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México extradita filho de ‘El Chapo’ para os EUA

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Ovidio foi preso em 2019

Washington o acusa de ‘narcotráfico, lavagem de dinheiro e outros crimes violentos’

O México extraditou nesta sexta-feira (15) para os Estados Unidos Ovidio Guzmán López, vulgo “El Ratón”, filho do narcotraficante Joaquín “Chapo” Guzmán, anunciou o secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland.

As autoridades mexicanas o acusam de crimes contra a saúde pública e de portar armas de fogo, mas também o investigam por relações com organizações criminosas.

Ovidio Guzmán já havia sido preso, em 17 de outubro de 2019, em Culiacán, mas foi libertado por ordem do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que defendeu sua decisão afirmando que evitou um banho de sangue quando militares foram cercados por pessoas armadas.

“Como resultado da cooperação entre as forças de ordem do México e dos Estados Unidos, Ovidio Guzmán López, líder do cartel de Sinaloa, foi extraditado para os Estados Unidos”, informou Garland.

Washington o acusa de “narcotráfico, lavagem de dinheiro e outros crimes violentos”, informou em nota Liz Sherwood-Randall, assessora de Segurança Nacional da Casa Branca.

Aos 33 anos, Guzmán é considerado o chefe da Los Menores, uma facção do Cartel de Sinaloa, fundado há quatro décadas.

É o mais conhecido entre os “Los Chapitos”, um clã formado com seus irmãos Joaquín, Iván Archivaldo e Jesús Alfredo Guzmán.

Após a prisão e a condenação à prisão perpétua de El Chapo nos Estados Unidos, seus quatro filhos herdaram a liderança do cartel de Sinaloa.

Ovidio é também chamado de El Ratón, apelido que seu pai lhe teria dado, segundo uma composição que lhe foi dedicada pelo conjunto musical Codigo FN.

Na música Soy el Ratón, ele é descrito como um chefe muito inteligente, de “sangue quente” e apaixonado por carros de luxo.

A agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) considera o Cartel de Sinaloa o principal responsável pelo tráfico de fentanil.

Essa droga, 50 vezes mais potente do que a heroína, causou boa parte das 109 mil mortes por overdose em 2022 no país, segundo dados preliminares dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Sherwood-Randall insistiu que o governo do presidente Joe Biden usará todas as ferramentas disponíveis para “combater energicamente o flagelo mortal do fentanil e outros narcóticos que estão matando tantos americanos”.

E isso significa colaborar estreitamente com o México, de onde vem a maior parte do fentanil que entra no país.

Segundo Washington, os cartéis mexicanos negociam a venda e a importação de produtos químicos da China com os quais fabricam esse opioide.

A crise do fentanil levou, há meses, um grupo de congressistas republicanos dos EUA a apelar para que os cartéis fossem designados como grupos “terroristas”, a fim de combatê-los onde quer que estejam.

O México protestou e, após idas e vindas de autoridades, a tempestade diplomática se acalmou.

Ovidio Guzmán foi preso em janeiro no México, em uma operação que deixou 29 mortos, incluindo dez militares e 19 supostos criminosos, quando membros do Cartel de Sinaloa tentaram resgatar seu chefe. Garland elogiou “a bravura incrível” das forças de segurança americanas e mexicanas, bem como dos militares.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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