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Brasil

Ministério libera R$ 125 milhões para tratamento de crianças com microcefalia

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Outros R$ 10 milhões serão destinados à pesquisa e à criação de bancos de de amostras virais.

 G1

Brasil tem 2.542 casos confirmados da malformação (Foto: Felipe Dana/AP)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (30) o investimento de R$ 135 milhões em pesquisas e centros de reabilitação para estimulação de crianças com microcefalia e outras alterações associadas ao vírus da zika. O anúncio foi feito durante o encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika) no centro de Brasília.

Do total, serão investidos R$ 114,3 milhões para reabilitação de crianças com microcefalia, e R$ 10,9 milhões serão destinados à formação de 51 equipes de apoio à Saúde da Família com atuação em estimulação precoce. Os demais R$ 10 milhões irão para a pesquisa e criação de bancos nacionais de amostras de vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.

De acordo com o ministro, o Brasil tem 2.542 casos confirmados de crianças com microcefalia e “80% delas já estão sendo atendidas em centros de reabilitação”. As mães recebem um salário mínimo por mês (R$ 880) de auxílio. “A diferença é que estamos ampliando esse serviço e incluindo a estimulação precoce”, completou Barros. Atualmente há 4.152 casos da doença sendo investigados.

“Estamos fazendo uma série de iniciativas integradas com a iniciativa privada e isso é muito importante, porque pesquisas feitas por essas empresas, somadas às da área pública, nos ajudam muito no processo.”

Sobre a contaminação pelo vírus da zika, o ministro destacou a redução no número de casos confirmados. Entre o dia 1º de janeiro e 25 de março foram identificadas 90.281 contaminações contra 941.130 casos registrados no mesmo período do ano passado.

Segundo Barros, a queda deve-se a um série de fatores. “Clima, mobilização social e as pessoas se protegendo, além da distribuição de repelentes que conseguimos para as grávidas do Bolsa Família.”

No espaço do encontro, estandes de empresas e institutos de pesquisa nacionais e internacionais exibiam tecnologias e alternativas práticas de combate à proliferação do aedes aegypti. Entre as inovações, o instituto canadense Green Lid apresentou um vaso de plantas biodegradável que funciona como armadilha para os mosquitos.

Sem vacina

Sobre a indisponibilidade de vacinas em alguns postos de saúde do país, o ministro afirmou que “não há falta de vacina para as áreas de recomendação” e que os próximos investimentos devem suprir uma demanda espontânea pela imunização.

“As vacinas estão à disposição. O que existe, por conta da divulgação, são brasileiros indo voluntariamente tomar a vacina.”

Segundo Barros, somente no Rio de Janeiro, a demanda por vacinas contra a febre amarela aumentou desde o surto. “O secretário [Luiz Antônio Teixeira] me disse que costumava vacinar 4,5 mil pessoas por mês e agora está vacinando 6 mil por dia.”

“Estamos aumentando os estoques de vacina nos municípios para atender à demanda espontânea e fazendo ações de prevenção em áreas onde ainda não há riscos concretos de contaminação.”

Governos e prefeituras devem-se reunir com Ricardo Barros para elaborar planos de atuação em municípios desassistidos. “Vamos aguardar as informações dos municípios para atender as regiões que não estão em área de risco, mas tem demanda pela vacina. Talvez tenhamos que fracionar os estoques

Febre amarela

O ministro participou de reunião emergencial na manhã desta quinta (30) com representantes da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) para tratar sobre o investimento de R$ 19 milhões em ações de vacinação contra a febre amarela.

A medida foi publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29). O valor total do repasse será de R$ 19.227.422,73 e vai beneficiar a população de cinco estados. Até o dia 17 de março, foram confirmadas 144 mortes e 448 casos de contaminação.

Os recursos serão destinados a municípios da Bahia (R$ 1.899.116,47), Espírito Santo (R$ 2.514.598,32), Minas Gerais (R$ 10.741.705,61), Rio de Janeiro (R$ 2.367.261,23) e São Paulo (R$ 1.704.741,10).

O ministério não informou quando os recursos serão aplicados até o fechamento desta reportagem.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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