fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

MP do Rio encerra grupo que investigou ‘rachadinhas’

Publicado

em

A decisão, de acordo com apuração da CNN, preocupa promotores sobre o rumo que outras investigações de práticas semelhantes irão tomar.

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, no centro da cidade Foto: Agência Brasil

Por Leandro Resende

Promotores que apuram casos de corrupção irão responder ao núcleo de combate ao crime organizado

Resolução publicada no Diário Oficial do Ministério Público nesta quinta-feira (4) encerrou o Grupo de Atuação Especializada e Combate à Corrupção (Gaecc), responsável por investigar por dois anos a suspeita de um esquema de “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Essa apuração levou Flávio a ser denunciado com outras pelo Ministério Público em novembro do ano passado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro junto com outras 16 pessoas.

A decisão, de acordo com apuração da CNN, preocupa promotores sobre o rumo que outras investigações de práticas semelhantes irão tomar.

A resolução é do procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, que assumiu o cargo neste ano. Agora, os novos integrantes do grupo ficarão subordinados ao Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que terá um departamento de combate à corrupção. No MP, o receio é de que haja perda de autonomia.

Em janeiro, os promotores do Gaecc já haviam sido enviados de volta para suas promotorias originárias, o que, na prática, já havia desfeito o grupo. Naquele mês, dos 22 promotores, apenas um havia permanecido na atuação especializada. Fontes do MP relataram à CNN que há preocupação com o rumo de investigações de outros casos de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio e de outros casos tocados pelo grupo, como desvios de dinheiro público em contratações feitas em meio à pandemia de Covid-19.  São pelo menos 20 investigações consideradas sensíveis.

O Gaecc foi criado em 2016, no auge da Operação Lava Jato do Rio, comandadas pelo Ministério Público Federal, como uma resposta do MP às acusações de excessiva morosidade para investigar atos de corrupção durante as gestões de Sérgio Cabral no governo do estado.

Comentários

Em alta