Brasil
Ministério da Educação lança Canal Educação e Canal Libras
Objetivo da programação é atingir estudantes desde o ensino infantil

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participam do lançamento do Canal Educação e do Canal Libras, no Palácio do Planalto.
O governo federal lançou, nesta terça-feira (26), dois canais voltados para a área educacional: o Canal Educação e o Canal Libras, voltado para quem fala a Língua Brasileira dos Sinais. O lançamento contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O Canal Educação será transmitido em televisão aberta digital em multiprogramação nas capitais onde a TV Brasil possui transmissoras (2.3 no Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Luís; e 1.3 em São Paulo). A programação também estará disponível na TV por assinatura e por meio de satélite para escolas com antena parabólica.
O Canal Libras será transmitido prioritariamente pela internet, mas alguns programas serão retransmitidos pelo Canal Educação.
De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o novo canal de Libras tem como objetivo a inclusão da população surda. Para ele, os canais trarão mais qualificação para os estudantes brasileiros. “Nós temos de agregar valor àquilo que nós temos e como fazê-lo? Através do conhecimento”, disse. “Cada jovem brasileiro é uma pedra que precisa ser lapidada”, concluiu.
Programação
Na grade do Canal Educação estarão programas destinados a elevar a taxa de alfabetização nacional e universalizar a educação, além de produtos que vão auxiliar na capacitação de professores e gestores escolares. Entre os programas estão: Fala Cientista, Que Invenção É Essa? e Caminho da Escola, entre outros. “Serão conteúdos variados como aulas remotas, preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio [Enem], documentários, programas educativos e culturais de qualidade”, disse o ministro da Educação, Victor Godoy.
O Canal Libras terá uma grade especialmente dedicada à comunidade surda, desde a educação infantil até o ensino superior. Um dos programas será o Bate-Papo em Libras, que terá como entrevistada a primeira-dama Michelle Bolsonaro. “A utilização das Libras é uma forma de garantir a identidade das pessoas surdas e contribuir para a valorização e reconhecimento da cultura surda”, disse a primeira-dama, em um discurso todo feito na Língua Brasileira dos Sinais. Segundo o apresentador do programa, Nelson Pimenta, o programa será uma conversa que, em vez da fala, utilizará as mãos e terá como entrevistados surdos e ouvintes.
De acordo com Pimenta, o intérprete na “janelinha” acaba não estimulando a comunidade surda a assistir a um programa, o que deve mudar a partir do momento em que ela verá um apresentador que “fala a sua língua” na TV. “Às vezes achamos que usando a língua de sinais você vai segregar, mas não. Usamos a língua própria e isso precisa ser respeitado”, conta, na língua de Libras, Nelson Pimenta.
Canal Libras é um marco para a comunidade surda
O diretor-geral do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Paulo Bulhões, acredita que essa foi uma grande conquista para a comunidade surda. Segundo ele, anteriormente, houve algumas tentativas de estabelecer um canal voltado para a comunidade surda, mas elas acabaram tendo fim. Mesmo assim a abrangência era menor do que ao alcance do Canal Libras. “Tem criança no interior sem internet, só com canal via satélite. A pessoa na roça, ela conseguirá assistir ao canal”, comentou, em Libras.
De acordo com o professor doutor em linguística pela Universidade de Brasília (UnB) Messias Ramos, a acessibilidade em telas tem de ser difundida. Esse é um direito para que a comunidade surda possa estar em pé de igualdade com os demais. Segundo ele, a maioria das redes privadas precisam se adaptar ao quesito acessibilidade. “Muitas vezes o surdo perde a informação porque a TV não tem. É um sonho você trazer a TV e vê-la toda acessível”, comemora.
Participação da EBC
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) vai participar deste projeto, com atrações produzidas por sua equipe, como o programa semanal de entrevistas Falas da Educação, que trará especialistas para debater as melhores práticas para a educação, e o Bate-papo em Libras.
Para as gravações, serão utilizados os estúdios da EBC em Brasília (DF), no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). A equipe também deve se deslocar por todo o país para produção de material.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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