Acre
Missa às margens do Rio Acre homenageia coragem e sacrifício da menina Auricléia, há mais de 50 anos
O estado intocado do corpo de Auricléia após vários dias nas águas do rio Acre. Não havia sinais de decomposição ou de ter sido perturbado por animais aquáticos, um fenômeno descrito por muitos como um verdadeiro milagre.

Este evento não apenas celebrou a vida de Auricléia, mas também reafirmou seu papel duradouro como um símbolo de coragem e fé para a comunidade de Brasiléia. Foto cedida
Neste último sábado, dia 13 de julho, a pequena comunidade de Baturité, zona rural de Brasiléia, foi palco de uma comovente celebração em memória da menina Auricléia, a jovem cujo ato de heroísmo há mais de meio século continua a inspirar gerações. A missa, realizada na capelinha recentemente erguida às margens do Rio Acre, reuniu familiares, amigos e moradores locais para homenagear a coragem e o sacrifício de Auricléia, perdeu sua própria vida em um ato heroico durante um naufrágio.
Auricléia tinha apenas 10 anos de idade quando o trágico incidente ocorreu. Em um ato de bravura incomparável, ela salvou seis de seus irmãos antes de sucumbir nas águas turbulentas do rio acre enquanto tentava resgatar o último deles.
A cerimônia religiosa, conduzida pelo Padre Robson Eudes. Paróquia Nossa Senhora das Dores, reuniu familiares, amigos e membros da comunidade do Baturité, zona rural de Brasiléia. Nas palavras do padre, Robson foi lembrada não apenas por seu sacrifício final, mas também pela coragem que demonstrou em um momento de extrema adversidade.
“O que Auricléia fez naquele dia vai além de qualquer ato de heroísmo. Ela personificou o amor e a dedicação que devemos uns aos outros, especialmente em tempos de perigo”, afirmou Padre Robson durante a homilia emocionada.
A comoção e a gratidão foram visíveis entre os presentes, que se reuniram para celebrar a vida e o legado da menina Auricléia, agora reconhecida como um símbolo de altruísmo e coragem na história local.
Ao final da cerimônia, flores foram lançadas no rio em memória de Auricléia, lembrando a todos que seu espírito vive não apenas nas águas que testemunharam sua bravura, mas também nos corações daqueles que foram tocados por sua história.

Em um ato de bravura incomparável, ela salvou seis de seus irmãos antes de sucumbir nas águas turbulentas do rio acre enquanto tentava resgatar o último deles. Foto cedida
Desde então, relatos de milagres atribuídos à “alma milagrosa” da menina Auricléia, considerado por muitos da região como uma anjinha, têm se multiplicado. Muitos residentes afirmam ter recebido graças após orações feitas no local onde seu corpo foi encontrado às margens do Rio Acre. Em resposta à devoção popular, foi decidido erguer uma capelinha no local sagrado, um tributo à memória da jovem que se tornou um símbolo de fé e coragem em Brasileia.
O que mais surpreendeu a todos foi o estado intocado do corpo de Auricléia após vários dias nas águas do rio Acre. Não havia sinais de decomposição ou de ter sido perturbado por animais aquáticos, um fenômeno descrito por muitos como um verdadeiro milagre. Essa preservação inexplicável reforçou a crença na santidade da menina Auricléia entre os moradores locais, que continuam a compartilhar sua história como um testemunho de heroísmo e proteção divina.
“A história de Auricléia é parte essencial da comunidade do Baturité, zona rural de Brasiléia, as margens do rio Acre. Ela não só salvou seus irmãos, mas também nos mostrou que há algo maior além de nós mesmos”, disse Dona Maria, uma das moradoras mais antigas de Brasileia, cuja família mantém viva a memória da jovem há mais de meio século.
Enquanto a capelinha toma forma nas margens do rio acre, a história de Auricléia continua a inspirar, lembrando a todos que a verdadeira bravura e o amor altruísta transcendem o tempo e o espaço.
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Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência
A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.
O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.
Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.
Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.
Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.
“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco
Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.
A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.
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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco
Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.
Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.
Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.
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Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco
Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes
O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.
De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.
Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.
Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.













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