Brasil
Moro e Maia se reúnem para discutir tramitação de projeto anticrime
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se reuniu hoje (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir detalhes do projeto de lei anticrime, que traz propostas de combate a crimes violentos, à corrupção e a organizações criminosas.
A convite da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso, Moro e Maia tomaram café da manhã na residência oficial da Câmara dos Deputados. Em texto publicado no Twitter, a deputada classificou o encontro como um “café da manhã da paz”.
O ministro Sergio Moro declarou que ele e Maia já vinham conversando desde a semana passada e tinham se “acertado” a respeito do desentendimento público decorrente de declarações mútuas sobre a tramitação do projeto.
“O que houve foram ruídos de declarações”, disse Moro, hoje (28), ao apresentar a jornalistas os primeiros resultados da quarta fase da Operação Luz na Infância. “Isto não implica em nenhuma mudança no nosso relacionamento. Tenho uma relação bastante cordial com o presidente da Câmara, que é uma pessoa muito sensata”, acrescentou o ministro.
Moro ressaltou que tem grande respeito por Rodrigo Maia. “A expectativa de que, com a aliança dele com o presidente Jair Bolsonaro, vamos conseguir aprovar o projeto [mesmo que] com mudanças, eventuais aprofundamentos na Câmara e no Senado”, acrescentou o ministro.
O projeto de lei anticrime, que foi apresentado ao Congresso Nacional no mês passado, prevê mudanças em 14 leis, entre elas, o Código Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos e Código Eleitoral. A intenção, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, é combater a corrupção, crimes violentos e facções criminosas.
Tramitação
Moro voltou a comentar que a proposta de apresentar o projeto anticrime no Senado para que tramite paralelamente à discussão na Câmara dos Deputados a fim de tentar acelerar a votação do projeto é de autoria de “alguns senadores”. “Surgiram vários senadores que querem apresentá-lo no Senado. Se eles assim o fizerem será uma iniciativa deles. O que temos que pontuar é que haja uma concordância da Câmara neste sentido para acelerar o debate”, afirmou o ministro.
“É um projeto importante. Temos sérios problemas com o crime organizado, com os crimes violentos e com a corrupção e temos que deixar as divergências pessoais de lado. E, muitas vezes, nem mesmo são divergências pessoais. São bobeiras. Acredito que o clima vai desanuviar”, acrescentou.
Em seu Twitter, a deputada Joice Hasselmann comentou que Maia e Moro combinaram de encurtar o tempo de apreciação da proposta de Moro no grupo de trabalho que a Câmara dos Deputados criou para analisar o pacote anticrime.
“O compromisso de celeridade do Pacote Anticrime foi selado hoje entre Moro e Rodrigo Maia. O tempo no grupo de trabalho deve cair pela metade e o texto tramitará rapidamente na Câmara enquanto a discussão ocorre também no Senado. Clima de paz que faz toda diferença para nosso país”, escreveu Joice.
https://twitter.com/joicehasselmann/status/1111279806816141312/photo/1
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Brasil
Trump aumenta tarifa da China para 125% e reduz taxa do resto do mundo

Foto: Win McNamee/Getty Images
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que aumentará, nesta quarta-feira (9/4), a tarifa de itens importados da China para 125%. A medida acontece após o país asiático reagir com a taxação de 85% de produtos importados dos Estados Unidos. O presidente anunciou que, além de aumentar as tarifas, reduzirá para 10%, por 90 dias, as taxas aplicadas a outros países de forma recíproca. Para o Brasil, não haverá mudança, pois o país já estava entre os taxados em 10%.
O que está acontecendo
O presidente dos EUA anunciou, no que ele chamou de “Dia da Libertação”, tarifas a 117 países pelo mundo.
A China foi taxada, inicialmente, em 34% sobre todos os produtos importados pelos EUA.
Como resposta à taxação, o país oriental anunciou uma tarifa retaliatória de 34% aos EUA.
Em escalada da guerra tarifária, nessa terça-feira (8/4), a Casa Branca anunciou que aplicará uma tarifa de 104% sobre todos os produtos chineses. Em resposta, a China irá aplicar 84% sobre os produtos importados dos EUA.
As tarifas recíprocas de Trump entrarão em vigor nesta quarta-feira (9/4).
As tarifas da China entrarão em vigor nesta quinta (10/4).
Em resposta ao aumento das tarifas da China contra os EUA, Trump anunciou mais uma reação com efeito imediato.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, escreveu Trump.
Trump afirmou ainda que, após mais de 75 países convocarem representantes dos EUA — incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o USTR — para negociar questões como tarifas, barreiras comerciais e manipulação cambial, decidiu autorizar uma pausa de 90 dias e aplicar uma tarifa recíproca reduzida de 10%, com efeito imediato, desde que esses países não retaliem, “de forma alguma”, os EUA.
Já taxado linearmente em 10%, o Brasil não é afetado pelos anúncios desta quarta, mas é um dos países que tenta negociar com os EUA após ser um dos alvos do tarifaço de Trump.
Como funcionam as tarifas?
Tarifas iniciais: foram aplicadas apenas a alguns países e recaem sobre os produtos importados pelos EUA.
Exemplo: quando uma empresa norte-americana comprar uma peça chinesa para produzir produtos eletrônicos, ela paga um valor de 10% a mais.
Tarifas recíprocas: foram aplicadas para 117 países e são uma resposta às tarifas que esses países já aplicavam sobre os produtos norte-americanos.
Exemplo: os EUA afirmaram que a China impunha tarifas de até 67% a alguns de seus produtos. Como resposta, o governo Trump fez um cálculo e impôs uma tarifa recíproca de 34% a todos os produtos importados do país asiático.
Tarifas universais: foram aplicadas a todos os países que fazem negócio com os EUA, com imposto estabelecido em 10%.
Exemplo: todos os produtos que entram nos EUA pagam uma taxa de 10% que se somará a todas as demais tarifas. A China já tinha tarifas iniciais de 10%, as quais, somadas às recíprocas de 34% e mais as universais de 10%, resultam em um montante de 54%.
Tarifas adicionais: por enquanto, os EUA só aplicaram essa tarifa à China, como retaliação.
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Brasil
Economia não será mais “fator determinante” de eleição, diz Haddad
Para o ministro, governo vive “problema de posicionamento comunicativo, e não de posicionamento ideológico”

Fernando Haddad, ministro da Fazenda • Divulgação/Ministério da Fazenda
Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a atual conjuntura mundial indica que “a economia não vai ser mais o fator determinante” nas eleições.
“Estamos em uma situação crítica. A economia não vai ser mais o fator determinante de um resultado eleitoral”, disse Haddad em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, publicada na noite de terça-feira (8).
A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a queda de popularidade do governo Lula, apesar de o Brasil ter registrado crescimento econômico em 2024.
Haddad afirmou que o mundo hoje vive uma ascensão da extrema-direita, e citou como exemplo os resultados das eleições na França e dos Estados Unidos.
“Os governos do [presidente da França, Emmanuel] Macron e do [ex-presidente e candidato derrotado por Trump nos EUA, Joe] Biden apresentavam bons indicadores econômicos, e não foram bem nas urnas”, afirmou.
Para o ministro, a baixa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “não é uma questão crônica”.
“A queda não é crônica. É recente. Eu penso que o solavanco que ocorreu com o dólar em dezembro, nos debates com o mercado financeiro, causou uma certa apreensão”.
Em dezembro do ano passado, a moeda americana fechou o ano em R$ 6,18, apresentando uma alta de 27,36% ao longo de 2024, maior oscilação desde 2020.
Baixa popularidade
Lula tem apresentado um alto índice de desaprovação, segundo os dados revelados em pesquisas de opinião.
O trabalho do presidente é desaprovado por mais da metade dos brasileiros, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada dia 2 de abril.
O levantamento mostra que 56% desaprovam a terceira administração do petista, enquanto 41% aprovam. Não sabem ou não responderam são 3%.
Outra pesquisa divulgada um dia antes, da AtlasIntel/Bloomberg, revelou que o índice de desaprovação alcançou 53,6%. A aprovação é de 44,9%, e aqueles que não souberam responder são 1,5%.
Mais recente, levantamento do instituto Datafolha em 5 de abril indicou um estancamento na queda da avaliação negativa da administração federal, mas o índice permanece superior ao positivo. A sondagem ainda indicou empate técnico entre a desaprovação (49%) e a aprovação (48%) do governo.
Comunicação
Na entrevista à Folha, o ministro da Fazenda ainda afirmou que o governo Lula deve recuperar a popularidade, por ter tempo de encontrar um “posicionamento comunicativo”.
“O governo está acertando no atacado. Agora, o que a gente chama de comunicação, e que as pessoas muitas vezes confundem com marketing, é um desafio para todos os governos democráticos. É um problema de posicionamento comunicativo, e não de posicionamento ideológico. Como você [governo] traduz o que está fazendo em um plano de voo em que as pessoas consigam enxergar um horizonte mais amplo? Daqui para a eleição, temos tempo para encontrar esse eixo”, declarou Haddad.
Fonte: CNN
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Brasil
Otan realiza exercícios militares no Mar Negro

Exercícios da Otan no Mar Negro, perto de Constanta. • Reprodução/INQUAM PHOTOS/EDUARD VINATORU
A Otan realizou exercícios no Mar Negro, perto da cidade romena de Constança, na terça-feira (8).
Os treinamentos, denominados “Sea Shield 25” (escudo do mar 25 traduzido para o português), foram projetados para fortalecer a colaboração entre as forças navais, aéreas e terrestres.
Os exercícios incluem a defesa de infraestruturas costeiras críticas, garantindo a proteção das rotas de comunicação marítima e fornecendo apoio a operações anfíbias.
A Marinha da Romênia é a menos modernizada das forças armadas.
O país afirmou que planeja aumentar os gastos com defesa para até 2,5% da produção econômica este ano, contra pouco mais de 2,2% em 2024.
Fonte: CNN
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