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Manoel Urbano: dupla é condenada por esquartejar e decapitar adolescente

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Os réus confessaram o crime, justificando ter sido uma ordem de execução determinada pela liderança da facção

Em janeiro de 2020, toda a sociedade acreana foi impactada por um crime bárbaro ocorrido em Manoel Urbano. Às margens do igarapé São João, um adolescente foi morto de forma violenta e sanguinária durante a madrugada de um domingo. A própria família fez buscas para encontrar o filho desaparecido e o localizaram apenas na tarde da terça-feira.

Segundo os autos, uma dupla abordou a vítima em frente à rádio e o levaram para um local afastado. De acordo com a confissão, lá chegando, informaram que ele ia morrer, pois a liderança da facção havia ordenado a execução, pois, supostamente, ele estava se envolvendo com a mulher de um dos membros.

Os dois réus agiram em conluio, de forma fria e premeditada. O adolescente foi atacado e asfixiado com um “mata leão” até desmaiar, em seguida sofreu perfurações com golpes de faca. Depois de morto, foi esquartejado com um terçado, tendo as partes de seu corpo espalhadas.

“O crime foi cometido de forma cruel, conforme pode ser identificado no modo como a vítima foi encontrada: os membros foram completamente separados de seu corpo, dedos arrancados das mãos, o tronco foi aberto e a parte das vísceras e órgãos retirados. Arrancaram a cabeça e não se sabe ao certo o que foi feito com ela, porque até o momento não foi encontrada”, descreveu a magistrada na sentença.

No próximo mês de julho, um dos réus completa 22 anos de idade, o outro tem 20. Apesar de tão jovens, ambos possuem maus antecedentes criminais, responderam mais de um processo pelo cometimento de atos infracionais, enquanto adolescentes. O primeiro já participou da execução de um adolescente enquanto estava no centro socioeducativo e recentemente foi denunciado pela execução de um casal de adolescentes em Sena Madureira, enterrados em cova rasa.

O Conselho de Sentença compreendeu que houve a configuração das seguintes qualificadoras: emboscada, motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Portanto, essas circunstâncias enquadraram o homicídio em um tipo penal mais grave.  Sobre a ocultação de cadáver, a juíza Ana Saboya assinalou que a intenção era dificultar a solução do crime, “aumentando a dor dos familiares que não puderam fazer um velório digno, em razão da mutilação do corpo”.

Portanto, o Juízo da Vara Única de Manoel Urbano condenou os dois réus por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e por integrarem organização criminosa. O primeiro deve cumprir 25 anos, 8 meses de reclusão em regime inicial fechado e pagar 230 dias-multa. O segundo, 21 anos, 6 meses de reclusão em regime inicial fechado e pagar 20 dias-multa.

Outros dois jovens também foram denunciados por terem participado da ação criminosa, mas foram absolvidos. Aos réus, foi negado o direito de recorrer em liberdade.

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Rio Tarauacá sobe mais de 3 metros em 24 horas e começa a atingir as primeiras áreas da cidade

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O Rio Tarauacá registrou elevação superior a três metros em apenas 24 horas e já começou a atingir as primeiras áreas urbanas do município. A rua Simão Leite Damasceno foi a primeira a ser alcançada pelas águas após a elevação repentina do nível do rio.

De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno, na sexta-feira, 26, o rio estava com 6,64 metros. Na última medição realizada neste sábado, 27, o nível chegou a 9,62 metros, ultrapassando a cota de transbordamento no município, que é de 9,50 metros.

“Estamos acionando toda a nossa equipe para ficar monitorando a situação e, se for o caso, iniciar as ações necessárias”, afirmou o prefeito.

Segundo ele, as equipes da Defesa Civil e da Assistência Social do município estão acompanhando de perto o cenário. A expectativa é que o rio comece a dar sinais de vazante a partir da manhã deste domingo.

VEJA O VÍDEO:

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Defesa Civil emite alerta de alto risco de inundação no Acre neste domingo

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Foto: Sérgio Vale

A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo, 28, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais.

De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios.

Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.

A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.

O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.

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Regularização fundiária beneficia quase 40 mil pessoas e reforça protagonismo feminino

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A entrega de títulos definitivos de propriedade no Acre vai além da garantia documental e representa um impacto social direto para milhares de famílias. Levando em consideração dados do IBGE, que apontam que na região norte a média é de três pessoas por família, o número de títulos entregues pelo governo do Estado alcança um benefício indireto para quase 40 mil pessoas, que passam a viver com mais segurança jurídica, dignidade e acesso a políticas públicas.

A regularização fundiária assegura direitos fundamentais, fortalece a cidadania e possibilita que famílias tenham acesso a crédito, investimentos, herança legal e valorização de seus imóveis. Cada título entregue representa uma transformação concreta na vida de quem há anos aguardava o reconhecimento oficial de sua moradia ou área produtiva.

Esse trabalho segue os princípios da Lei nº 13.465, de 2017, conhecida como Lei da Regularização Fundiária, que trata da regularização urbana e rural em todo o país. A legislação estabelece, de forma clara, a preferência pela mulher no registro do título de propriedade, especialmente quando ela é chefe de família, reconhecendo seu papel central na manutenção e organização do lar.

A escolha do governador Gladson Camelí (PP) e da vice-governadora Mailza (PP) de montar um time majoritariamente feminino para conduzir esse processo no Acre reforça o compromisso com a Constituição Federal e com a promoção da justiça social. À frente do Iteracre está uma mulher, Gabriela Câmara, acompanhada por mulheres em posições estratégicas, como a chefia do cadastro, do patrimônio, do gabinete, da regularização urbana e da regularização rural. Um time forte, técnico e sensível à realidade das famílias acreanas.

Os dados nacionais reforçam a importância dessa política. Segundo o Censo do IBGE 2022, o Brasil registrou cerca de 7,8 milhões de mulheres vivendo com filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes. Esse tipo de composição familiar estava presente em 11,6% das famílias em 2000 e passou para 13,5% em 2022, demonstrando que, a cada ano, mais mulheres assumem a chefia dos lares brasileiros.

Nesse contexto, a política de regularização fundiária executada no Acre ganha ainda mais relevância ao garantir que essas mulheres tenham seus direitos assegurados, promovendo autonomia, segurança e estabilidade para milhares de famílias. A entrega de títulos, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas uma ação concreta de transformação social e valorização do papel da mulher na construção de um Acre mais justo e regularizado.

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