Acre
Menino de ouro!
Manoel Façanha e Luciano Tavares
O goleiro Weverton foi o grande herói da seleção brasileira na vitória sobre a Alemanha na disputa por pênaltis na final do futebol neste sábado e o Brasil levou o ouro. Ele é o segundo acreano medalhista numa Olimpíada. O primeiro foi Carlão, da seleção de vôlei nos jogos de Barcelona em 1992, que, assim como o arqueiro da Seleção Brasileira Olímpica, levou o ouro.
O goleiro do Atlético Paranaense defendeu um pênalti e o Brasil venceu a Alemanha por 5 a 4.
Outra marca de Weverton em relação ao Acre é que ele é o terceiro acreano a defender o Brasil numa disputa de Olimpíadas. O capitão do Vôlei Carlão foi o primeiro e a jogadora de futebol de campo Sônia Roque, que disputou os Jogos Olímpicos de Atlanta/Estados Unidos, em 1996, a segunda. Ela, porém, não conseguiu ganhar medalha naquela edição dos Jogos porque o Brasil ficou em quarto lugar ao perder para a seleção da Noruega.
Aos cinco minutos do primeiro tempo, Weverton foi exigido pela primeira vez ao ter que tirar a bola da área do Brasil com os pés após tentativa de ataque dos alemães.
Aos 30 da etapa inicial, o acreano fez duas belas defesas seguidas salvando o Brasil. Mas aos 13 do segundo, Weverton levou gol dos alemães por causa de uma falha de marcação da defesa brasileira. Foi o único gol sofrido por ele nas Olimpíadas.
Conheça o goleiro Weverton
Nascido no Acre e revelado pelas mãos do ex- técnico Illimani Suares, o nome do goleiro Weverton Pereira da Silva, 28 anos, foi convocado para a seleção olímpica em substituição ao palmeirense Fernando Prass.
Menino pobre da periferia de Rio Branco chegou ao Juventus-AC pelas mãos do treinador e ex-goleiro Illimani Suares, antes havia passado por algumas escolinhas de futebol como o Recriança, inclusive atuando como atacante. Foi lapidado e aos 16 anos estreou no profissionalismo vestindo a camisa do AC Juventus, em 2004.
Um ano depois, na disputa da Copa São Paulo de Juniores, o arqueiro apareceu nacionalmente. Weverton foi o principal destaque na vitória apertada do Corinthians sobre o Juventus por 1 a 0. O acreano pegou tudo naquela memorável partida do dia 5 de janeiro de 2005. Espantados com a atuação do acreano, os dirigentes do clube Paulista do Parque São Jorge o convidaram para teste.
Aprovado nos testes, Weverton ficou no Corinthians por mais de dois anos e ainda chegou a integrar o time alvinegro do Parque São Jorge na conquista do título da Série B 2008. No entanto, como não era aproveitado pelo então técnico corintiano Mano Menezes – oscilava entre o terceiro e quarto goleiro (Júlio César, Felipe e Rafael Santos eram os demais) acabou emprestado para o Clube do Remo. O acreano ainda passou por América/RN, Oeste de Itápolis, Botafogo-SP, Portuguesa e Atlético Paranaense, esse desde 2012.
Uma ‘prensa’ de seu ex-técnico
A saudade de casa, sobretudo, da namorada, logo bateu e ele fugiu do CT corintiano para voltar à sua Rio Branco. Poderia ter sido o fim de sua curta história no futebol. Uma ‘prensa’ de seu ex-técnico o recolocou no lugar, no entanto.
“Ele estava decidido a ir embora. Falei, então: ‘meu filho, mulher tem em todo canto, pense um pouco, ponha a cabeça no lugar e veja onde você mora’. Sempre foi um menino humilde, a família também era, moravam num bairro extremamente pesado”, relembra o treinador Illimani Suares, que o acompanhou na vinda para São Paulo, ao ESPN.com.br.
“Perguntei: ‘o que você vem fazer na baixada? Será mais uma vítima de tudo ali. Seja um pouquinho mais forte, esse negócio de saudade de mamãe, papai, namorada, depois você terá condição de matar de maneira salutar”, prossegue.
E é o que acontece hoje: a mãe, por exemplo, mora ao seu lado em Curitiba.
‘Atacante’ Weverton
A boa saída de bola e a cobertura dos zagueiros (falso líbero) chamam atenção da comissão técnica brasileira. O jogador justifica isso ao fato de, ainda garoto, atuar como atacante. “Eu era atacante e vem aquela velha história de que faltou goleiro, tinha que botar alguém pra jogar no gol, eu fui e arrebentei no gol. Um olheiro do Juventus-AC me viu jogar, me chamou. Eu comecei de 9, fazendo gol. Mas como eu fui muito bem no gol, ficou a dúvida. Para mim era diversão, mas virou verdade e eu estava no Corinthians como goleiro. Minha grande vontade era ser atacante.”
No início da carreira, o goleiro Weverton teve como ídolos os goleiros Marcos e Dida, não somente pelas duas ‘muralhas’ que eram em suas balizas, mas pela personalidade e o carisma. Outro nome citado pelo acreano diz respeito ao goleiro Rogério Ceni, ora pelas boas defesas, ora pela qualidade com a bola nos pés, isso sem falar das centenas de gols em cobranças de faltas e penalidades.
A respeito da personalidade de jogar com os pés, ele disse que a chegada do treinador Paulo Autuori ao Atlético Paranaense contribuiu para usar mais essa ferramenta de sair jogando com os pés.
FRASES
“Eu me sinto à vontade jogando com os pés”
“A gente corre mais na subida. Quem está no centro, corre na reta. Nós, do Norte, temos que provar mais, mostrar ser mais capaz que os demais…”
Clubes: Atlético-PR, Corinthians, Clube do Remo, Oeste, América-RN, Botafogo-SP e Portuguesa.
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Acre
TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional
Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem
A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.
De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.
Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.
Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.
O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.
Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.
Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.
Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001
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Acre
Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco
Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes
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Acre
Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

Foto: Instagram
A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.
O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.
Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.
Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.





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