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Acre

Magistrados explicam sobre audiência de custódia e casos em que prisão preventiva é necessária

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Perto de completar dois anos, trâmites da audiência de custódia ainda são desconhecidos por parte da sociedade.

A Resolução 213/15 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Art 1º, determina que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, seja obrigatoriamente apresentada à autoridade judicial competente. Essa apresentação deve ocorrer em até 24 horas da comunicação do flagrante e a pessoa deve ser ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão.

Perto de completar dois anos onde todos os tribunais de Justiça seguem a essa determinação, os trâmites da chamada audiência de custódia, ainda são desconhecidos por parte da sociedade. Para explicar sobre todo esse processo, o juiz de Direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Leandro Gross detalhou casos para esclarecer a população e desmistificar as informações de que a ‘polícia prende e a justiça solta’.

A audiência de custódia, segundo explicou o magistrado, serve para que o juiz possa verificar se, naquele momento, a prisão em flagrante foi legal ou se é possível decretar ou não a prisão daquela pessoa para os crimes graves.

“As demais que não ficam presas não significa que estão absorvidas ou inocentadas. Elas passam a figurar dentro do inquérito, serão investigadas pelo Sistema de Segurança Pública. Uma vez concluído o inquérito, o Ministério Público poderá ofertar uma denúncia. Ofertada a denúncia, a pessoa passa a responder um processo criminal e pode chegar a uma sentença condenatória”, disse.

O magistrado, que foi o plantonista de domingo (6) e segunda-feira (7), onde respondeu por 22 audiências, citou alguns exemplos ocorridos durante o plantão. De acordo com ele, no domingo, foram apresentadas nove pessoas suspeitas de serem integrantes de facções criminosas, porém, na análise dos autos, foi verificado que apenas uma delas cumpria pena no regime semiaberto e era proprietária da uma residência onde ocorria uma festa particular. A outra pessoa, dentro dessas nove, responde a processo, mas ainda sem sentença.

No caso em questão, nenhuma prova concreta com ligação de facção criminosa foi feita, apenas uma porção de maconha e celulares foram apreendidos. Na audiência de custódia, explicou o juiz, não foi possível a prisão preventiva dessas pessoas, mas foi homologada prisão em flagrante e elas estão indiciadas em inquérito onde o delegado fará investigações para saber se há outras provas que liguem essas pessoas a grupo criminoso. Os celulares podem ser periciados, com a autorização judicial, e, caso tenha algo concreto, elas podem ser presas.

Na segunda-feira, uma pessoa foi presa em flagrante após intercepção telefônica apontar que ela determinava ações criminosas contra transporte público. Nesse caso, ela teve a prisão preventiva decretada imediatamente e foi levada para o presídio.

“É necessário que a pessoa tenha conhecimento. Foram vários processos nessas audiências de custódia durante o final de semana, mas de receptação, furtos, agressões físicas e lesão. Os processos nem todos estão relacionamos a crimes de facção. A audiência de custódia foi recentemente implantada por uma resolução do CNJ, até então, não havia a apresentação da pessoa presa em flagrante ao magistrado. O magistrado apenas recebia o papel e resolvia pela homologação ou não, decretava prisão preventiva ou a possibilidade de responder ao processo em liberdade. Com a custódia, a única coisa alterada, é que a pessoa presa é apresentada ao juiz e responde algumas perguntas”, salientou.

O magistrado destacou sobre a necessidade de seguir a lei e diz entender a ânsia da sociedade em querer a prisão decretada de qualquer pessoa ligada ao crime.

“Se a lei diz que posso decretar a prisão preventiva para garantir a ordem social, a aplicação da lei ou necessidade de instrução do processo diante de um crime grave, o magistrado decreta a prisão, mas se o crime é leve, é diferente. Muitas vezes as pessoas não têm essa compreensão. Muitas vezes a vítima quer que a pessoa esteja presa, mas a lei não permite. Se a sociedade quer que todas as pessoas presas em flagrantes fiquem presas precisamos mudar a legislação. Enquanto isso, o juiz precisa cumprir o que está escrito na legislação e quem faz a legislação é o Congresso Nacional”, concluiu o juiz de Direito Leandro Gross.

Entrevista coletiva

A explicação sobre as audiências de custódia ocorreu durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (9), após informações de que os magistrados plantonistas do final de semana teriam liberado algumas pessoas que haviam sido presas pela polícia por suspeita de participação em atos de vandalismo na cidade determinados por facções criminosas. Ônibus, espaços públicos entre outros foram incendiados. A prática seria em retaliação ao sistema de bloqueio de celulares implantado pelo Governo do Estado dentro do presídio, em Rio Branco.

Participaram da entrevista os juízes de Direito, Shirley Hage; Lilian Deise; Daniel Bonfim; Alesson Braz; Zenair Bueno; Raimundo Nonato e Luana Campos onde citaram que os magistrados estão veiculados ao que a lei determina.

“A prisão é exceção e não regra. A audiência de custódia verifica isso. O índice de prisão no Acre é alto. Não estamos omissos, mas nem sempre somos entendidos”, disse o juiz Raimundo Nonato tendo acréscimo da juíza Luana Campo que citou sobre a necessidade de assegurar o respeito aos direitos fundamentais da pessoa submetida à prisão.

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Prefeitos de Assis Brasil e Jordão discutem soluções para destinação do lixo com Bocalom

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Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades

O município de Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana, já o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Foto: Val Fernandes/Secom

Com Ascom

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu, em seu gabinete, nesta quinta-feira (30), os prefeitos Jerry Coreia, de Assis Brasil e Naudo Ribeiro, do município de Jordão. Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades. A iniciativa busca atender os municípios do Acre, especialmente os mais isolados, que enfrentam dificuldades na gestão de seus lixões a céu aberto.

Jerry: “Nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma como ele tem priorizado, olhando para os municípios do interior”. Foto: Val Fernandes/Secom

Durante o encontro, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, destacou a urgência da solução, já que o município acumula mais de R$ 3 milhões em multas por conta de um lixão irregular. Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana e pretende encaminhar parte desse volume para tratamento na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), em Rio Branco.

“A gente acredita que isso é uma solução não permanente, mas que tiraria os municípios que têm condições de chegar até a capital, neste momento da situação dramática que vive aí junto aos órgãos controladores. Aí vem a nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma que ele tem também priorizado olhando para os municípios do interior” , disse Jerry Correia.

Naudo: “Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos”. Foto: Val Fernandes/Secom

Por outro lado, o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Como alternativa, Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos, transformando-os em materiais reutilizáveis, como meio-fio e tijolos.

“É uma solução mais rápida que a gente encontrou foi a termoplástico, uma usina que a gente está correndo atrás de instalar no município, para que a gente possa reciclar 80% do lixo do nosso município, podendo melhorar essa situação. Essa é a alternativa mais viável que tem para Jordão e a gente está buscando recurso para que a gente possa executar esse projeto e colocar em prática, mudando a realidade daquele município lá no meio da floresta amazônica, podendo ter aí o resíduo 80% reciclado”, explicou Naudo Ribeiro.

“Quando a gente criou o consórcio foi nesse sentido, no sentido de a gente facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios, não apenas de Rio Branco como nós temos hoje e é claro, eu imediatamente me dispus. A Prefeitura de Rio Branco está pronta para ajudar os nossos municípios a buscar soluções. Aí criamos o consórcio, graças a Deus está andando muito bem”, enfatizou Bocalom.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

Uma reunião com os 13 prefeitos que compõem o consórcio está marcada para o final de fevereiro, onde serão discutidas novas estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, Bocalom mencionou que Rio Branco está investindo em uma usina própria para processar materiais recicláveis e produzir produtos termoplásticos, seguindo o modelo que foi observado em uma visita técnica realizada em Santa Catarina.

Veja vídeo:

“Nós vimos lá a indústria funcionando, realmente é uma alternativa muito boa, e que o município de Jordão, por exemplo, já vai adotar esse projeto aqui e Rio Branco também está comprando, com recursos próprios, uma usina pequena, que vai beneficiar a princípio aí alguma coisa em torno de três toneladas e meio/dia, para transformar o lixo reciclado. A gente vai aqui em Rio Branco receber lixo reciclado, para transformar também em produto termoplástico: pode ser um meio fio, um tijolinho para botar no chão. Tem o que você quiser fazer, o que manda é a forma que você manda fazer, porque o restante é só prensar e você ter o produto que você quiser”, concluiu.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

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Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá

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A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19

Apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas. Foto: assessoria 

A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.

A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.

O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.

Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.

 

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Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição

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A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis

Polícia Civil do Acre avança no cuidado com seus agentes e com a sociedade através da capelania. Foto: assessoria/ PCAC.

Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.

A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.

Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.

A vice-governadora Mailza Assis prestigiou a solenidade de certificação dos capelães, reforçando o apoio do governo à capelania na segurança pública. Foto: assessoria/ PCAC.

O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”

Polícia Civil do Acre forma seu primeiro capelão, agente Gesly Alves da Rocha, para prestar apoio espiritual e emocional. Foto: assessoria/ PCAC.

O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.

Alegria para o capelão Gesly e seus familiares ao celebrar essa conquista especial na Polícia Civil do Acre. Foto: assessoria/ PCAC.

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