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Maior rede pró-Bolsonaro do Facebook é excluída após denúncia do ‘Estado’

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Rede social remove 68 páginas e 43 contas que formavam maior grupo bolsonarista da internet

O Facebook removeu nesta segunda-feira, 22, um grupo de 68 páginas e 43 contas da rede social que, juntas, formavam a principal e mais influente rede de apoio e difusão de ideias do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Segundo a empresa, essas páginas – que pertencem a um mesmo grupo chamado Raposo Fernandes Associados (RFA) – violaram as políticas de autenticidade e spam, ao criar endereços falsos e múltiplas contas com os mesmos nomes para administrar os grupos. O conteúdo compartilhado pelas páginas não teve influência sobre a decisão do Facebook.

Em reportagem publicada no dia 12 passado, o Estado mostrou que o grupo atingiu um alcance tão grande nas redes sociais que superava, em nível de interação no Brasil, a soma dos índices das páginas de famosos. Feita em parceria com a organização internacional de campanhas e mobilização social Avaaz, a reportagem indicou que, num período de apenas 30 dias, os endereços alcançaram 12,6 milhões de interações no Facebook – ou seja, o total de reações a postagens, comentários e compartilhamentos –, ante 1,1 milhão do jogador Neymar e 442,5 mil da cantora americana Madonna.

A empresa que administra o grupo é a Novo Brasil Empreendimentos Digitais Ltda, de propriedade do advogado Ernani Fernandes Barbosa Neto e de Thais Raposo do Amaral Pinto Chaves. As páginas da rede são sempre identificadas com a sigla RFA na descrição. Procurados nesta segunda-feira, depois do anúncio do Facebook, eles não responderam até a conclusão desta reportagem.

“Autenticidade é algo fundamental para o Facebook porque acreditamos que as pessoas agem com mais responsabilidade quando usam suas identidades reais no mundo online”, diz nota divulgada pelo Facebook. A seguir, a empresa afirma exigir “que as pessoas usem seus nomes reais e também proibimos spam, uma tática geralmente usada por pessoas mal intencionadas para aumentar de maneira artificial a distribuição de conteúdo com o objetivo de conseguir ganhos financeiros”.

Embora se declarasse como independente, a rede administrava endereços como “Apoio a Jair Bolsonaro” e, durante a divulgação dos resultados do primeiro turno, comemorou nas páginas vitórias como as dos candidatos Eduardo Bolsonaro e Janaina Paschoal, ambos do PSL. A RFA também já recebeu recursos no ano passado tanto do PSL, por meio da cota parlamentar do deputado Delegado Francischini, quanto do PRTB – sigla do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Bolsonaro – pelo fundo partidário.

O maior puxador de interações da RFA era uma página chamada Movimento Contra Corrupção (MCC), de uma entidade criada por Ernani, Thais e outros membros em 2013, no auge dos protestos de rua contra o aumento da passagem de ônibus e, mais tarde, contra a corrupção generalizada no País. Em abril, O MCC protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de impeachment de todos os 11 ministros, por entender que eles haviam cometido crime de responsabilidade ao decidirem julgar habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

Na época, o documento foi protocolado pelo ator Alexandre Frota – filiado ao PSL e recém-eleito deputado federal por São Paulo. A página dele também foi criada pela rede, mas não foi excluída pelo Facebook.

Em textos que Ernani e outros criadores do movimento escreveram para inaugurar o MCC, eles criticavam o que chamam de “parcialidade da imprensa”, diziam ser “contra a intervenção militar” e defendiam “ações contra a corrupção que sejam apartidárias” e “abertas a todas concepções ideológicas, com exceção, evidentemente, das extremas direita e esquerda.”

Para o coordenador da Avaaz, Diego Casaes, a decisão do Facebook representa “um grande alerta para as plataformas de rede social, para o Tribunal Superior Eleitoral e para o Congresso”. “A rede RFA era mais do que o dobro do que pensávamos, e as evidências sugerem que há muitos outros atores maliciosos inundando as mídias sociais com mentiras para influenciar as eleições. Essa enorme ameaça à nossa democracia exige uma resposta massiva. O Facebook deve alertar todos que tiveram contato com essa teia e emitir correções imediatamente.”

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Seplan lança nova publicação que analisa os dados de exportação e importação do estado

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Com o lançamento do Boletim do Comércio Exterior, a Seplan amplia a transparência e o acesso à informação econômica, oferecendo uma ferramenta estratégica para gestores públicos, pesquisadores, empresários e a população em geral

Nos boletins, o cidadão encontra os principais produtos exportados e importados, os países parceiros no comércio exterior, as vias de escoamento da produção e a participação dos municípios nas vendas externas. Foto: montagem 

Em uma iniciativa inédita, a Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan) lançou o Boletim do Comércio Exterior. Assim como as demais publicações produzidas pela pasta, por meio da equipe do Departamento de Estudos, Pesquisa e Indicadores (Deepi), o novo boletim passa a analisar os dados do mês corrente e, no mês seguinte, apresentar o desempenho da balança comercial acreana.

Com o objetivo de sintetizar a interação do Acre com o mercado internacional, o boletim evidencia o desempenho das exportações e importações no período analisado, destacando a inserção econômica do estado no cenário externo, além de sinalizar oportunidades e desafios para o fortalecimento da economia acreana.

Neste mês de dezembro, a Seplan apresenta dois boletins, referentes aos dados dos meses de outubro e novembro. Nos boletins, o cidadão encontra os principais produtos exportados e importados, os países parceiros no comércio exterior, as vias de escoamento da produção e a participação dos municípios nas vendas externas, oferecendo um panorama claro da inserção do Acre no mercado internacional.

Destaques de outubro

No boletim referente ao mês de outubro, as exportações acreanas somaram US$8,86 milhões, crescimento de 46,19% em relação a setembro, enquanto o saldo da balança comercial permaneceu positivo, alcançando US$8,01 milhões. A carne bovina liderou a pauta exportadora do mês, seguida pela carne suína e pela castanha, com destaque também para os Emirados Árabes Unidos, Peru e Egito como principais destinos dos produtos acreanos.

Destaques de novembro

Já o boletim de novembro mantém a tendência de superávit comercial e reforça o perfil exportador do Acre, baseado principalmente em commodities agropecuárias e florestais. O documento evidencia a continuidade da relevância da carne bovina, da soja e da castanha na pauta de exportações, além da predominância das rotas marítimas como principal via de saída dos produtos, sinalizando a importância da logística portuária para o comércio exterior do estado.

Com o lançamento do Boletim do Comércio Exterior, a Seplan amplia a transparência e o acesso à informação econômica, oferecendo uma ferramenta estratégica para gestores públicos, pesquisadores, empresários e a população em geral. A publicação mensal contribui para o acompanhamento da dinâmica econômica do Acre, apoiando o planejamento de políticas públicas e a tomada de decisões voltadas ao desenvolvimento regional e à ampliação da participação do estado no comércio internacional.

Os boletins estão disponíveis na íntegra no site da Seplan.

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Polícia Civil identifica dois suspeitos de tentativa de latrocínio a tiros em posto de combustíveis no Acre

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Vítima foi baleada na cabeça após reagir a assalto no bairro Joafra, em Rio Branco; moto e roupas usadas no crime foram apreendidas

Trabalho investigativo da DCORE foi fundamental para a rápida identificação dos envolvidos no crime. Foto: cedida

A Polícia Civil do Acre (PCAC) identificou nesta sexta-feira (19) dois homens suspeitos de envolvimento em uma tentativa de latrocínio em um posto de combustíveis no bairro Joafra, na capital. Durante o assalto, a vítima reagiu e foi baleada na cabeça.

O crime mobilizou a Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), que iniciou as investigações imediatamente após a ocorrência. Após diligências, os policiais localizaram e apreenderam a motocicleta utilizada na ação, além das roupas usadas pelos autores no momento do crime.

Os suspeitos foram levados à Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) para interrogatório e procedimentos legais. As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir a responsabilização dos envolvidos.

O estado de saúde da vítima não foi divulgado pela polícia. A apreensão dos itens usados no crime é considerada um passo importante para a elucidação e para a interrupção da ação criminosa da dupla.

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Acre aparece na 21ª posição em ranking nacional de custo da energia elétrica

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O Acre ocupa a 21ª colocação no ranking dos estados brasileiros com menor custo da energia elétrica, segundo dados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

De acordo com o levantamento, a tarifa média de energia no Acre é de R$ 1.010,80 por megawatt-hora (MWh). O valor considera o custo da energia com impostos e é calculado a partir do consumo comercial, residencial, industrial e rural, ponderado conforme a participação de cada classe no consumo total do estado.

No cenário nacional, o estado da Paraíba lidera o ranking, apresentando a menor tarifa média do país, com R$ 735,00 por MWh. Já o Pará aparece na última posição, registrando o maior custo médio de energia elétrica, com R$ 1.180,00 por MWh.

O indicador integra o eixo de infraestrutura do Ranking de Competitividade dos Estados e é utilizado para avaliar fatores que impactam diretamente a atividade econômica, a atração de investimentos e o custo de vida da população.

Segundo o CLP, o desempenho dos estados nesse indicador destaca aspectos como matriz energética, encargos, logística de distribuição e eficiência regulatória, elementos que influenciam diretamente o preço final da energia para consumidores e empresas.

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