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Morre Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato

Paulo Roberto Costa durante fala em uma das comissões da Câmara
LAYCER TOMAZ/02.12.2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Ex-dirigente foi o primeiro delator da operação e revelou o nome de outras pessoas envolvidas no esquema
Morreu neste sábado (13), aos 68 anos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato e o primeiro delator durante as investigações. Costa estava tratando um câncer no pâncreas e não resistiu à evolução da doença.
O ex-dirigente da estatal de petróleo chegou a ser preso em 2014, quando se iniciaram as diligências da operação, mirando a realização de contratos fraudulentos com a empresa. Ele foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As investigações mostraram que ele havia desviado R$ 358 milhões em contratos quando estava no cargo. Condenado pela Justiça do Paraná a mais de 70 anos de reclusão, Paulo Roberto Costa deixou a cadeia três anos após ser preso, em razão do acordo de colaboração que firmou com a Justiça.
O acordo permitiu o abatimento da pena em troca da apresentação de fatos e documentos que comprovassem o envolvimento de outras pessoas no esquema. Ele confessou os crimes, disse ter se arrependido e relatou que os recursos desviados eram repassados a políticos de partidos como PP, PT e PMDB. Costa revelou que os recursos foram usados inclusive para o financiamento de campanhas eleitorais.
A gestão de Costa na Petrobras começou em 2004, indicado pelo ex-deputado José Janene, e se estendeu até 2012. Dias após ser preso na Lava Jato, ele conseguiu um habeas corpus, mas a ação foi suspensa e o ex-diretor foi preso novamente. Dois meses depois, decidiu aceitar o acordo de delação para reduzir o tempo de pena.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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