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Moradores da Resex Chico Mendes acusam ICMBio de destruir ponte em Xapuri
Por Raimari Cardoso
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) voltou a ser acusado por moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes de cometer abusos durante ação de fiscalização contra crimes ambientais no interior da Unidade de Conservação.
Dois moradores da Resex em Xapuri que foram autuados e tiveram áreas embargadas pelo ICMBio afirmaram ao ac24horas que na última quinta-feira, 25, fiscais do órgão ambiental destruíram parcialmente uma ponte de cerca de 18 metros que atendia várias comunidades da região, inclusive dando acesso a uma escola.
Um dos moradores, Rivaldo Gomes de Souza, de 39 anos, da colocação Samaúma, no seringal Boa Vista, onde a ponte foi derrubada, também contou que foi autuado pelos agentes e recebeu uma multa no valor de R$ 190 mil por ter desmatado uma área de 18 hectares de mata nativa.
Perguntado se tinha licença para o desmate, ele respondeu que procurou a Associação de Moradores e Produtores da Resex Chico Mendes em Xapuri (Amoprex), mas que não obteve assistência para o pedido junto ao ICMBio, resolvendo fazer a abertura da área por necessidade de sustentar a família.
“Procuramos a Amoprex, mas não conseguimos assistência para os procedimentos de licença para o desmate, então a gente precisa abrir uma área para fazer uma plantação para o sustento da família e dá nisso, uma multa desse tamanho e ainda com a área embargada”, afirmou.
O segundo morador que conversou com a reportagem foi Vilson Gomes de Souza, 43 anos, que alega viver na área em que foi autuado desde que nasceu. Vizinho de Rivaldo, ele diz que desmatou 13 hectares e reconheceu que a ação foi ilegal, mas acredita que a ação do ICMBio foi desproporcional.
“Eles querem que a gente viva apenas de borracha e castanha, mas nas condições de preço que temos hoje isso não é possível. Chegam na propriedade da gente, vão entrando e aplicam multas que a gente nunca vai ter condições de pagar e ainda destroem uma ponte que a comunidade fez com muito sacrifício”, disse.
O que diz o ICMBio
O ac24horas entrou em contato com o ICMBio por meio da Coordenação de Comunicação Social. O órgão não se manifestou de maneira específica a respeito das autuações e embargos impostos aos moradores, mas disse que a operação teve como alvo o desmatamento ilegal na região.
Sobre a destruição da ponte reclamada pelos moradores, a resposta foi que a estrutura foi construída com madeira oriunda de castanheira, sem ter a autorização do plano de manejo da unidade, e que era constantemente usada para o cometimento de ilícitos ambientais.
A seguir, a íntegra da nota do órgão:
“O ICMBio esclarece que a operação realizada visa combater o desmatamento ilegal na região. Neste sentido, é importante destacar que a ponte mencionada foi construída de castanheira (árvore imune de corte) e não havia autorização pelo plano de manejo da unidade. Além disso, a estrutura era constantemente usada para facilitar atividades ilícitas. Por haver outra opção de passagem, o Instituto não inviabilizou o acesso dos moradores”
O ac24horas não conseguiu contato com a direção da Associação de Moradores e Produtores da Resex Chico Mendes em Xapuri (Amoprex) até o fechamento desta publicação. O espaço seguirá disponível para que a entidade se manifeste com relação à sua citação neste material.
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Adolescente de 16 anos é morto na frente da namorada no bairro Taquari

Foto: Davi Sahid/ ac24horas
José Ribeiro da Silva, de 16 anos, foi agredido e morto com um golpe de faca em via pública na noite desta segunda-feira (3), na Rua do Passeio, no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.
Segundo informações da Polícia, José estava com sua namorada, identificada como Juliane, em frente a uma residência quando dois criminosos não identificados se aproximaram em uma motocicleta, pararam e começaram a agredi-lo com golpes de capacete. Em seguida, um dos agressores, insatisfeito, sacou uma faca e desferiu um golpe na lateral esquerda do abdômen da vítima. Após a ação, os criminosos fugiram.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, e tanto uma ambulância básica quanto uma de suporte avançado foram enviadas ao local. José recebeu os primeiros atendimentos, mas não resistiu ao ferimento e morreu dentro da viatura do SAMU.
O corpo de Ribeiro foi levado pela própria ambulância do SAMU ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavericos.
A área foi isolada por Policiais Militares do 2° Batalhão para a realização da perícia criminal. Em seguida, os Policiais colheram informações e realizaram patrulhamento na região em busca dos criminosos, mas eles não foram encontrados.
O caso segue sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Chacina em Porto Velho: Seis pessoas assassinadas em assentamento
Na tarde desta segunda-feira (3), a Polícia Militar classificou a chacina ocorrida no assentamento Tiago Campim dos Santos, na zona rural de Porto Velho, como uma ação coordenada e premeditada. Os corpos de seis pessoas foram encontrados, todos com múltiplos ferimentos; cinco deles pertenciam à mesma família, enquanto uma vítima ainda não foi identificada. Entre os mortos estão Patrícia Krostrycki, sua filha Lorraine Krostrycki da Silva, o genro Rafael Garcia de Oliveira, além dos irmãos Thiago e Luan Krostrycki.
Ao chegarem ao local, os policiais relataram que a região é marcada pela presença de movimentos sociais, como a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e os Sem Terra, e possui um histórico de crimes violentos. As características das lesões nos corpos e a forma como foram dispostos indicam a atuação de um grupo organizado.
No local, foram encontradas duas motocicletas abandonadas, que podem estar relacionadas aos autores do crime. A Polícia Civil já iniciou investigações, coletando depoimentos de moradores e analisando câmeras de segurança para elucidar o caso. A comunidade vive um clima de medo e insegurança, pedindo justiça e medidas que garantam a proteção dos assentados. Organizações de direitos humanos também expressam preocupação com a crescente violência na região.
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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