Brasil
Maior crocodilo do mundo em cativeiro deve viver mais de 120 anos
Cassius tem aproximadamente 5,5 metros e foi resgatado em 1984, na Austrália. Apesar de hoje estar saudável, o animal coleciona alguns traumas e cicatrizes do seus anos na natureza

Crocodilo já foi reconhecido pelo Guinness World Records Reprodução/Marineland Melanesia
Por Redação Galileu – via G1
A Austrália é conhecida por ser o lar de animais exóticos. O local abriga desde aranhas gigantes até répteis únicos — e também é o lar do maior crocodilo do mundo, que vive em cativeiro. O animal mede 5,5 metros e está no Marineland Crocodile Park em Green Island. Além de ser um recordista reconhecido pelo Guinness World Records, ele também superou as expectativas de vida.
Uma recente avaliação de saúde constatou que Cassius, que completou 120 anos, irá viver muito mais. Os especialistas que realizaram o check-up anual do réptil disseram, em entrevista ao portal Live Science, que o crocodilo centenário permanece feliz e saudável e não há nenhuma razão para acreditar que ele não viverá nos próximos anos.
Adam Rosenblatt, professor assistente de biologia na Universidade do Norte da Flórida, nos Estados Unidos, explica que não se sabe ao certo quanto tempo os crocodilos de água salgada (Crocodylus porosus) podem viver, mas eles podem morrer de velhice.
Contudo, esses animais só conseguem atingir uma idade mais longeva quando estão em cativeiro; na natureza, a expectativa de vida é de 70 anos. Cassius é uma grande surpresa, uma vez que já ultrapassou a faixa dos 120 anos e segue contando.
O gigante foi capturado em 1984 no Rio Finis, em uma fazenda de gado no território do Norte da Austrália. Ele colocava medo em todas as outras criaturas que viviam por perto e atacava o gado na região. Ele também era conhecido por atacar barcos e morder motores de popa. Acredita-se que quanto ele foi capturado já havia vivido uns bons 80 anos. Desde seu resgate, Cassius permanece no parque de crocodilos

Cassius com George Craig, caçador de crocodilos e fundador da Marineland — Foto: Reprodução/Marineland Melanesia
Devido ao seu tempo de vida na natureza, o crocodilo coleciona algumas cicatrizes. Os pesquisadores observaram que o animal fica nervoso quando os tratadores usam máquinas no parque, o que pode resultar de um trauma que ele sofreu durante seu tempo na selva. Outro ponto observado é que o gigante não tem um pedaço do nariz, provável resultado de brigas com as hélices dos motores.
Os crocodilos têm uma boca extremamente sensível e Cassius pode ser mais delicado do que a maioria. “As escamas na frente de sua boca são sobre receptores de pressão”, diz Sally Isberg, diretora administrativa do Centro de Pesquisa de Crocodilos. “Talvez aqueles motores de barco criassem uma vibração extra que o irritou bastante. Quando um crocodilo fica irritado com alguma coisa, a única maneira de expressar essa irritação é mordendo”, explica.
Apesar desses momentos difíceis, hoje o animal vive bem e saudável. No próximo ano, mais exames serão feitos para acompanhar sua saúde. As avaliações normalmente são feitas por meio de observação para evitar causar estresse ao animal. O estresse pode desencadear uma reação de luta ou fuga que pode prejudicar o bem-estar do réptil.
Nesse período, os tratadores garantirão que Cassius receba luz solar suficiente para se manter saudável, limpando a copa das árvores sobre seu cercado. “Um crocodilo livre de estresse geralmente se cura de quaisquer ferimentos e fica livre de doenças, pois tem um sistema imunológico mais forte do que os crocodilos estressados”, afirma Toody Scott, criador de crocodilos no parque.
Comentários
Brasil
Ministério revoga exigência de carimbo em ovos para o consumidor
A revogação da obrigatoriedade do carimbo gera discussões sobre a rastreabilidade e a segurança alimentar dos ovos, mas o MAPA reforça que a mudança não compromete a qualidade do produto

A medida busca equilibrar as necessidades de controle sanitário e as demandas do mercado, sem sobrecarregar os produtores com custos adicionais. Foto: internet
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) revogou, nesta sexta-feira (28), a obrigatoriedade de identificação individual de ovos destinados ao consumo direto por meio de carimbo. A decisão foi oficializada com a publicação da Portaria SDA/MAPA nº 1.250 no Diário Oficial da União, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, e entrou em vigor imediatamente.
A exigência, que constava no artigo 41 da Portaria SDA/MAPA nº 1.179, de setembro de 2024, determinava que cada ovo comercializado trouxesse informações como a data de validade e o número de registro do estabelecimento produtor. Com a revogação, essa identificação deixa de ser obrigatória, o que deve impactar diretamente o setor produtivo.
Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que a decisão tem como objetivo “aprofundar o debate com a sociedade civil e o setor produtivo sobre a oportunidade e a conveniência de sua implementação”. A medida busca equilibrar as necessidades de controle sanitário e as demandas do mercado, sem sobrecarregar os produtores com custos adicionais.
A revogação da obrigatoriedade do carimbo gera discussões sobre a rastreabilidade e a segurança alimentar dos ovos, mas o MAPA reforça que a mudança não compromete a qualidade do produto, já que outras normas sanitárias continuam em vigor. O debate com os setores envolvidos deve definir os próximos passos para a regulamentação do segmento.
Comentários
Brasil
Amazonas tem a 25ª renda per capita do país, registra o IBGE
Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo

Centro de Manaus, capital do Amazonas: estado tem a 25ª renda per capita do país. Foto: Michael Dantas/SEC-AM
A renda per capita no Amazonas foi de 1.238,00 em 2024, a 25º entre os estados. O valor foi classificado entre as rendas médias mensais pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na pesquisa Pnad Contínua.
O Amazonas está à frente apenas do Ceará [R$ 1.225,00] e do Maranhão [R$ 1.077], a menor do país. O Distrito Federal registrou a maior renda, de R$ 3.444,00.
O rendimento domiciliar per capita (por cabeça) é a relação entre o total dos rendimentos domiciliares dividido pelo total dos moradores. Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo.
As dez unidades da federação que ficaram acima da média em 2024 são localizadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na comparação com 2023, Minas Gerais deixou de ficar acima da média.
A divulgação do rendimento per capita atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal). Os dados são repassados ao TCU (Tribunal de Contas da União).
Confira o ranking de rendimento domiciliar mensal per capita:
1) Distrito Federal: R$ 3.444
2) São Paulo: R$ 2.662
3) Rio Grande do Sul: R$ 2.608
4) Santa Catarina: R$ 2.601
5) Rio de Janeiro: R$ 2.490
6) Paraná: R$ 2.482
7) Mato Grosso: R$ 2.276
8) Mato Grosso do Sul: R$ 2.169
9) Espírito Santo: R$ 2.111
10) Goiás: R$ 2.098
Média Brasil: R$ 2.069
11) Minas Gerais: R$ 2.001
12) Tocantins: R$ 1.737
13) Rondônia: R$ 1.717
14) Rio Grande do Norte: R$ 1.616
15) Roraima: R$ 1.538
16) Amapá: R$ 1.514
17) Sergipe: R$ 1.473
18) Pernambuco: R$ 1.453
19) Paraíba: R$ 1.401
20) Bahia: R$ 1.366
21) Piauí: R$ 1.350
22) Pará: R$ 1.344
23) Alagoas: R$ 1.331
24) Acre: R$ 1.271
25) Amazonas: R$ 1.238
26) Ceará: R$ 1.225
27) Maranhão: R$ 1.077
Comentários
Brasil
Projeto de lei impede sigilo para gastos públicos de autoridades e servidores
Os gastos de Janja com viagens têm recebido críticas da oposição O Estadão mostrou que o governo desembolsou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja em Paris

Deputada Rosângela Moro é autora do projeto de lei. Foto: Cleia Viana/Agência Câmara
A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) apresentou um projeto de lei para endurecer as regras sobre a decretação de sigilos em gastos de chefes de Estado e seus familiares. A proposta, protocolada nesta sexta-feira (28), surge menos de um mês após a parlamentar sugerir outra mudança na legislação, que inclui cônjuges de chefes do Poder Executivo entre as autoridades sujeitas à Lei de Acesso à Informação (LAI).
As investidas da deputada têm como alvo os gastos da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O novo projeto estabelece que dados relacionados à intimidade, vida privada, honra e imagem poderão ficar sob sigilo por até 10 anos, prazo que poderá ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período, desde que haja justificativa e seja aprovado pela Câmara dos Deputados.
No entanto, caso seja aprovada, a nova regra impede a aplicação de sigilo sobre gastos públicos de autoridades, atos administrativos de servidores (exceto quando a divulgação comprometer investigações ou a segurança nacional), viagens oficiais e processos disciplinares de agentes públicos.
Os gastos de Janja com viagens têm recebido críticas da oposição O Estadão mostrou que o governo desembolsou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja em Paris. A primeira-dama, que não exerce cargo oficial no governo federal, mas como representante do Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20.
Na última semana, Janja esteve em Roma, na Itália, para participar do evento pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida), como colaboradora do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). As passagens aéreas de ida e de volta da primeira-dama, que voou de classe executiva de Brasília à capital italiana, custaram ao contribuinte R$ 34,1 mil.
A proposta de Rosângela Moro também determina que a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público e o Congresso poderão revisar ou revogar decretações de sigilo a qualquer momento.
Além disso, o projeto estabelece penalidades para a imposição indevida de sigilo, incluindo sanções administrativas, nulidade do ato, que libera a informação de forma imediata, e multa de até 100 salários mínimos em caso de dolo ou má-fé.
No X (antigo Twitter), Rosângela afirmou que Janja não possui o direito de gastar dinheiro público. “Minha batalha aqui é pela transparência no uso dos recursos públicos. Essa senhora não tem cargo. Não tem direito de gastar nosso dinheiro, muito menos manter sigilo. Meu projeto vem exatamente para colocar ordem. Eu não vou parar até acabar com isso”, escreveu.
No início do mês, após críticas acerca do sigilo de seus compromissos, a primeira-dama anunciou que passaria a divulgar compromissos previstos. O anúncio foi feito via stories em seu Instagram. De acordo com a assessoria de Janja, ela pretende seguir divulgando a agenda diariamente pelas redes sociais. A ONG Transparência Internacional criticou o governo Lula por negar pedidos de informações públicas sobre a primeira-dama, sua equipe e seus gastos.
Você precisa fazer login para comentar.