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Ministro decide que arma de fogo não deve ser usada por policiais contra pessoas desarmadas
Outra portaria institui o Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força (CNMUDF), para monitorar e avaliar a implementação das políticas relativas ao uso da força por profissionais de segurança pública

Ricardo Lewandowski disciplina uso de arma de fogo por policiais. Foto: Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou nesta sexta-feira (17) três portarias para tentar reduzir e monitorar a letalidade policial e combater a criminalidade.
Uma das portarias regulamenta o uso da força por policiais, numa atualização do decreto publicado no mês passado pela pasta. O texto define as diretrizes para abordagens e para o uso de instrumentos com menor potencial ofensivo.
Entre as principais orientações, está a que prevê que armas de fogo só devem ser usadas como último recurso pelos policiais. O decreto também diz que “não é legítimo” o uso delas contra pessoas desarmadas em fuga ou veículos que desrespeitem bloqueios policiais em via pública, com exceção de casos em que haja risco ao profissional de segurança ou a terceiros.
A norma também orienta sobre o uso da força policial e como ela deve ser empregada: de forma diferenciada, com a “seleção apropriada do nível” a ser aplicado e minimizando o uso de meios que possam causar “ofensas, ferimentos ou mortes”.
Outra portaria institui o Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força (CNMUDF), para monitorar e avaliar a implementação das políticas relativas ao uso da força por profissionais de segurança pública.
O órgão vai produzir relatórios com análises e orientações para reduzir a letalidade policial, estimular estatísticas, elaborar orientações para programas visando o controle da força policial e articular com entidades da sociedade civil.
A última portaria cria o Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado. O objetivo, entre outros, é mapear a atuação, os vínculos e as atividades econômicas de organizações criminosas, agilizar os processos de identificação e retomada de bens desses grupos e definir um plano anual de operações visando combater esses criminosos.
A instituição do núcleo antecipa a centralização que o governo federal pretende fortalecer no combate à criminalidade com a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
“Para que não se diga que é algo contra os policiais. É a favor dos policiais. Porque dá firmeza e segurança ao profissional nas diversas situações em que ele se encontra no desempenho de suas atividades”, declarou Lewandowski em coletiva de imprensa após a assinatura dos documentos.
O ministério também pretende oferecer cursos de capacitação em 110 edições para 4,5 mil profissionais de segurança, que atuariam como “multiplicadores” desse treinamento em seus respectivos Estados.
“O que pretendemos é estimular a edição, pelos mais distintos órgãos de segurança pública, de atos normativos disciplinando o uso da força policial, sempre nas respectivas competências”, afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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