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Mais de 183 mil recenseadores iniciam hoje pesquisa demográfica

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Mais de 89 milhões de endereços serão visitados em todo o país

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Por Alana Gandra

Com o objetivo de levantar dados amplos e confiáveis sobre diversos aspectos da vida dos brasileiros, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza, a cada 10 anos, o censo demográfico.

Com dois anos de atraso por causa da pandemia de covid-19 (em 2020) e falta de recursos (em 2021), os mais de 183 mil recenseadores começam hoje (1°) a colher informações para a 13ª edição do levantamento.

A previsão é de realizar entrevistas em 89 milhões de endereços, nos 5.568 municípios brasileiros, além do Distrito Federal e do Distrito Estadual de Fernando de Noronha.

“É por meio do Censo 2022 que saberemos quantos somos, como somos e de que forma vivemos nas áreas urbanas e rurais do país”, indica o IBGE. A estimativa do instituto é de que a população brasileira some em torno de 215 milhões de habitantes. No último levantamento, em 2010, o país tinha 190,8 milhões de habitantes.

O orçamento do Censo 2022 tem valor confirmado de R$ 2,3 bilhões, dos quais 80% destinam-se à contratação temporária de profissionais: 211 mil pessoas, sendo 183.021 recenseadores, 18.420 supervisores e 10 mil agentes censitários.

De acordo com o IBGE, os resultados do levantamento revelam as tendências e os parâmetros sobre nascimentos, mortes e migração, indispensáveis para a elaboração de projeções, estimativas populacionais e políticas públicas específicas.

O censo é, também, a única fonte de referência nacional para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios, com detalhamento por divisões administrativas de cada prefeitura e, ainda, por áreas urbanas e rurais.

Questionários

O Censo 2022 terá dois tipos de questionários: ampliado e simplificado. O primeiro, também chamado de amostra, terá 77 perguntas e será aplicado a 11% dos entrevistados. Ele leva, em média, 16 minutos para ser respondido. Já o simplificado ou básico, com 26 perguntas, será aplicado aos 89% restantes, e a previsão de duração da entrevista é de 5 minutos.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Dispositivo Móvel de Coleta usado pelos recenseadores – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Assim como em 2010, o levantamento deste ano será colhido totalmente de forma digital. Os recenseadores utilizam um dispositivo móvel de coleta (DMC), que é um computador de mão, semelhante a um aparelho celular.

Para garantir o sigilo das informações, os dados inseridos nos DCMs estão criptografados e têm sistema de proteção. Nem mesmo os recenseadores têm acesso aos dados, depois de inseridos no dispositivo. O IBGE também segue uma política de sigilo e confiabilidade, além ter comitês de ética internos.

O questionário básico traz perguntas sobre identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade e dados da pessoa que prestou as informações.

Já o ampliado investiga também informações sobre trabalho, rendimento, casamento, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.

Três formas de abordagem serão utilizadas para preencher os questionários: presencial, pela internet e por telefone. Mesmo que a pessoa opte por preencher o questionário pela internet, o recenseador irá a casa do entrevistado entregar um código necessário para preencher o questionário. Pelo telefone, ocorre o mesmo processo. No caso da entrevista pela internet, o morador terá sete dias para responder.

Todos os recenseadores do IBGE estão identificados com boné e colete, além do crachá de identificação. Dentro do crachá há um QR Code e o cidadão pode apontar a câmara de celular para esse código, para confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele é, de fato, servidor do instituto.

Também é possível checar a identidade do recenseador pela internet. Basta digitar o número da matrícula que consta no crachá no site do IBGE.

Qualquer dúvida sobre a identificação do recenseador ou preenchimento do questionário pode ser esclarecida pelo telefone (0800-721-8181) ou pelo site Respondendo ao IBGE.

Deficiência e autismo

O levantamento do IBGE também vai investigar dados relativos a deficiência e autismo. A abordagem, prevista em leis específicas, tem o objetivo de produzir informações atualizadas do número de indivíduos com essas características.

A temática será abordada no questionário da amostra e vai permitir padronizar e harmonizar definições, conceitos e metodologias para que seja possível comparar as estatísticas brasileiras com as de outros países. Este será o primeiro censo a tratar de autismo.

Indígenas e quilombolas

Por lei, os povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados, que possuem formas próprias de organização social. Dois povos se distinguem aí: os indígenas e os quilombolas. Estes últimos serão investigados pela primeira vez no Censo 2022.

O IBGE considera que quilombola ou indígena é a pessoa que assim se identifica. Por isso, tanto no questionário destinado aos povos indígenas, como aos quilombolas, a pergunta inicial será “Você se considera indígena?” ou “Você se considera quilombola?”. Se a resposta for positiva, o informante deverá responder ainda o nome de sua comunidade.

Vacinação de crianças indígenas de 5 a 11 anos contra covid-19 na Unidade Básica de Saúde - UBS Aldeia Jaraguá Kwaray Djekupe, no Jaraguá.
Informações confiáveis permitem ao governo desenvolver ações específicas, como vacinação de crianças indígenas – Rovena Rosa/Agência Brasil

A pergunta de identidade étnica para indígenas apareceu pela primeira vez em 1991. No último levantamento, em 2010, houve um aprimoramento da pesquisa sobre essa população, com inclusão de perguntas sobre pertencimento étnico e línguas indígenas faladas.

De acordo com os técnicos do instituto, houve uma evolução na caracterização demográfica, étnica e linguística da população indígena, que gerou demandas por informações mais detalhadas sobre as comunidades tradicionais.

Também foi possível comparar a população em terras indígenas oficialmente delimitadas com a que reside fora delas, através da compatibilização das malhas censitárias com os limites dessas localidades, o que permitiu divulgar dados sobre esses povos com recortes para grandes regiões, estados e municípios.

Em todas as localidades indígenas e quilombolas brasileiras, os recenseadores realizarão uma reunião de abordagem com a liderança comunitária antes de iniciar a coleta de dados, para apresentar o levantamento às lideranças e esclarecer eventuais dúvidas.

O Censo 2022 traz outra novidade, que é o questionário de abordagem em agrupamento indígena. Ele deverá ser aplicado na reunião de abordagem com as lideranças comunitárias e, de preferência, antes do início da coleta domiciliar.

Esse questionário trará identificação de dados de infraestrutura, recursos naturais, educação, saúde e hábitos relativos àquela aldeia ou comunidade. O mapeamento dos agrupamentos foi um desafio, indicou o IBGE. Isso se explica porque as informações cartográficas de referência são escassas e grande parte das localidades está em áreas remotas.

São Jorge (GO) - O Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que começou no último fim de semana termina no domingo (28), tem uma agenda política reivindicada pelos povos tradicionais. Está previsto na programação, o 2º
O Censo 2022 será o primeiro a investigar dados sobre as comunidades tradicionais quilombolas – Marcello Casal JrAgência Brasil

No caso dos povos indígenas, foram definidos como setores censitários as terras oficialmente delimitadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e os agrupamentos domiciliares, mapeados pelo IBGE, que são áreas contíguas com concentração de domicílios.

No caso das comunidades quilombolas, foram considerados os territórios quilombolas delimitados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelos institutos estaduais de Terras.

Também foram mapeados os agrupamentos identificados pelo IBGE e outras localidades não definidas em setores censitários, que vieram a constituir Áreas de Interesse Operacional (AIOs) quilombolas. Somando as fontes, o Instituto identificou 5.972 localidades desse tipo no país.

Aglomerados

No Censo 2022, o conceito de aglomerado subnormal, que inclui comunidades, favelas e palafitas, foi mantido e aprimorado com uso de imagens de satélites de alta qualidade, além de contato com as prefeituras e trabalho de campo.

Será possível também comparar as informações obtidas com dados do Censo 2010. O IBGE esclareceu que um aglomerado subnormal, para ser identificado, tem de ser, necessariamente, uma ocupação irregular, ou seja, uma construção em terrenos de propriedade alheia, seja pública ou particular, no momento atual ou em período recente.

Deve mostrar ainda precariedade de serviços públicos essenciais – como esgotamento sanitário, coleta de lixo, abastecimento e tratamento de água ou fornecimento de energia elétrica; ou urbanização fora dos padrões vigentes expressa por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos.

Etapas anteriores

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
IBGE fez teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os testes do Censo 2022 foram iniciados pelo IBGE em 2018, seguindo-se etapas em 2019, realizadas em Censos Pilotos em algumas cidades, com a utilização de meios de coleta presencial (por meio do recenseador), com uso do dispositivo móvel de coleta (DMC) e autopreenchimento online, com cadastro do e-mail do morador por meio do dispositivo móvel de coleta (DMC). Os resultados mostraram que 99,3% preferiram responder na abordagem presencial e optaram 0,7% pelo preenchimento remoto.

Foram feitos ensaios finais para a realização da operação censitária, por meio do Censo Experimental, em todo o município de Poços de Caldas (MG) e em alguns setores censitários das cidades de General Sampaio (CE), Jatobá (PE), Petrolândia (PE), Tacaratu (PE), Rio de Janeiro (RJ), Ermo (SC), Bujari (AC), Restinga Seca (RS) e Porto Alegre (RS), entre outros, onde foram visitadas, inclusive, localidades indígenas e quilombolas, além de aglomerados subnormais.

Os testes de campo foram interrompidos devido à pandemia de covid-19. Por isso, em novembro de 2020, o IBGE efetuou teste remoto com o intuito de avaliar a possibilidade de uso da abordagem por telefone como alternativa de coleta de dados no Censo. Em setembro do ano passado, o Instituto voltou a campo no Teste de Paquetá, no Rio de Janeiro, aproveitando que os moradores dessa ilha estavam vacinados.

O IBGE informou ainda que outra etapa de preparação da coleta do Censo Demográfico 2022 foi o Teste Nacional do Censo, realizado em novembro de 2021, em 27 localidades do país. Os objetivos do teste foram ajustar as funcionalidades presentes nos sistemas; testar os equipamentos em condições reais de campo; testar a investigação inédita do autismo na entrevista presencial; testar o questionário de abordagem em agrupamento indígena e, também, os modelos de coleta.

PPE

A Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE) constitui uma das etapas do Censo Demográfico 2022. O objetivo central é fornecer recursos para avaliar a cobertura e a qualidade da coleta da operação censitária. A PPE será realizada entre agosto e dezembro de 2022 em 4.795 setores censitários selecionados, contemplando uma amostra de cerca de 1,5% dos setores do censo.

O IBGE deixou claro que a PPE 2022 não corrige eventuais falhas de cobertura do levantamento, mas ajuda a apurar onde elas ocorrem. Por isso, os resultados da PPE são essenciais e contribuem para a maior transparência dos resultados.

A PPE é usada ainda para identificar áreas que requerem maior atenção em operações futuras e fornece subsídios para os trabalhos de elaboração das estimativas e projeções populacionais. O trabalho de coleta da PPE se inicia quando setores censitários selecionados estiverem completamente coletados e supervisionados pelo censo demográfico.

Digital

O primeiro censo do mundo com coleta inteiramente digital foi realizado pelo IBGE em 2010. Isso fez com que o instituto fosse um dos dez premiados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a organização não governamental (ONG) francesa pelo desenvolvimento da sociedade digital Netexplorateur.

Império

O primeiro levantamento de dados sobre os brasileiros foi em 1872 e registrou população de 9,9 milhões de habitantes. Foram recenseados todos os moradores em domicílios particulares e coletivos e que se encontravam na residência na data de referência do levantamento que foi há exatos 150 anos, em 1º de agosto de 1872.

À época, o levantamento considerou cor, sexo, estado civil, nacionalidade, ocupação, religião, estado civil e se a pessoa era escrava ou livre.

Já o primeiro Censo da República data de 1890 e teve os últimos resultados publicados em 1900. O primeiro censo a usar a técnica de amostragem no Brasil ocorreu em 1960. O Censo 2022 será o 13º do país e o 9º realizado pelo IBGE. O Recenseamento Geral de 1940 foi o primeiro feito pelo Instituto.

Edição: Denise Griesinger

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Em mais uma edição do programa Juntos pelo Acre, governo do Estado leva saúde, cidadania e bem-estar social para 10 mil moradores da Cidade do Povo

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A comunidade da Cidade do Povo, o maior conjunto habitacional de casas populares de Rio Branco, foi a localidade que durante todo este sábado, 27, recebeu um evento de grande relevância social: mais uma edição do programa Juntos Pelo Acre, promovido pelo governo do Estado e parceiros.

Cerca de 10 mil pessoas foram atendidas na passagem do Juntos Pelo Acre na Cidade do Povo. Foto: Diego Gurgel/Secom

Com a presença do governador Gladson Cameli, cerca de 10 mil pessoas foram atendidas e participaram das atividades oferecidas ao longo do dia. O programa, que já completou um ano de sucesso, tem como objetivo principal promover a integração entre o governo e a comunidade, buscando eliminar as causas de mazelas sociais e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Diversos serviços foram oferecidos durante o Juntos Pelo Acre, incluindo a expedição de documentos, aplicação de vacinas, consultas médicas, atendimentos jurídicos, psicológicos e assistência social para mulheres através do Ônibus Lilás, além de atividades de cultura, esporte e lazer para as crianças.

Para o governador Gladson Cameli, este é um momento de cidadania e estar próximo da população. Foto: Diego Gurgel/Secom

“É fundamental mostrar que o Estado está mais próximo das pessoas. A Cidade do Povo abriga cidadãos que contribuem para impulsionar a economia e que são tão dignos quanto qualquer outro. Devemos enfrentar e diminuir as desigualdades sociais. Estamos aqui para ouvir o público, entender suas necessidades e agradecer toda a equipe que está presente neste sábado, contribuindo para melhorar efetivamente a vida das pessoas”, destacou o governador.

O evento contou com a participação de 20 secretarias de governo, além da Polícia Militar e diversos outros órgãos do Estado, destacando a redução significativa nos índices de violência na região nos últimos sete meses. Segundo dados fornecidos pela PM, não houve registro de mortes intencionais no bairro nesse período, e houve uma redução de 30% nos casos de roubos e furtos em 2023 em comparação com o ano anterior. Esse resultado é fruto de um trabalho conjunto que envolve não apenas as autoridades, mas também intensa mobilização comunitária.

Serviços de diversas áreas foram oferecidos para a população. Foto: Diego Gurgel/Secom

Uma das principais atrações do evento foi a Carreta da Defensoria, uma unidade móvel da Defensoria Pública do Estado do Acre, que ofereceu serviços de atendimento tanto cível como criminal, além de orientações jurídicas e auxílio em ações judiciais.

O Estado mais próximo do cidadão

O governador Gladson Cameli destacou a importância de aproximar o estado das pessoas e diminuir a desigualdade. Ele expressou gratidão ao ver o semblante das pessoas sendo atendidas pelo estado, ressaltando que todos são iguais e merecem o mesmo cuidado e atenção por parte do poder público.

Atividades esportivas também fizeram parte da ação. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Quero que o poder público esteja cada vez mais presente nesta cidade, onde vivem milhares de pessoas, cidadãos de bem que nos ajudam a construir um Acre melhor”, reforçou o governador.

O secretário de Governo, Alysson Bestene, enfatizou que o programa Juntos Pelo Acre é resultado do esforço conjunto do governador e da vice-governadora, Mailza Assis, e que a participação ativa do governo junto aos moradores é essencial para promover mudanças positivas na comunidade.

Secretário Alysson Bestene reforça união dos órgãos de governo pelo cidadão. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Hoje, testemunhamos a participação efetiva da comunidade, acompanhada pelos líderes comunitários e religiosos. Tudo isso é resultado de ações essenciais, que abrangem a saúde, a participação comunitária em atividades esportivas, sociais e na obtenção de documentos. Hoje, damos mais um passo adiante na cidadania”, reforçou Bestene.

Chegando a quem precisa

Presente desde cedo na ação do Juntos pelo Acre com quatro dos seis filhos, Katiane Marino, moradora da Cidade do Povo há 8 anos, compartilhou sua jornada marcada por desafios e superações.

Ela nasceu e cresceu em uma área alagada, onde a luta contra as enchentes era constante, resultando na perda de seus pertences quase anualmente, até conseguir se mudar para a Cidade do Povo no sonho de buscar uma vida melhor e se tornando um alívio, pois acabou com o sofrimento provocado pelas inundações do Rio Acre. Agora, Katiane reside com seus filhos, enfrentando os desafios da vida com trabalhos temporários, mas com um sorriso no rosto e orgulho pela dignidade.

Katiane Marino levou suas filhas mais novas para tirar o RG. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Deus abençoa e nós sobrevivemos. E hoje eu achei tão importante esses serviços aqui, por causa da vacinação que eu vim colocar em dia e tirar a identidade das minhas meninas mais novas. Elas já tão precisando dos documentos delas, é importante ter. Às vezes a gente não tem o dinheiro pra ir no Centro, ficar se locomovendo pela cidade pra buscar esses serviços, então eu agradeço demais por eles estarem aqui no bairro”, relatou ao lado de suas filhas.

Outra moradora do bairro, Diana Aquino já está há quase seis anos na Cidade do Povo. Reconhecida como líder comunitária, Diana observa melhorias na qualidade de vida dos moradores, principalmente nas novas ações da Polícia Militar, que trouxeram mais tranquilidade ao bairro e mudanças positivas nos últimos sete meses de gestão. Ainda assim, ela ressalta a necessidade desse olhar mais atencioso, especialmente para crianças e mulheres.

“Já é uma grande evolução, né? Termos esse projeto aqui dentro, porque o nosso bairro é bem longe do Centro, então tudo que a gente tem que fazer, a gente tem que sentir e se deslocar bastante. E junto com esse projeto que o governo trouxe hoje, é excelente, muitas mulheres estão sendo atendidas, todo o povo que está aqui está precisando desse serviço, e estando mais perto tudo fica bem melhor”, conta Diana.

Diana Aquino defenda mais projetos como esse para o bem-estar de mulheres e crianças. Foto: Diego Gurgel/Secom

O Juntos Pelo Acre na Cidade do Povo foi um verdadeiro sucesso e demonstrou o compromisso do governo do Acre em cuidar das pessoas e promover o bem-estar social. Com a união de esforços entre autoridades e comunidade, é possível construir um futuro melhor para todos os cidadãos acreanos.

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Semulher certifica mulheres em cursos profissionalizantes na capital e no interior

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“Muitas de nós não têm condições de fazer um curso e, quando têm, não podem sair de casa por conta de filhos e outras obrigações. Este foi um momento para que todas nós pudéssemos ter uma renda mesmo em casa”. Foi entre lágrimas que uma das participantes do curso livre de customização de camisetas, Maria José Silva, definiu o sentimento por participar das aulas, fornecidas pela Secretaria de Estado da Mulher (Semulher). Na tarde desta sexta-feira, 26, ocorreu a formação das mulheres que integraram o curso, ofertado, principalmente, àquelas em situação de vulnerabilidade.

Mulheres encerraram o curso nesta sexta-feira, 26. Foto: Kauã Lucas/ Semulher

O curso teve duração de 20 dias, totalizando 40 horas, e teve com o objetivo a promoção da autonomia financeira, oferencendo habilidades práticas e criativas para as participantes e capacitando-as para empreender e gerar renda por meio da customização de roupas. As aulas foram realizadas na Escola Antonia Fernandes Freitas, no bairro Santa Inês.

Para a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa Pereira, a ação demonstra ainda mais a atuação da pasta, que, além de realizar o enfrentamento à violência contra as mulheres, busca por políticas públicas destinadas a elas.

“Com o curso, elas podem começar a ter uma renda extra, o que, além de ajudar a sair do próprio ciclo de violência, reforça a autoestima delas”, diz Márdhia El-Shawwa Pereira, secretária da Mulher. Foto: Kauã Lucas/Semulher

“Muitas mulheres seguem no ciclo da violência justamente por não terem como sair de casa, por não terem condições ou uma profissionalização. Com o curso, elas podem começar a ter uma renda extra, o que, além de ajudar a sair do próprio ciclo de violência, reforça a autoestima delas, já que podem dizer que estão qualificadas em uma nova profissão. Este é mais um compromisso do governador Gladson Cameli e da vice-governadora Mailza Assis, que se comprometeram a promover políticas públicas para todas as mulheres do Estado”, definiu a titular da pasta.

Certificações também em Sena Madureira

Ainda na sexta-feira, 26, a equipe da Semulher esteve em Sena Madureira para certificar 30 mulheres que concluíram o curso de Preparo de Pizza e Hambúrguer, disponibilizado por meio do programa Impacta Mulher. O evento, realizado na Primeira Igreja Batista Regular, contou, além da participação das formandas, com a presença da diretora de Políticas Públicas da Semulher, Joelda Pais; da chefe do Departamento de Promoção da Autonomia Econômica das Mulheres da Semulher, Paloma Sales; e da coordenadora do Senac Bosque, Carlete Oliveira.

Em Sena Madureira, mulheres receberam certificação pelo programa Impacta Mulher, da Semulher. Foto: Camila Santos/Semulher

“O Senac Acre foi contratado por nós, por meio de emendas parlamentares, justamente por ter um serviço de excelência, e queremos que estas mulheres tenham a oportunidade de saírem do ciclo de violência e se reerguerem”, explicou a diretora Joelda Pais.

Paloma Sales, em seu discurso, ainda reforçou a importância do trabalho.“Autonomia econômica é essencial para que as mulheres possam prover seu próprio sustento e decidir por suas próprias vidas. A qualificação, com certeza, traz esse empoderamento à mulher”, finalizou.

Formandas foram certificadas com curso de preparo de hambúrgueres e pizzas. Foto: Camila Santos/Semulher

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Pomada para cicatrizar feridas em cães e gatos é criada com produtos naturais na Ufac

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O produto faz parte da pesquisa de doutorado de Adna Maia e pode representar uma melhora na qualidade de vida de comunidades tradicionais do estado

Por: Vitor Paiva

O desenvolvimento de produtos naturais e da bioeconomia de maneira geral é uma das diversas formas de se utilizar as potencialidades, com isso em mente, através da utilização de materiais amazônicos, pesquisadores da Universidade Federal do Acre criaram uma pomada cicatrizante para cães e gatos.

Batizada de CicaPet, o novo medicamento não se utiliza de substâncias oriundas do petróleo, já está na fase de testes e vem mostrando bons resultados quanto a sua eficiência nos animais.

A Rede Amazônica fez uma visita ao laboratório Bionorte, onde as pesquisas têm sido desenvolvidas, e conversou com Adna Maia, doutoranda que está desenvolvendo a pesquisa como parte do seu processo de graduação, além de outros participantes do projeto.

Maia evidencia, durante a entrevista, que o estudo desenvolvido é uma maneira de aproximar a ciência acadêmica com os conhecimentos de muitos anos das comunidades amazônicas “Já fizemos esse teste em vitro, testamos em laboratório para ver a ação bactericida, ação anti-inflamatória, testes em camundongos, e assim a gente tem seguido e tem observado de fato o processo de cicatrização acontecendo, com 60% mais ativo que as pomadas convencionais vinculadas no comércio, no mercado”.

Ela ainda destaca que a pomada é realizada com produtos 100% naturais, o que pode reverter em uma oportunidade de renda para comunidades locais, que eventualmente serão empregadas na cadeia de produção do medicamento.

A base da pomada é feita a partir do bambu, que é muito abundante na região amazônica, entretanto os principais princípios ativos da pomada não podem ser revelados, já que o processo de patenteamento ainda está acontecendo.

O professor do Instituto Federal do Acre (Ifac), Marcelo Ramon Nunes, explicou um pouco sobre o processo que foi desenvolver a nova pomada. 

“A gente conseguiu desenvolver no nosso laboratório a Carboximetilcelulose, que é a base dessa pomada, que substitui bases de pomadas convencionais à base de petróleo, que geralmente apresentam alto teor de toxicidade, e pode ser até cancerígeno”.

Vale destacar que a Carboximetilcelulose também é um produto de origem acreana, e foi desenvolvido pelo próprio Nunes, durante o seu estágio de doutorado.

O coordenador do laboratório Bionorte/Acre, onde as pesquisas têm sido realizadas, Luis Maggi, afirma que o principal avanço em produtos como este é aumentar o valor destes produtos naturais, já que muitas vezes são levados do estado ainda in natura e retornam, já processados, com valores muito mais altos.

Além disso, pesquisas como esta representam uma possibilidade de melhora nas condições de vida das comunidades indígenas e tradicionais que vivem no local, que ganham mais uma maneira de monetizar os produtos locais.

“Nós sabemos que várias instituições internacionais vêm para o Brasil pegar nossos produtos e comercializar lá fora e deixando as comunidades sem seus grandes lucros, sem saber o seu valor agregado. Então, a ideia da Bionorte é valorizar os produtos que são da Amazônia para dar maiores condições de vida às comunidades da Amazônia”, encerra Maggi.

O produto poderá estar disponível no mercado em cerca de dois anos.

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