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Médico acreano morto na Bahia pagava por arma que foi usada pelo suspeito de cometer o crime

Andrade Lopes Santana tinha acertado a compra da arma com o amigo por R$ 12 mil, de forma parcelada. Ele, inclusive, já tinha feito o pagamento de R$ 9 mil e ainda ia pagar uma última parcela no valor de R$ 4 mil.

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O médico Andrade Lopes Santana foi morto no mês de maio — Foto: Reprodução/TV Subaé

Por G1 BA

O médico acreano Andrade Lopes Santana, morto em Feira de Santana, negociou a compra de uma arma com o suspeito de ter cometer o crime, Geraldo Freitas Junior.

O delegado Roberto Leal, coordenador de polícia da região, informou ao G1 nesta quinta-feira (10) que o revólver foi usado para cometer o crime.

O crime

Andrade Lopes foi encontrado morto no dia 28 de maio, no rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a cerca de 120 quilômetros de Salvador.

Ele havia desaparecido no dia 24 de maio, quando saiu de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana, que fica a 23 quilômetros de São Gonçalo dos Campos.

Segundo os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a uma âncora para o corpo não emergir nas águas do rio Jacuípe.

De acordo com Roberto Leal, Andrade Lopes Santana tinha acertado a compra da arma com o amigo por R$ 12 mil, de forma parcelada. Ele, inclusive, já tinha feito o pagamento de R$ 9 mil e ainda ia pagar uma última parcela no valor de R$ 4 mil.

Segundo o delegado, o médico acreano já tinha tomado aulas para se tornar um atirador e aguardava a autorização de posse de arma para pegar o revólver com Geraldo Freitas Junior.

Diretor de hospital prestou depoimento

Um médico, que mora em Salvador e atua como diretor de um hospital na capital baiana, prestou esclarecimentos sobre o caso da morte do amigo dele, o também médico acreano Andrade Santana Lopes, no Complexo de Delegacias em Feira de Santana, na quarta-feira (9).

Conforme relatado por Roberto Leal, o médico foi citado por Geraldo Freitas, no depoimento em que ele confessou o crime, como a pessoa que trocou mensagens com Andrade Santana.

O médico que prestou depoimento, segundo Roberto Leal, apesar de ter confirmado que não é mais amigo de Geraldo Freitas, disse que não falava com o suspeito há mais de um ano e negou ter planejado, com a vítima, a morte do desafeto.

Roberto Leal explicou que o motivo da briga entre os dois médicos, de acordo com o depoimento do diretor da unidade de saúde, foi o fato de o suspeito ter comprado uma caminhonete no nome dele, porque não tinha nome limpo no Serasa, e não ter efetuado o pagamento acordado.

O delegado ainda informou que o médico que prestou depoimento era amigo de Andrade Santana, mas que ele informou que as mensagens, enviadas para a vítima, não faziam menção alguma ao suspeito. O celular de Andrade foi encaminhado para perícia.

Tiro foi acidental e não houve ‘premonição’

Preso suspeito de matar médico na BA foi o amigo que registrou desaparecimento na delegacia — Foto: Aldo Matos / Acorda Cidade

Na quarta-feira, ao G1, a defesa do homem que foi preso por matar o médico acreano Andrade Lopes Santana, de 32 anos, disse que o crime não foi provocado por nenhum tipo de premonição. O advogado Guga Leal afirmou que o cliente, que também é médico, não tinha a intenção de matar, mas a polícia acredita que houve premeditação.

Em depoimento à polícia, Geraldo Freitas Junior, teria contado que uma guia espiritual avisou que ele seria assassinado por dois colegas de profissão. O advogado Guga Leal revelou que a suposta guia em questão é a mãe do suspeito.

Guga Leal confirma que a mulher teve um sonho meses antes do ocorrido e comentou com o filho, como um alerta, mas garantiu que isso não tem a ver com a morte de Andrade.

O delegado Roberto Leal informou que ao menos seis pessoas foram ouvidas a respeito desse caso. A polícia apura se há outros envolvidos e ainda tem outras oitivas pendentes. Além disso, são esperados os resultados de laudos periciais para a conclusão do inquérito.

Para o delegado, Geraldo levou Andrade para o meio do rio de propósito, para cometer o crime. Entre os fatores apontados para comprovar a linha investigativa estão o fato de o suspeito estar armado e ter levado uma âncora para o local do passeio, no rio Jacuípe.

Suspeito estudou com vítima

Dormitília Lopes visitou o filho Andrade Santana, na Bahia, no final de 2019 — Foto: Arquivo da família

Geraldo estudou medicina com Andrade, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar.

Antes de ser apontado como suspeito do crime, Geraldo Freitas recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo. O homem também foi o responsável por registrar o desaparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana.

Confira mais notícias do estado no G1 Bahia.

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EUA oferecem recompensa milionária por Maduro

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Denúncia de 2020 afirma que ditador da Venezuela praticou terrorismo internacional e tem envolvimento com o narcotráfico

Por: Revista oeste

Em março de 2020, o então procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, acusou o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por terrorismo internacional e associação ao narcotráfico. Depois da apresentação da denúncia, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões para quem capturar Maduro. Também o governo prometeu US$ 10 milhões pela prisão de Diosdado Cabello, então ex-presidente do Parlamento venezueano.

Dessa forma, a Venezuela passou a integrar a lista norte-americana dos países que apoiam o terrorismo. Fazem parte do rol a Coreia do Norte, o Irã, o Sudão e a Síria.

Segundo a denúncia, nos últimos anos a Venezuela enviou aos EUA entre 200 e 250 toneladas de cocaína. “A intenção de Maduro era inundar os EUA com drogas”, disse o então procurador. “Ele usou a cocaína como arma.”

Conforme os EUA, existe uma parceria “narcoterrorista” consolidada nas últimas décadas entre a Venezuela e integrantes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Por meio desse apoio, o grupo colombiano transformado em partido político em 2017, mas que ainda tem dissidentes dedicados ao crime, passava carregamentos de cocaína pela fronteira com a Venezuela.

Em troca do apoio, as Farc enviavam armas e outros suprimentos para incentivar o terrorismo no país comandado por Nicolás Maduro desde 2013.

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Agentes de segurança de Maduro e a serviço do GSI agridem jornalistas no Itamaraty

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Depois da reunião no Itamaratyagentes de segurança do presidente venezuelano e a serviço do Gabinete de Segurança Institucional da presidência brasileira agrediram jornalistas.

A confusão começou durante uma entrevista de Nicolás Maduro. Os seguranças tentavam impedir a aproximação de profissionais da imprensa. No empurra-empurra, um deles deu um soco no peito da repórter Delis Ortiz. No tumulto, não foi possível registrar imagens do momento da agressão.

As imagens são de logo depois. Outros jornalistas também foram agredidos. O autor da agressão contra Delis Ortiz, segundo testemunhas, é o agente destacado na imagem. Delis Ortiz foi levada para uma sala do Itamaraty, onde recebeu atendimento médico, e está bem.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou a agressão a profissionais de imprensa e afirmou que tomará providências para apurar responsabilidades.

Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou nota em que se solidariza com a jornalista Delis Ortiz e repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas. A nota afirma que todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita.

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Nas redes sociais, Bolsonaro e parlamentares criticam encontro de Maduro com Lula

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Brasília (DF), 29/05/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ditador venezuelano chegou ao Brasil pela primeira vez depois de oito anos e terá ao menos três agendas oficiais com o petista

A chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil desencadeou ataques e críticas nas redes sociais de parlamentares e líderes alinhados à direita. O ditador chegou a Brasília na noite deste domingo (28) para um encontro promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes sul-americanos. A última vez que Maduro esteve no Brasil foi há oito anos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo antigo de Lula para criticar o encontro. Na postagem, o petista aparece dizendo que não ficou mais “radical”, apenas mais “maduro”. No vídeo, há ainda a legenda: “Ninguém vai poder dizer que ele (Lula) não avisou”.

Em 2019, o então presidente editou uma portaria que proibia a entrada de Maduro no Brasil, com a justificativa de que os atos do atual regime “contrariavam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”.

O senador Sergio Moro (União-PR) também criticou a visita de Maduro. Em uma publicação nas redes, Moro chamou o presidente da Venezuela de “ditador sul-americano” e disse que o encontro será um “sinal negativo” para o governo Lula.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compartilhou um vídeo da chegada do ditador venezuelano ao Brasil e afirmou que a recepção “com honraria e continência” do governo brasileiro é o “fundo do poço”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também comentou a notícia. Segundo ele, ao se encontrar com Maduro, Lula “demonstra falta de compromisso com a democracia” e “desrespeita não só os brasileiros, como também os venezuelanos”.

Agenda de Maduro no Brasil

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O ditador venezuelano retornou ao Brasil após oito anos com a promessa de “desenvolver uma agenda diplomática” para reforçar a união dos países da América do Sul. O ditador venezuelano foi convidado por Lula para participar de uma cúpula com os presidentes dos países da América do Sul, que acontece nesta terça-feira (30) em Brasília.

Leia mais: Maduro queria espiões para acompanhar preparação da comida

A princípio, os dois só conversariam na cúpula. Os encontros desta segunda não estavam previstos na agenda oficial de Lula, mas foram confirmados de última hora pelo governo federal. Os presidentes terão duas reuniões no Palácio do Planalto, uma delas reservada, com a participação apenas dos dois.

Também há previsão de que Lula e Maduro assinem acordos bilaterais. Depois, o brasileiro vai oferecer um almoço em homenagem ao ditador e à primeira-dama venezuelana, Cilia Flores de Maduro, no Palácio Itamaraty.

Reunião com líderes

A reunião com líderes está marcada para esta terça-feira (30) e deve contar com a presença de 11 presidentes da América do Sul.

Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Maduro devem tratar de temas das agendas regional — a exemplo da integração sul-americana e da cooperação amazônica — e multilateral, em especial no que se refere aos temas de paz e segurança e mudança do clima. Os dois presidentes também devem conversar sobre as eleições de 2024 que vão ocorrer na Venezuela.

Leia mais: Lula defende Venezuela sob Maduro: ‘Brasil vai restabelecer relações diplomáticas’

Pelas redes sociais, Maduro celebrou a viagem ao Brasil. “Agradeço a calorosa acolhida com que fomos recebidos em Brasília, capital da República Federativa do Brasil. Nas próximas horas estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática que reforce a necessária união dos povos de nosso continente”, escreveu.

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