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Mísseis atingem Lviv; Biden pressiona Xi Jinping a abandonar Moscou
Pelo menos três explosões foram ouvidas perto do aeroporto da cidade
A Rússia disparou mísseis nesta sexta-feira (18) em um aeroporto perto de Lviv, uma cidade onde centenas de milhares encontraram refúgio longe dos campos de batalha da Ucrânia, enquanto Moscou tenta retomar a iniciativa em sua campanha militar estagnada contra a Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma conversa programada com o presidente chinês, Xi Jinping, ainda nesta sexta-feira, em uma tentativa de conter a máquina de guerra da Rússia, isolando Moscou da única grande potência que ainda não condenou o ataque.
Mais de três semanas desde que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou a invasão para reprimir o que chama de Estado artificial indigno de nacionalidade, o governo eleito da Ucrânia ainda está de pé, e as forças russas não capturaram uma única grande cidade.
Tropas russas sofreram pesadas baixas enquanto bombardeavam áreas residenciais, causando mais de 3 milhões de refugiados. Moscou nega que esteja atacando civis, no que chama de “operação especial” para desarmar o país vizinho.
“As forças russas fizeram progressos mínimos esta semana”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido em atualização diária da inteligência militar.
“As forças ucranianas em torno de Kiev e Mykolaiv continuam frustrando as tentativas russas de cercar as cidades. Os municípios de Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mariupol seguem cercados e sujeitos a bombardeios russos pesados.”
Pelo menos três explosões foram ouvidas perto do aeroporto de Lviv na manhã de hoje (18), com vídeos nas mídias sociais mostrando grandes explosões e nuvens de fumaça.
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovy, disse que vários mísseis atingiram uma instalação de manutenção de aeronaves, destruindo prédios mas sem causar vítimas.
A cidade, no Oeste da Ucrânia, perto da fronteira polonesa, está a centenas de quilômetros do avanço da Rússia e tem sido um dos principais destinos dos ucranianos forçados a fugir das zonas de batalha.
A Rússia intensificou os ataques de mísseis contra alvos dispersos no Oeste da Ucrânia nos últimos dias, o que as autoridades ucranianas veem como tentativa de ampliar o conflito além das áreas onde suas tropas estão agora instaladas.
A Rússia vem bombardeando intensamente cidades do Leste da Ucrânia, especialmente Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol, a última uma cidade portuária ao Sul sob cerco há três semanas, onde os moradores estão abrigados sem acesso a comida ou água.
Um dos mortos em Chernihiv foi Jimmy Hill, de 68 anos, norte-americano que trabalhava na Ucrânia como professor universitário. Ele ficou preso na cidade sitiada e cuidava de sua parceira ucraniana que foi hospitalizada. Jimmy foi morto a tiros por agressores russos enquanto esperava em uma fila de pão, e seu corpo foi encontrado na rua, informou a família.
Em seu último post no Facebook, ele escreveu que sua parceira estava em terapia intensiva. “Bombardeio intenso! Ainda vivo. Comida limitada. Quarto muito frio.”
Até agora, Kiev foi poupada de grande ataque, mesmo com longas colunas de tropas vindo do Noroeste e do Leste, paradas nas entradas da cidade em intensos combates que destruíram os subúrbios. Moradores da capital sofreram ataques noturnos com mísseis. No mais recente, uma pessoa foi morta quando partes de míssil russo atingiram prédio residencial. O prefeito Vitaliy Klitschko disse que 19 pessoas ficaram feridas, incluindo quatro crianças.
No Sudeste, onde as forças russas tentam expandir o território ocupado por separatistas, o governador regional de Luhansk, Serhiy Haidai, afirmou que os russos foram entrincheirados em torno da cidade de Rubizhne e bombardeados, com baixas ainda desconhecidas.
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“Operação Suçuarana do ICMBio provoca crise no Alto Acre com abate ilegal de gado e clima de terror em frigorífico”
Denúncia revela que mais de 100 cabeças de gado, incluindo vacas paridas, foram abatidas sob pressão de órgãos ambientais, violando embargo judicial e deixando bezerros sem alimento. Trabalhadores relatam coerção e medo

A fiscalização ocorre em Sena Madureira, Rio Branco, Capixaba, Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil e tem como alvo principal é a pecuária irregular praticada na unidade de conservação. Foto: captada
Uma grave denúncia envolvendo a “Operação Suçuarana”, deflagrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde o último dia 5, está colocando em xeque a atuação de órgãos ambientais na regional do Alto Acre. Segundo fontes ligadas aos produtores rurais, parte do gado apreendido na Reserva Extrativista (Resex), levado a um frigorífico em Brasiléia, onde estaria sendo abatido sob pressão, mesmo com restrição judicial que proíbe o abate de animais de áreas embargadas.
Até agora, mais de 100 cabeças de gado já teriam sido sacrificadas, incluindo vacas paridas — o que deixou bezerros órfãos e sem alimento, gerando revolta entre pequenos produtores. A carne, no entanto, não está sendo vendida nem doada, configurando um desperdício em meio à crise alimentar que assola o país.

Na segunda fase da Operação Boi Fantasma, realizada em Abril pelo ICMBio em parceria com o BPA, resultou na apreensão de 6.761 cabeças de gado e na aplicação de R$ 6,761 milhões em multas. Foto: captada
Clima de Pavor no Frigorífico
Funcionários do abatedouro relataram, sob condição de anonimato, um ambiente de intimidação. Eles afirmam estar sendo forçados a cumprir ordens de abate sob a justificativa de que estariam “desobedecendo a Justiça” caso se recusassem. “Mataram as vacas paridas, isso não se faz. É revoltante!”, desabafou uma testemunha.
Autoridades em Silêncio
A falta de explicações oficiais só aumenta a indignação. Enquanto famílias rurais sofrem com as consequências, a omissão do poder público levanta questionamentos sobre abuso de autoridade e desperdício de recursos em um momento de alta necessidade alimentar.
A reportagem apura se houve violação de direitos dos produtores e dos animais, e se o ICMBio agiu dentro da legalidade. O caso pode chegar ao Ministério Público Federal (MPF).
Foi liberado nesta terça-feira (10) o bloqueio parcial da BR-317, no entroncamento que dá acesso à cidade de Xapuri, após varias rodadas de negociações entre moradores da região e representantes dos órgãos fiscalizadores, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A manifestação havia sido iniciada por produtores rurais que contestam as fiscalizações realizadas dentro da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes. As ações resultaram em apreensões de animais, principalmente gado, e interdições de áreas.
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Caminhão-tanque descontrolado bloqueia BR-364 e gera caos no trânsito do Vale do Juruá
Acidente próximo a escola rural expõe falhas na segurança viária; carga mal fixada pode ter causado o incidente

Apesar da proximidade com a instituição de ensino, até o momento não há informações sobre feridos ou riscos à segurança de alunos e funcionários. Foto: cedida
Um caminhão-tanque perdeu o controle da carga e bloqueou completamente a BR-364 na manhã desta quarta-feira (11), próximo à comunidade Liberdade, em Cruzeiro do Sul. O veículo, que ficou atravessado na pista após uma manobra mal executada, interrompeu o tráfego de veículos pesados em uma das principais vias de escoamento da região.
O acidente ocorreu a poucos metros da Escola Magia do Saber, levantando preocupações sobre a segurança no entorno de instituições de ensino em rodovias movimentadas. Apesar da proximidade, não houve registro de feridos, mas o incidente reacende o debate sobre a fiscalização de cargas e as condições das estradas no interior do Acre.
A BR-364 é vital para escoamento de produção regional, mas sofre com falta de investimentos. O acidente ocorreu próximo à comunidade Liberdade e à Escola Magia do Saber, em Cruzeiro do Sul – município que concentra 60% do transporte de cargas do Vale do Juruá.

A situação causou transtornos ao tráfego na rodovia, que é uma das principais ligações entre os municípios do Vale do Juruá.
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Operação identifica possível plano de fuga no Complexo Penitenciário de Rio Branco

Presídio Francisco de Oliveira Conde – Foto: Reprodução
Uma operação de rotina realizada na manhã de terça-feira (10) no Complexo Penitenciário de Rio Branco resultou na apreensão de objetos ilícitos e na identificação de um possível plano de fuga. A ação foi coordenada pela Polícia Penal com apoio de outras forças de segurança e contou com a participação dos alunos do curso de formação da Polícia Penal, como parte da disciplina de práticas operacionais.
Durante a revista minuciosa em todas as celas dos pavilhões, foram encontrados um telefone celular, um carregador e duas cordas artesanais confeccionadas com lençóis, conhecidas como “Teresa” — frequentemente utilizadas em tentativas de fuga.
De acordo com a direção da unidade, a operação teve como principal objetivo identificar pontos vulneráveis no maior presídio do estado e coibir a entrada e o uso de materiais proibidos. Apesar da apreensão dos objetos, não foram localizadas armas ou entorpecentes.