativa do Fantástico, a influenciadora apagou todos os posts dos ganhos que disse ter com o jogo. O ContilNet já tinha em arquivo as imagens apagadas. Em vários posts, Sarah publicou ter recebido mais de R$ 20 mil.

Outro influenciador é ‘Arcanjo Slots’. Slots é um termo utilizado nos jogos de cassinos on-line. Com mais de 12 mil seguidores, ele divulgou ganhos que ultrapassam os R$ 18 mil. Além disso, também nas redes sociais e de forma pública, ele declarou que já comprou casa, carros, moto e celulares de última geração. Tudo isso com os valores do ‘jogo do tigrinho’.

“Obrigado meu Deus por mais uma conquista. Nada disso seria impossível sem a sua permissão. Tiger [tigre em inglês] tornando meus sonhos em realidade”, escreveu em post sobre a compra de um carro novo, avaliado em mais de R$ 80 mil.

A influenciadora Luhana Diniz é outra que também divulga as plataformas nas redes sociais. Em um post, inclusive, a acreana oferece ‘gerenciamento de banca’ do jogo on-line, com dicas de apostas. No perfil, ela disse que está ‘realizando sonhos através das apostas’.

Nem Sarah, Arcanjo e Luhana são investigados pelo MP. Os posts de divulgação do jogo foi feita de forma aberta e pública nos perfis.

Inquérito

A polícia suspeita de ligação do jogo com esquema de pirâmide financeira. Ou seja, pessoas são recrutadas para participar com promessa de retornos elevados, mas poucas, de fato, recebem grandes pagamentos.

Segundo reportagem do Fantástico, os influenciadores ganhavam entre 5 mil e 15 mil por campanha de sete dias de divulgação da plataforma.

Nos perfis na internet, eles trocavam dicas sobre como jogar. Além de criar promoções e rifas eletrônicas na tentativa de atrair mais participantes. Isso porque, segundo a polícia, o grupo recebia entre R$ 10 e R$ 30 por cada novo cadastro nas plataformas.

‘Joguinho do Tigre’ começa a ser investigado pela Polícia Brasileira/Foto: Reprodução

No Acre, há inclusive, grupos de WhatsApp, criados pelos influenciadores que justamente servem para dar dicas sobre horários, métodos e os caminhos para conseguir ganhos extraordinários.

Com esses grupos, os influenciadores divulgam ‘links’ das plataformas dos jogos. Quanto mais acesso e pessoas se cadastrando nesses links, mais ganhos os influenciadores têm.

Os acusados podem ser investigados por crime contra à economia popular, associação criminosa, exploração de loteria sem a autorização legal e lavagem de dinheiro.

Tigrinho no Acre

Em um levantamento do Google Trends, o joguinho do Tigre liderou as pesquisas por jogos no mês passado. De acordo com o site, o Acre é um dos estados líderes no ranking de interesse pelo jogo.

CONFIRA: Acreanos são os mais interessados no ‘joguinho do Tigre’, revela Google; polícia investiga

O Jogo do Tigre é uma versão brasileira do Fortune Tiger, e funciona de forma on-line, em smartphone e computador. A plataforma foi alvo de investigações policiais por supostas fraudes e endividamentos de pessoas.

Na página oficial de Fortune Tiger na KTO é explicado que a aposta média dos brasileiros é de R$1,78, que a aposta mais colocada é de R$ 0,50 e que a média de apostas diárias é de 75. Para atrair os jogadores, o site ainda informa que supostamente uma pessoa teria sido premiada em R$ 270 mil.

Em entrevista ao TecMundo, a advogada Beatriz Alaia Colin, do escritório Wilton Gomes Advogados, afirma que o Jogo do Tigre é ilegal no Brasil. Ela pontua que os cassinos online são considerados jogos de azar — em que o ganho ou perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte — e por isso não são permitidos.

A especialista pontua que tanto quem joga quanto quem oferece o serviço pode ser penalizado. Segundo ela, a legislação brasileira prevê penas de 3 meses a 1 ano de prisão a quem “estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele”. Também há previsão de multa de até R$ 200 mil para quem for encontrado jogando.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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Suspeito de homicídio de jornalista Moisés Alencastro se entrega à Polícia Civil após se esconder em área de mata em Rio Branco

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Investigado foi localizado na região do Eldorado e conduzido à Delegacia de Homicídios para interrogatório e audiência de custódia

Antônio de Souza Morais, de 22 anos, principal suspeito de um homicídio ocorrido recentemente em Rio Branco, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, após intensas buscas realizadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. O investigado estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Segundo o delegado responsável pelo caso, as diligências começaram ainda na quarta-feira, logo após a expedição do mandado de prisão, e seguiram de forma ininterrupta ao longo do dia e da noite. Durante os trabalhos, a polícia recebeu denúncias de que o suspeito estaria refugiado em uma região de mata, o que orientou as equipes até o local.

Durante a madrugada, Antônio procurou pessoas ligadas à sua família, o que permitiu à polícia chegar à localização exata. Com a aproximação dos agentes, ele decidiu se entregar sem oferecer resistência.

“Diante dessas informações, nós fomos até o local e ele acabou se entregando à equipe da Delegacia de Homicídios. Em seguida, foi conduzido até a nossa sede, onde passou por interrogatório e por todos os procedimentos legais, sendo encaminhado conforme prevê a lei, inclusive para a audiência de custódia”, explicou o delegado.

Questionado sobre a motivação do crime, o delegado informou que o suspeito relatou a dinâmica dos fatos durante o interrogatório, mas que, por estratégia investigativa, os detalhes ainda não serão divulgados. A Polícia Civil também apura a participação de outras pessoas no crime.

De acordo com a autoridade policial, a perícia realizada no local já indicava a possível presença de um segundo envolvido. “No cenário do crime, é possível perceber a dinâmica de uma terceira pessoa. Agora estamos trabalhando na identificação desse outro suspeito para dar continuidade às buscas e efetuar a prisão do coautor”, afirmou.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre.

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Corpo com mãos amarradas é encontrado boiando no Igarapé São Francisco, em Rio Branco

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Vítima apresentava perfuração no peito e sinais de agressão; Polícia Civil investiga homicídio

O corpo encontrado boiando na manhã desta quinta-feira (25) no Igarapé São Francisco, no bairro Conquista, em Rio Branco, foi identificado como sendo de Weligton Carlos Martins Werklaenhg, de 48 anos.

De acordo com informações repassadas por familiares, Weligton estava desaparecido desde a semana passada, quando foi visto pela última vez.

A perícia inicial realizada no local constatou que a vítima foi atingida por um golpe de faca na região do peito e apresentava indícios de agressões físicas anteriores à morte.

Ainda segundo a família, Weligton morava nas proximidades do Conjunto Manoel Julião.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a motivação e a autoria do crime.

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