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Médicos do Pró-Saúde são notificados para renunciar cargos

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Nem mesmo acabou a briga com os professores e o governador Sebastião Viana trava outra batalha, desta vez, contra um grupo de 52 médicos que defendem na Justiça os seus direitos trabalhistas. Após a decisão da Justiça do Trabalho pela extinção do Pró-Saúde, os profissionais foram notificados para renunciar ao cargo de médico junto ao Pró-Saúde ou à Sesacre. Para o sindicato da categoria a notificação poderá culminar por ferir direito liquido e certo de seus sindicalizados. A Procuradoria Geral do Estado, mesmo entrando com recurso contra a decisão da Justiça do Trabalho, diz que o Pró-Saúde ao notificar os médicos atende a um amparo legal. O caso esbarrou na 2ª Câmara Cível e trás à tona uma velha discussão: a jornada de trabalho desses profissionais.

PARA ENTENDER O CASO:

No dia 07 de julho de 2015, a juíza do Trabalho, Marlene Alves de Oliveira, decidiu por acatar parcialmente o pedido do Ministério Público do Trabalho para o fim de determinar que o Serviço Social de Saúde do Acre – PRÓ-SAÚDE – se abstenha de fornecer profissionais para o cumprimento da atividade institucional do setor da saúde no âmbito das Administrações Públicas Municipais e Estadual do Acre.

Segundo o MPT, a empresa não oferece estrutura de trabalho aos profissionais.

A Justiça deu um prazo de 60 dias para a empresa se regularizar ou abrir concurso público. Condenou ainda, a parte requerida ao pagamento a título de indenização por dano moral coletivo, de R$ 500.000,00.

Atualmente de 6 a 10 mil pessoas estão empregadas pela empresa em todo o estado. O MPT-AC recebeu denúncias de sindicatos e investiga o Pró-saúde desde 2009. Segundo a procuradora do MPT, Marielle Viana Cardoso, o Pró-Saúde foi criado em 2008 para auxiliar o estado e deveria oferecer aos setores da Saúde não apenas profissionais, mas também aparelhos, como máquinas de mamografia, além de outros equipamentos que vão desde macas até seringas. O que não estava ocorrendo.

A NOTIFICAÇÃO DOS MÉDICOS – Após a decisão da Justiça do Trabalho, mesmo o estado tendo entrado com recurso, o Pró-Saúde notificou 52 profissionais médicos para renunciar ao cargo de junto ao Pró-Saúde ou junto à SESACRE.

Começou então uma batalha judicial. O Sindicato dos Médicos do Estado do Acre entrou com mandato de segurança coletivo preventivo com pedido de liminar alegando possíveis atos ilegais e abusivos praticados pelo Secretário Estadual de Saúde e o Superintendente do Serviço Social de Saúde do Acre.

Afirma que o fundamento utilizado foi que os médicos possuem 02 (dois) contratos de 20 (vinte) horas com a Secretaria Estadual de Saúde e outro de 20 (vinte) ou 40 (quarenta) horas com o Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde), e que, em face disso, estariam infringindo vedação legal prevista no art. 168, da Constituição Federal, que veda a acumulação de cargos públicos, exceto nas hipóteses do art. 37, alínea “c”, da CF.

Destaca que os referidos médicos possuem 02 (dois) contratos de 20 (vinte) horas junto à SESACRE e 01 (um) contrato junto ao PRÓ-SAÚDE, que, segundo alega, não é ente da administração direta ou indireta, sendo uma paraestatal que para todos os fins se assemelha a uma empresa privada.

Alega que o quadro de pessoal do PRÓ-SAÚDE é regido pela CLT e que o serviço prestado não é delegado pelo Estado e sim uma atividade privada de interesse público.

LIMINAR FOI NEGADA – O pedido de liminar foi negado pelo desembargador Júnior Alberto, mas a Justiça mandou intimar a parte impetrada e deu o prazo de 10 dias para que preste informação.

O OUTRO LADO:

A PGE – A assessoria de imprensa da SESACRE disse que somente a Procuradoria Geral do Estado falaria sobre o assunto. Procurada, na tarde de ontem, a assessora de imprensa da PGE, Miriane Teles, informou que o órgão foi questionado pelo MPT sobre o ajuste da jornada de trabalho na saúde. Que orientou pelo ponto eletrônico, amparo legal que deve ser cumprido.

Ainda de acordo a assessora existia contratos de médicos com 90 horas o que era além de desumano, fora da lei. O que exigiu a adequação, o atendimento ao amparo legal de não acumulação de funções.

SINDICATO DOS MÉDICOS – A assessoria de imprensa do sindicato dos médicos informou no final da tarde de ontem (20) que a decisão de negação do pedido de liminar já era esperada e que o caso deve ser decidido no julgamento do mérito.

Informou que provocou a Justiça para que essa se manifeste sobre os direitos trabalhistas dos profissionais que o Pró-Saúde, que segundo a assessoria, estaria se recusando a pagar.

Ainda de acordo o Sindicato, a PGE em 2009, se manifestou favorável às contratações através de parecer. A assessoria negou que os contratos ultrapassem às 60 horas permitidas por lei.

JORNADA DOS MÉDICOS É UM ANTIGO DEBATE – De fato, a batalha na Justiça iniciada após a notificação dos médicos expõe um antigo debate sobre a jornada de trabalho desses profissionais, denuncia que segundo o Ministério do Trabalho vem sendo investigada desde 2009.

No relatório, o desembargador Alberto Júnior comenta que os documentos apresentados nos autos, “colhe-se que os médicos mantêm contrato de 40 horas semanais junto ao PRÓ-SAÚDE, o que deixaria disponível apenas mais vinte horas semanais para contratar junto à SESACRE, já que a doutrina e a jurisprudência apontam no sentido de que a jornada de trabalho deve respeitar o limite de 60 (sessenta) horas semanais”

Diz ainda que também não se comprovou que os outros dois contratos que cada um dos médicos mantêm junto à SESACRE somam juntos o total máximo de 20 horas.“E, como se sabe, na acumulação de cargos, mesmo que respeitado o limite de 60 (sessenta) horas semanais da jornada de trabalho, imposta pelo Parecer AGU nº GQ-145, não dispensa a administração pública a submeter-se a outras normas correlatas, tais como a observância do intervalo de descanso entre as jornadas (onze horas) e do repouso semanal remunerado, a fim de preservar a integridade física e mental, com vistas a demonstrar que a acumulação de cargos não interfere na vida profissional e no desenvolvimento de atividades relacionadas à vida privada do servidor. (Nota Informativa CGNOR/DENOR/SRH/MP nº 401/2011)”.

Com informações do ac24horas.com

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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