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Brasil

Ministro e o presidente do BC acalmam tensão no mercado, causada por Lula

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Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

Alexandre Padilha e Roberto Campos Neto atuam como “bombeiros” e tentam acalmar o mercado, depois do colapso causado pelas declarações do presidente Lula à “GloboNews”

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atuaram nesta quinta-feira (19) como bombeiros para pacificar o mercado, que estava nervoso e instável  com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula havia criticado a autonomia do Banco Central (BC), o controle da inflação e os juros. Segundo o petista, a autonomia do BC é “uma bobagem” feita pelo governo anterior. Lula também defendeu uma meta de inflação maior, para que o país possa gastar mais “para ajudar os pobres”.

As declarações do chefe do Executivo foram feitas ao canal de notícias “GloboNews” e repercutiram negativamente, espantando investidores e causando forte queda nas bolsas. O dia começou com o dólar subindo, em comparação ao real. Os juros futuros ficaram instáveis, com tendência de crescimento durante quase todo o dia.

Estabilidade

O mercado só começou a se acalmar no meio da tarde de quinta-feira (19), quando Alexandre Padilha e Roberto Campos Neto entraram em campo, atuando como bombeiros.

O ministro das Relações Institucionais prometeu que não há “nenhuma predisposição por parte do governo de fazer mudanças em relação autonomia do Banco Central”.

O presidente do BC também veio a público se posicionar.

Generosidade

Campos Neto amenizou a situação de Lula, ao minimizar o problema causado pelo atual presidente da República. Ele foi generoso, ao dizer que as falas do petista foram tiradas de contexto, e garantiu que continuará no cargo até o fim do seu mandato, que vai até o fim de 2024.

Após as declarações de Padilha e Campos Neto, a bolsa parou de cair e fechou o dia em alta. Foi registrado um alívio nas taxas de juros e o dólar voltou ao normal.

Vantagens

A autonomia do Banco Central era uma reivindicação antiga dos investidores em geral. Na visão da maioria da maioria dos economistas, um BC independente permite que a instituição se defenda de pressões político-partidárias do governante “da vez”.

Essas pressões sempre existiram, exercidas por grupos de pressão como financistas, especuladores, empresários (corruptos ou não) e até por banqueiros – que tentam levar vantagem principalmente através de membros do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e de outros meios de influência da sociedade organizada, como a Imprensa.

Controvérsias

As opiniões do Presidente do Brasil repercutiram mal no mercado, mas nem todos os economistas discordam de Lula. Pelo menos, não em relação à autonomia do Banco Central. Newton Marques, por exemplo, é um economista que trabalhou no Banco Central por 45 anos. Professor licenciado da UnB, ele reconhece que o presidente Lula deveria evitar declarações como estas, porque podem conturbar o mercado. No entanto, Marques questiona as vantagens da chamada “autonomia operacional” do Banco Central.

Newton Marques tem mestrado e doutorado em Economia. O professor entende que Lula quis dizer que esta discussão não tem mais relevância. “O tema já causou um certo desconforto, mas agora já é assunto vencido”, esclareceu Marques. Segundo ele, “ainda há uma discussão entre os economistas ortodoxos e heterodoxos sobre a autonomia operacional do Banco Central, mas hoje em dia isso não é tão relevante quanto se coloca, e nesse ponto de vista o presidente Lula tem razão, já que agora a autonomia operacional da instituição já está oficialmente em lei”.

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STF derruba lei do DF que autorizou parcelamento de multas de trânsito

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Maioria seguiu entendimento do ministro Ricardo Lewandowski

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou hoje (24) maioria de votos para considerar inconstitucional a lei do Distrito Federal que permitiu o parcelamento de multas de trânsito em até 12 vezes no cartão de crédito. 

O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema e não há deliberação presencial. A votação vai até às 23h59.

Até o momento, oito ministros votaram pela inconstitucionalidade da Lei n° 5.551/2015, de autoria da então deputada distrital Celina Leão, atual vice-governadora.

A maioria seguiu entendimento do ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso. No voto apresentado, o ministro reconheceu a “boa intenção” da lei ao propor o parcelamento, mas afirmou que a norma é inconstitucional por invadir a competência da União para legislar sobre a matéria.

“Entretanto, as normas impugnadas na presente ação, sobre possibilidade de parcelamento de multas de trânsito, de efetuação de pagamento por cartão de crédito ou débito, estão eivadas de vício de inconstitucionalidade formal”, justificou o ministro.

O voto foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.

A ação foi proposta em 2020 pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Edição: Claudia Felczak

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Dilma Rousseff é eleita presidente do Banco do Brics

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Cerimônia de posse ocorrerá durante viagem de Lula à China

Brasília (DF) – Dilma Rousseff é eleita por unanimidade presidente do Banco do BRICS. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi eleita nesta sexta-feira (24) presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.

Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, que tem sede em Xangai, na China. Está prevista uma cerimônia oficial de posse de Dilma para o fim da próxima semana, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, do nome em inglês New Development Bank), formado pelos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
Sede do NDB (Banco do Brics), que será comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff – Reuters/Bai kelin/Direitos Reservados

Embora o banco tenha anunciado a substituição de Troyjo por Dilma no último dia 10, a eleição no Conselho de Administração do banco só ocorreu nesta sexta-feira. Cada país do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – preside o banco por mandatos rotativos de cinco anos.

“Como presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou sua agenda em assegurar a estabilidade econômica do país e a criação de empregos. Além disso, durante seu governo, a luta contra a pobreza teve prioridade, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram expandidos e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais extensos processos de redução de pobreza da história do país, o Brasil foi removido do Mapa da Fome das Nações Unidas”, destacou o NDB em nota.

O comunicado também lembrou que, durante seu governo, Dilma promoveu o respeito à soberania dos países e a defesa do multilateralismo, desenvolvimento sustentável, direitos humanos e paz. O texto ressaltou que a ex-presidente expandiu a cooperação com vários países da América Latina, África e Ásia, participou da fundação do NDB em 2014 e teve presença decisiva no Acordo de Paris sobre o meio ambiente em 2015.

Desafios

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a futura presidente do Banco do Brics terá oportunidade de ampliar a inserção internacional na instituição, mas enfrentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de projetos de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.

Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

Edição: Nádia Franco

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ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde

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Proibição entra em vigor no dia 29 de março

Plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 32 planos de saúde de oito operadoras por causa da grande quantidade de reclamações nos últimos três meses de 2022.

A proibição do ingresso de novos clientes nesses planos entra em vigor no dia 29 de março, e terá duração de três meses.  De 1º de outubro de 2022 a 31 de dezembro de 2022, a ANS recebeu 42.043 reclamações, que tratam de descumprimento dos prazos máximos para consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.

No total, os planos suspensos atendem 436.526 usuários.

A agência autorizou o retorno da venda de sete planos de duas operadoras, por não apresentarem mais risco de falhas na assistência à saúde aos beneficiários.

A ANS faz um monitoramento e avaliação das operadoras a partir das queixas registradas pelos usuários. Os planos com grande quantidade de reclamações têm a venda suspensa e são reavaliados trimestralmente. Aqueles que sanarem as falhas são liberados a comercializar novamente.

 

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