Moradores entram na Justiça para evitar aumento salarial de prefeita e vereadores de Brasiléia

Câmara de Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

Por Cherlivan Cavalcante

Em meio à crise econômica que o país vem enfrentando, os vereadores do município de Brasiléia aprovaram na manhã de terça-feira (6) o Projeto de Lei que visa aumentar em 50% os salários do prefeito, vice-prefeito e vereadores do município.

De acordo com o projeto, a partir de 1 de janeiro os vereadores passam a receber salário de R$ 4,5 mil, e o presidente da casa do povo o subsídio de R$ 6 mil, e o valor de R$ 5 mil para o vice-presidente, e o valor de R$ 4,9 mil para o 2º-secretário.

O prefeito terá seus vencimentos em R$ 15 mil e o vice-prefeito receberá R$ 7,5 mil.

A vereadora Tereza Xavier (PT) foi a única parlamentar a votar contra o projeto de aumento aos políticos de Brasiléia.

Diante desses fatos, comerciantes e representantes da sociedade civil de Brasiléia estão se organizando para entrar com um mandado de segurança contra decisão da Câmara de Vereadores que decidiu votar pelo aumento dos salários.

Vereadores aprovam aumento dos seus salários, da prefeita e vice-prefeito

Nas redes sociais, o assunto gerou revolta entre internautas. O morador Duplanir Souza comentou sobre a aprovação do aumento salarial dos políticos.

“É pouca produção para tal preço, vejam a situação que se encontra essa cidade. Qual é o resultado da produtividade do nosso Legislativo? é puro interesse e negociata o que se nota explicitamente”, desabafa.

Um grupo de moradores da cidade foram até a Câmara para protestar contra o reajuste salarial. O comerciante Cirlei Ferreira disse que a decisão de aumentos salariais dos políticos sem o consentimento do povo não é moral.

De acordo com o manifestante Jamerson Honório, os comerciantes e a população em geral entraram com uma ação na Justiça para neutralizar a decisão da Câmara de aumentar os salários dos políticos de Brasiléia.

“O nosso país, o Estado e o Município estão em crise, e os vereadores querendo aumentar seus salários. Esses vereadores não representam a nossa cidade”, disparou.

O primeiro-secretário da Mesa Diretora, Joelson Pontes (PP), defendeu a casa e os parlamentares, afirmando que o último reajuste na folha de pagamento da Câmara foi em 2008. Joelson destacou, ainda, a necessidade da matéria ser aprovada. De acordo com ele, a próxima legislatura não irá alterar e nem mudar esse texto.

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Alexandre Lima