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Acre

Mantida prisão preventiva de homem que teria orquestrado a morte de morador de rua

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Investigação da Polícia Civil apontou que réu seria beneficiário de um seguro de vida feito em nome da vítima, razão pela qual teria provocado o acidente de trânsito.

Em decisão interlocutória (sem caráter definitivo), o desembargador Samoel Evangelista, membro titular da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, negou o pedido de revogação de prisão preventiva formulado pela defesa de W. P. S. (HC nº 1000743-33.2016.8.01.0000), mantendo, assim, a custódia provisória do réu pela suposta prática do crime de homicídio qualificado.

A decisão, publicada na edição nº 5.650 do Diário da Justiça Eletrônico (DJE, fl. 10), desta segunda-feira (30), considera não haver constrangimento ilegal na manutenção da segregação cautelar do acusado, que se encontra preso desde o dia 11 de maio de 2016 por decisão do Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC), o réu teria supostamente matado a vítima K. S. F. em um acidente de trânsito aparentemente insuspeito, ocorrido nas imediações do bairro Taquari.

No entanto, procedimento investigatório instaurado pela Polícia Civil, após o sinistro, teria apontado que o acusado seria beneficiário de um seguro de vida que a vítima, “morador de rua e usuário de drogas, teria feito”, despertando, por consequência, a suspeita de que o acidente fora, em verdade, premeditado com vistas ao recebimento indevido do valor da apólice.

Dessa maneira, entendendo que a materialidade do crime foi devidamente comprovada, havendo ainda “indícios de autoria” a apontar para W. P., o Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco decretou a prisão preventiva do réu pela suposta prática do crime de homicídio qualificado, a qual foi fundamentada para “garantia da ordem pública” e “aplicação da lei penal”.

A defesa, por sua vez, impetrou HC junto à Câmara Criminal do TJAC, objetivando a revogação, em caráter liminar, da custódia cautelar do acusado, alegando, em tese, que falta fundamentação legal à decisão que determinou a aplicação da medida excepcional.

Decisão

O desembargador Samoel Evangelista (relator), no entanto, ao analisar o caso, rejeitou a argumentação da defesa, assinalando não verificar qualquer ilegalidade na decretação da prisão preventiva do réu.

“A situação descrita na petição inicial, pelo menos em cognição primeira, não configura constrangimento ilegal”, destacou o magistrado de 2 º grau em sua decisão.

No entendimento do relator, é possível concluir que “os pressupostos que autorizam a concessão da liminar requerida não estão presentes” no caso, acarretando, por consequência, o necessário indeferimento da medida postulada pela defesa.

Dessa maneira, o magistrado indeferiu o pedido liminar formulado e manteve a segregação cautelar do acusado pela suposta prática do crime de homicídio qualificado.

O mérito do HC, vale destacar, ainda será julgado de forma colegiada pelos demais desembargadores que compõem a Câmara Criminal do TJAC, que poderão confirmar – ou não – a decisão interlocutória proferida pelo relator.

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Acre

Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre

Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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