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Medidas alternativas deixam produtores otimistas com a safra de café 2025 apesar da estiagem em Rondônia
O governador de Rondônia, Marcos Rocha enfatizou que, o governo do estado tem impulsionado o setor através dos vários programas de incentivo à produção como o Plante Mais

De acordo com o presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, a realização dos concursos de produtividade e qualidade do café robusta promoveu uma visibilidade ao café de Rondônia, contribuindo fortemente à melhoria dos preços
Com Ematar
O atraso do início do período das chuvas tem provocado expectativas em todos os agentes econômicos, especialmente nos produtores rurais, e entre eles, os produtores de café, que têm motivos de sobra para se preocupar com a estiagem severa que o estado de Rondônia está enfrentando. No entanto, a alternativa pode vir da tecnologia disponível e orientada pelo governo de Rondônia. A Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), acompanha a crise hídrica e vem orientando os cafeicultores com técnicas e soluções capazes de reverter em benefícios, o quadro de dificuldades com a seca extrema.
Em tempos de normalidade climática, no mês de agosto, os cafezais explodem em uma profusão de flores e aromas que encantam pela beleza e enchem os produtores de esperança para a nova safra. Neste ano, no entanto, ficou frustrada esta expectativa, com o agosto mais seco que se tem notícia no estado. Somente na segunda semana de setembro é que se teve chuva, ainda assim, foram pancadas ocasionais e localizadas em parte de alguns municípios, revela o levantamento da rede de pluviômetros monitorada pela Emater-RO; chuva forte mesmo somente no distrito de Izidolândia, no município de Alta Floresta d’Oeste, onde a precipitação foi de 32,5 milímetros.
A boa nova é que o preço do café continua em alta e com boa perspectiva de continuar assim, é o que se observa nas ofertas de preços no mercado futuro, nas principais bolsas do mundo. Preços do arábica flutuando em torno de 300 dólares americanos, por saca de 60 quilos, para entrega no período entre março e setembro de 2025, segundo os dados da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).
O engenheiro agrônomo, Alexandre Venturoso, extensionista da Emater-RO na região da Zona da Mata, Rolim de Moura e municípios do entorno, evidenciou que, os produtores da região estão entusiasmados especialmente com os preços que o café Robusta vem alcançando, em torno de R$ 1.500 a saca, o que tem motivado os produtores a investirem em tecnologia de fertilização e irrigação das lavouras.
Irrigação consciente
A irrigação por gotejo ou microaspersão atende a necessidade da planta com menor volume de água
Um observador menos atento pode questionar a determinação dos produtores em irrigar as lavouras, considerando a crise hídrica, no entanto, a decisão de irrigar, via de regra, é uma escolha técnica orientada por especialistas da Emater-RO, que sinalizam os investimentos com base na oferta de água armazenada em reservatórios preexistentes, e desaconselhando a captação a fio d’água (captação diretamente no curso natural do manancial), explica Antônio Dias, engenheiro agrônomo doutor em irrigação e supervisor regional da Emater-RO na região Central do estado.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha enfatizou que, o governo do estado tem impulsionado o setor através dos vários programas de incentivo à produção como o Plante Mais, que forneceu muda de clones de café mais produtivos e o Mais Calcário, gratuitamente ao transporte de calcário, entre a usina e propriedade, criaram melhores condições para a produção, reforçando as medidas que estão sendo orientadas pela Emater-RO, para minimizar o impacto da crise hídrica.
De acordo com o presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, a realização dos concursos de produtividade e qualidade do café robusta promoveu uma visibilidade ao café de Rondônia, contribuindo fortemente à melhoria dos preços, e práticas de mercado mais justas, como a classificação do produto por tipo e bebida, evitando-se práticas draconianas como a venda sem classificação física ou sensorial.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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